sábado, 9 de fevereiro de 2013

Atleta morre após queda de 400 metros de altura em pedra do ES



Aline Souza Do G1 ES com informações da TV Gazeta Sul
 
 Resgate de atleta durou cinco horas. (Foto: Gustavo Ribeiro/ A Gazeta)
Resgate de atleta durou cinco horas. (Foto: Gustavo Ribeiro/ A Gazeta)

A atleta argentina Stella Moix morreu após cair de uma altura de, aproximadamente, 400 metros da Pedra da Onça, no distrito de Bom Jardim, que fica no limite entre Cachoeiro de Itapemirim e Castelo, Sul do Espírito Santo, na manhã deste sábado (9). O acidente aconteceu antes do Campeonato Mundial de Wingsuit, que é uma modalidade de paraquedismo. De acordo com os organizadores, o evento foi suspenso e vai ser retomado neste domingo (10), com uma homenagem à vítima.

Stella tinha 40 anos e, há 20 anos, praticava o esporte. Ela havia chegado nesta manhã à Castelo e não estava competindo. Imagens pessoais postadas em uma rede social mostram a última vez que ela saltou da Pedra da Onça. Essa era a terceira da atleta no estado.

O atleta Cristiano Granscer conhecia a vítima e viu o acidente. “Vi o equipamento de paraquedas dela intacto. Foram 400 de queda livre”, relatou. A queda pode ter chegado a 150 km/h.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalho de retirada da vítima durou mais de cinco horas. O local é de mata fechada e de difícil acesso.  

Por telefone, o organizador do evento Gui Pádua, informou que Stella tinha bastante experiência e que, inclusive, também praticava escalada. Sobre as provas deste domingo,   elas acontecerão normalmente. Antes dos saltos, será feita uma homenagem à atleta na área de pouso.

 Atleta foi resgatada morta na região da Pedra da Onça. (Foto: Gustavo Ribeiro/ A Gazeta)
Atleta foi resgatada morta na região da Pedra da Onça. (Foto: Gustavo Ribeiro/ A Gazeta)


FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Sábado de Zé Pereira



 


Zé Pereira é uma forma de diversão carnavalesca caracterizada por um ou vários foliões tocando bumbos e desfilando em parada.

No Brasil

A constatação da existência de uma diversão carnavalesca conhecida como Zé Pereira em Portugal do século XIX parece apontar para a forte influência lusitana no surgimento da brincadeira no carnaval carioca. Há uma errônea, mas infelizmente consagrada versão, que atribui a "invenção" do Zé-Pereira a um português de nome José Nogueira de Azevedo Paredes, comerciante estabelecido no Rio de Janeiro em meados do século XIX. Divulgada na maioria dos livros sobre carnaval, essa versão acabou ocultando toda uma série de influências que contribuíram para o surgimento dessa curiosa categoria carnavalesca. As raras referências sobre a tema na literatura carnavalesca são bastante desencontradas. Estas apontam o "surgimento" do Zé Pereira em 1846 (Moraes, 1987), em 1852 (Edmundo, 1987) ou em 1846, 1848 e 1850 (Araújo, 2000).

A principal razão dessa discrepância é o fato de que a categoria "Zé Pereira" só se fixaria anos mais tarde. Na segunda metade do século XIX, o termo era usado para qualquer tipo de bagunça carnavalesca acompanhada de zabumbas e tambores, semelhantes ao que chamaríamos hoje de bloco de sujo. Ferreira (2005) e Cunha (2002) abordaram o tema com profundidade destacando a multiplicidade de forma e conceitos que podiam envolver as diversas brincadeiras chamadas genericamente de Zé Pereira.

Um momento importante na fixação da brincadeira no imaginário da folia carioca seria a encenação, em 1869, de uma burleta carnavalesca intitulada O Zé Pereira carnavalesco. O sucesso da apresentação — uma espécie de adaptação livre da peça Les pompiers de Nanterre (Os bombeiros de Nanterre) — deveu-se, principalmente, à versão para o português da música-tema francesa que se transformaria num verdadeiro hino carnavalesco, sendo tocado até hoje:

E viva o Zé Pereira.
Pois a ninguém faz mal
E viva a bebedeira
Nos dias de Carnaval

A partir daí o conceito da brincadeira do Zé Pereira iria adquirir feições tipicamente brasileiras (e cariocas) associando-se à alegria característica das ruas da folia no Rio de Janeiro. O passo seguinte seria a "oficialização" do Zé Pereira através do estabelecimento de sua genealogia e de sua morfologia resumidas na obra de Moraes (1987).

Uma curiosidade: na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, no período do Carnaval, pode-se assistir, ainda hoje, ao desfile de Zé-Pereiras, em forma muito semelhente à tradição portuguesa.

TERESINA - O maior corso do mundo

O tradicional Corso do Zé Pereira reune uma gigantesca carreata pré carnavalesca na cidade de Teresina (Piauí) com carros enfeitados e foliões fantasiados e que cresce a cada ano, atraindo gente de vários estados do Brasil. É a maior manifestação popular da capital piauiense e o maior corso do mundo - título oficializado em fevereiro de 2012 pelo Guinness Book.

Com o título de 2012 e a grande fama, em 2013, o Corso de Teresina praticamente dobrou, contando com quase 900 carros e caminhões decorados e mais de 300.000 foliões de vários estados do Brasil e de outros países.

A cidade de Teresina inteira se mobilizou com o evento do corso em 2013, o que rendeu um novo título, o de maior evento já realizado no estado do Piauí e se consolidando como o maior corso do planeta. Há quem diga que a prévia carnavalesca de Teresina nos próximos anos, chegue a superar o próprio carnaval nas cidades de Recife e Salvador.

Em Portugal

Os grupos chamados "Zés-Pereiras" são característicos das festas e romarias do Norte de Portugal com maior incidência para o Entre Douro e Minho. Estes grupos desfilam pelas ruas tocando instrumentos de percussão - caixas de rufo, timbalões e bombos; assim como aerofones melódicos: pífaros e gaitas-de-fole, por vezes, acompanhandos de gigantones e cabeçudos. Recentemente a concertina, instrumento de grande expressão no Minho, tem sido introduzida nestes conjuntos.

Referências



FONTE: WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE




Frevo: dança e cultura pernambucana



  
 
Dança típica do Pernambuco

Com origens no final do século XIX, o frevo é uma manifestação da cultura corporal tipicamente pernambucana. Não é novidade afirmar que o termo frevo se deve a uma alteração popular da palavra ferver. Segundo informações disponíveis no site do “Galo da Madrugada”, um dos blocos mais tradicionais de carnaval do Recife, como o ritmo era bastante acelerado, “com o passar dos anos, o termo usado pelas pessoas para o ritmo era ‘frervendo’ e assim ficou conhecido como frevo”.

Segundo Edson Carneiro, citado no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, é necessária a distinção entre a música do frevo e a dança do frevo. Ainda que muitos reconheçam a música frevo como folclore, os musicólogos a classificam como uma particularidade da Música Popular Brasileira. No entanto, essa discussão acerca da música é da alçada da Educação Artística. É a cultura corporal, o interesse da Educação Física e, por isso, é especificamente a dança que será abordada nesse texto.

Inicialmente, o termo frevo designava uma folia de rua marcada pela música intensa. Relatos de jornais da época, anteriores ao acontecimento anual, são indicativos para mostrar que essa festa realmente ganhava as ruas da cidade de Recife. Para conter o “frervor” dos foliões, os organizadores passaram a contratar grupos de capoeira que se apresentavam à frente dos blocos, com o intuito de controlar os comportamentos violentos que por vezes surgiam. Além disso, o uso do guarda-chuva – ou sombrinha, dependendo da região – na dança também tem a mesma origem: os grupos de capoeira usavam também esse artefato para controlar a população.

Se observarmos de perto, hoje, os movimentos corporais do frevo, podemos identificar claramente a influência da capoeira na sua composição, especialmente movimentos baixos, que requerem máximas flexões dos joelhos. Atualmente há, em média, 120 passos catalogados para o frevo. Em geral, os passos mais complexos, que incluem habilidades acrobáticas, são realizados apenas por passistas dos blocos, a grande massa de foliões mantém a sua diversão com passos mais simples e populares.

Alguns blocos são tão importantes que ajudam a perpetuar o frevo como patrimônio cultural do Recife, como é o caso do já citado “Galo da Madrugada”, do Recife, e o “Clube de Vassourinhas”, de Olinda. Por isso, vale a pena comentar um pouco sobre eles.

O Clube de Vassourinhas é um elemento simbólico do frevo pernambucano. Desfila há mais de cem anos nas ruas da cidade de Olinda e ganhou lugar na história, dentre outras coisas, pela música-símbolo do frevo: Vassourinhas, composta por Matias da Rocha e Joana Batista em 1907. Tamanha é a popularidade dessa música, que até foi adaptada para um jingle político da candidatura de Jânio Quadros à presidência da República.

O Galo da Madrugada surgiu em 1978 com o único propósito de resgatar o frevo de rua. Sai todos os anos no sábado de carnaval e, em 1984, entrou para o Guiness como o maior bloco de rua do mundo. Seu hino é sempre cantado com muita alegria pela cidade do Recife durante o carnaval, composto por José Mário Chaves, já foi até gravado pelo cantor Alceu Valença:

“Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada (BIS)
A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada, já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
As donzelas estão dormindo
As cores recebendo o orvalho matinal
E o Galo da Madrugada
Já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
O Galo também é de briga, as esporas afiadas
E a crista é coral
E o Galo da Madrugada, já está na rua
Saldando o Carnaval
Ei pessoal...”

Para saber mais:

Galo da madrugada – www.galodamadrugada.org.br
Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira – www.dicionariompb.com.br
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP





Protesto na web contra Renan passa de 1,2 milhão de assinaturas



Do G1, em Brasília
 
Uma petição online que pede o "impeachment" do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se espalhou pelas redes sociais e recolheu mais de 1,22 milhão de assinaturas entre o dia 1º, quando ele se elegeu para a presidência da Casa, até o início da tarde deste sábado (9).

 O presidente do Senado, Renan Calheiros (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)
O presidente do Senado, Renan Calheiros  (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)

O objetivo, segundo a petição, é levar as assinaturas para o Congresso e "exigir a revogação" do senador. Calheiros foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo suposto uso de notas fiscais frias a fim de justificar, em 2007, renda suficiente para pagar a pensão de uma filha.

O G1 procurou a assessoria do senador, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

De acordo com o texto do abaixo-assinado, o objetivo é coletar as assinaturas de 1% do eleitorado, o que permitiria a apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular, como o da Lei da Ficha Limpa, por exemplo. Segundo o abaixo-assinado, 1% corresponde a 1,36 milhão de eleitores - conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 1% equivale a 1,4 milhão.

Mas, mesmo com número suficiente de assinaturas, segundo a Mesa Diretora do Senado, um processo desse tipo deve se iniciar como forma de denúncia no Conselho de Ética e não como um projeto de lei. Qualquer cidadão, parlamentar ou pessoa jurídica pode fazer essa representação no Conselho de Ética.

"Vamos conseguir 1.360.000 assinaturas (1% do eleitorado nacional), levar esta petição para o Congresso e exigir que os Senadores escutem a voz do povo que os elegeu. [...] Vamos usar o poder do povo agora para exigir um Senado limpo", afirma o texto da petição.

As denúncias

Em 2007, Renan Calheiros apresentou notas referentes à suposta venda de bois para se defender da suspeita de que a pensão da filha era paga por um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia de Renan comando do Senado em 2007.

Por conta das acusações, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou no fim de janeiro o senador pelos crimes de peculato, utilização de documento falso e falsidade ideológica. O senador teria apresentado notas frias para comprovar um serviço não prestado ao seu gabinete. O Supremo Tribunal Federal ainda precisa decidir se aceita ou não a denúncia.

Antes da votação que o elegeu presidente do Senado, Renan discursou e falou sobre ética.

“Alguns aqui falaram sobre ética, e seria até injusto com este Senado, que aprovou celeremente, como nunca tão rapidamente outra matéria, a Lei da Ficha Limpa, demonstrando que esse é compromisso de todos nós. Eu queria lembrar que a ética não é objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil, é o interesse nacional. A ética é meio, não é fim. A ética é dever de todos nós."


FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO