Bem Estar desta quinta-feira (29) deu dicas para evitar gases e diarreia.
Além das fibras e água, é bom também praticar atividade fisica regular.
Problemas de digestão são extremamente comuns e, na maioria dos casos,
podem ser resolvidos apenas com mudanças no estilo de vida.
Ingerir fibras, beber bastante água e praticar atividade física são
hábitos que ajudam no funcionamento intestinal, são bons para a digestão
e podem evitar complicações como gases, diarreia, barriga inchada e a
prisão de ventre. No Bem Estar desta quinta-feira (29), o cirurgião do
aparelho digestivo Fábio Atui e a nutricionista Tânia Rodrigues explicaram como funciona a digestão e deram dicas para preservar o aparelho digestivo.
Em relação à ingestão de fibras, os especialistas explicaram que a
recomendação diária para um adulto saudável é de 25 a 30 gramas para
cada 1.000 kcal ingeridas. Para crianças acima de 2 anos e adolescentes
até 20 anos, a recomendação diária é igual ao número da idade mais 5
gramas. Já para os idosos, é ideal que o consumo seja de 10 a 13 gramas
para cada 1.000 kcal ingeridas.
De acordo com o cirurgião Fábio Atui, um dos problemas mais recorrentes
são os gases. No entanto, existem dois tipos: os gases engolidos, que
entram pela boca quando a pessoa masca um chiclete ou toma bebidas
gasosas, por exemplo, e os gases produzidos no estômago, causados por
alimentos que fermentam nessa região.
Um dos alimentos que demoram mais para ser digerido é o carboidrato e,
por isso, fermenta mais - quando isso acontece, o alimento fica mais
tempo no intestino e pressiona a mucosa, dando a sensação de gases.
Entre os que mais contribuem para esse problema, estão o pêssego, suco
de maçã, suco de pera, ameixa, chocolate, suco de uva, ervilha,
lentinha, feijão, cebola, massas, entre diversos outros, como mostraram
os especialistas.
No entanto, como alertou o cirurgião do aparelho digestivo Fábio Atui,
isso não significa que todo mundo que comer algum desses alimentos terá
gases - o problema vai depender muito do tipo de digestão e do
funcionamento intestinal de cada um. De acordo com o médico, o corpo
produz dois litros de gases por dia, que pode ser eliminado ou absorvido
pelo corpo - caso não haja essa absorção, a pessoa pode ter a sensação
de empachamento, ou seja, de barriga inchada.
Em relação à digestão, os especialistas lembraram ainda do tempo que
cada alimento é digerido. Por exemplo, no caso do carboidrato, o período
leva de 1 a 2 horas; já a proteína leva de 2 a 4 horas; por fim, as
gorduras são as que mais demoram para serem digeridas e levam de 6 a 8
horas.
Por isso, uma das dicas para manter a boa digestão é escolher bem a
comida, como alertou o cirurgião Fábio Atui. Além da escolha do que
comer, é importante saber o jeito certo de preparar e até mesmo de
mastigar para evitar diversos problemas digestivos. O médico alertou
ainda que é preciso observar o hábito do intestino, ou seja, se a pessoa
vai ao banheiro sempre e, de repente, não vai mais, isso é um sinal de
alerta. Nesse caso, é preciso procurar um médico imediatamente para
avaliar se há algum problema.
Foi o que fez a doméstica Maria Nilza da Silva, mostrada na reportagem
do Phelipe Siani. Reclamando de prisão de ventre, ela foi realizar um
exame chamado de "esvaziamento gástrico" para avaliar o tempo que ela
levava para digerir os alimentos.
Outra pessoa que sofria com problema de digestão foi a estudante
Jéssica Estillac, que escreveu para o Bem Estar contando que sofreu 4
anos com a sensação de estômago estufado sem ter o diagnóstico da
dispepsia funcional, como mostrou a reportagem da Marina Araújo.
Segundo o cirurgião Fábio Atui, esse problema acontece quando há um mau
funcionamento do estômago sem uma causa única, que pode dar sintomas
como dor, queimação, náuseas, vômitos ou desconforto na região superior
do abdômen. Mais frequente entre os jovens, que trabalham, estudam e
ficam horas sem comer, o problema pode estar relacionado ainda ao
estresse.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO