sábado, 15 de junho de 2013

Seleção encontra ‘antídoto’ contra vaias e derrota o Japão na estreia

Com gols relâmpagos de Neymar e Paulinho e um de Jô no final, Brasil estreia com vitória na Copa das Confederações. Camisa 10 encerra jejum

Por Leandro Canônico Brasília

A seleção brasileira parece ter encontrado o antídoto certo contra as vaias: rapidez. Depois de ser vaiada na maioria dos jogos que fez em solo brasileiro nos últimos tempos, havia uma preocupação de Felipão para a estreia na Copa das Confederações, em Brasília, neste sábado. Mas com dois gols relâmpagos, um no começo do primeiro tempo e outro logo no início da etapa final, a Seleção venceu o Japão por 3 a 0, completando o placar nos acréscimos, e começou bem a disputa pelo tetracampeonato do torneio.

Os primeiros gols do triunfo verde e amarelo, coincidentemente, saíram dos pés dos dois principais jogadores do futebol brasileiro na atualidade. Recém-negociado com o Barcelona, Neymar fez um golaço aos três minutos de jogo, acabando com um jejum de nove partidas sem marcar. Na mira do futebol europeu, o volante corintiano manteve seu faro de goleador e ampliou aos dois do segundo tempo. O terceiro saiu dos pés de , convocado às pressas para o lugar do cortado Damião. A fragilidade do Japão, pouco combativo, facilitou para o time de Felipão.

Mais solto do que nas outras partidas, Neymar conseguiu “brincar” mais de jogar bola. Mas ainda falta ao craque uma atuação igual diante de um adversário mais forte, muito embora o Japão, além do Brasil, seja a única seleção classificada para a Copa do Mundo de 2014. No mais, o de sempre. Boa atuação de Fred, disposição de Hulk e gritos por Lucas, definitivamente o maior xodó da torcida verde e amarela.

Neymar comemoração gol Brasil Japão (Foto: Reuters)Neymar festeja seu gol, logo no início da partida (Foto: Reuters)
 
A seleção brasileira volta a campo pela Copa das Confederações na próxima quarta-feira, às 16h, contra o México, no estádio Castelão, em Fortaleza. A terceira e última partida da primeira fase será dia 22, contra a Itália, em Salvador. Os duelos terão transmissão ao vivo da TV Globo, SporTV e GLOBOESPORTE.COM.

Golaço põe fim a jejum de Neymar

Abraçados, os jogadores da seleção brasileira ouviram atentamente o hino nacional, entoado em coro também pela torcida. Alguns acompanharam, outros estavam com os olhos marejados, caso de Julio César, ou fechados, como Thiago Silva. Mas quem mais chamou a atenção foi Neymar, pelo semblante sério, carrancudo.

Fred, Julio Cesar e Thiago Silva, Brasil x Japão (Foto: Getty Images)Abraçado a Fred e Thiago Silva, Julio César se emociona durante o hino brasileiro (Foto: Getty Images)
 
A seriedade, porém, não tinha nada a ver com braveza. Mas sim com concentração. Algo que Neymar precisava para encerrar o jejum de nove jogos sem balançar as redes. E a incômoda sequência acabou com apenas três minutos de bola rolando na Copa das Confederações – recorde em uma abertura do torneio.

Marcelo deu belo lançamento para Fred. O atacante tentou matar no peito e acabou ajeitando para Neymar bater de primeira e ver a Cafusa, a bola da competição, entrar no ângulo esquerdo de Kawashima. Golaço! Do banco de reservas, o técnico Felipão, o maior protetor do jogador do Barcelona nas últimas semanas, comemorou: “Tá lá!”.

Comemoração do Brasil contra o Japão (Foto: Getty Images)Titulares e reservas festejam o gol de Paulinho (Foto: Getty Images)
 
Pouco depois do gol, as redes sociais já mostravam as vibrações de famosos pelo fim do jejum do craque. Robinho, Adriano e até Balotelli... Todos felizes com a volta da fase artilheira do principal jogador do Brasil. Mais solto do que nos amistosos contra Inglaterra e França, Neymar participou bem do primeiro tempo.

Mas não ganhou destaque sozinho. Muito embora a Seleção parecesse vulnerável na defesa em algumas oportunidades (Julio César soltou duas bolas), os laterais apoiaram, os volantes marcaram e subiram, os meias se movimentaram e os atacantes foram os maiores protagonistas dos primeiros 45 minutos.

Jô comemora gol do Brasil contra o Japão (Foto: Agência Reuters)Jô beija a camisa: atacante entrou e deixou sua  marca na vitória brasileira (Foto: Agência Reuters)
 
Hulk e Fred procuraram o gol o tempo todo. O primeiro com seus fortes chutes e as suas investidas pelas pontas. E o jogador do Fluminense com ótimo posicionamento, passes precisos e finalizações que pararam no goleiro Kawashima., como aos 42 minutos, na mais clara das chances depois do gol relâmpago. Marcelo interceptou jogada dos japoneses no meio de campo (na realidade, a bola atingiu as partes baixas do lateral) e parou em Fred. O atacante tabelou com Neymar e recebeu de volta mais adiante. O chute cruzado, defendido pelo goleiro do Japão, encerrou a etapa inicial, na qual o Brasil foi melhor. Mas ainda tímido.

Paulinho = gol
Se Neymar precisou de três minutos para acabar com seu jejum, Paulinho necessitou de apenas dois na etapa final para voltar à rotina de gols. Após cruzamento de Daniel Alves pela direita, o volante do Corinthians dominou na grande área e bateu forte para ampliar a vantagem do Brasil diante do Japão.
Foi o quarto gol de Paulinho com a camisa da seleção brasileira. Agora faltam três para que ele se torne o volante com o maior número de gols pelo Brasil. A lista é encabeçada por cinco jogadores, todos com seis gols. São eles Dunga, Alemão, Emerson, César Sampaio e Falcão.

A atuação da seleção brasileira nessa estreia talvez tenha sido a mais segura da era Felipão – a mais vistosa, provavelmente, foi no primeiro tempo do empate por 2 a 2 contra a Itália, em Genebra. Muito pela fraqueza do Japão, primeiro classificado para a Copa do Mundo de 2014. Os japoneses pouco ameaçaram a Seleção.

Paulinho gol, Brasil x Japão (Foto: AP)Paulinho solta a bomba para ampliar a vantagem brasileira (Foto: AP)
 
Pouco mesmo. Dono do jogo, o Brasil controlou todas as ações. E botou em prática os treinamentos de finalização aplicados por Felipão durante a semana. Para melhorar a pontaria e o poder de fogo da equipe, o treinador insistiu por vários dias nesse tipo de atividade. Funcionou.

Outra coisa que deu resultado (mais uma vez) foram os gritos da torcida por Lucas. Tímidos no primeiro tempo, eles se tornaram mais fortes na etapa final. E aos 28 minutos, Felipão atendeu e colocou o meia-atacante do Paris Saint-Germain no lugar de Neymar. Misto de vaias e aplausos.

Não houve mistura, no entanto, quando Hulk deu lugar a Hernanes. Normalmente vaiado nos jogos no Brasil, o atacante do Zenit deixou o campo sob (merecidos) aplausos. As alterações deixam claras as intenções de Felipão com Lucas e Hernanes. Os dois parecem mesmo ser as primeiras opções no banco de reservas.

Com a vitória definida e gritos de olé da torcida, a seleção brasileira diminuiu aos poucos o ímpeto ofensivo. O Japão, muito cansado, não oferecia mais resistência e dava cada vez mais espaço. Tanto que ainda deu tempo para mais um gol: em rápido contra-ataque, aos 48 minutos, Oscar partiu em velocidade e acertou um passe milimétrico para Jô, que bateu na saída de Kawashima para definir o placar.




FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Cerimônia de abertura homenageia cultura de países participantes

Organizado pelo carnavalesco Paulo Barros, evento empolga o público, que, no entanto, era apenas razoável durante a apresentação

Por GLOBOESPORTE.COM Brasília

Sem grande pirotecnia, mas empolgante. A cerimônia de abertura da Copa das Confederações teve como foco a homenagem à cultura dos países participantes do torneio e conseguiu levantar o público no Mané Garrincha - que ainda recebia público apenas razoável -, neste sábado. O evento, organizado pelo carnavalesco Paulo Barros, contou com 2.200 voluntários caracterizados com roupas típicas de Brasil, Espanha, Itália, Japão, México, Nigéria, Taiti e Uruguai.

abertura Mané Garrincha estádio Copa (Foto: AFP)Cerimônia homenageou países participantes e, naturalmente, o Brasil (Foto: AFP)
 
Tudo começou com uma contagem regressiva formada por voluntários no campo e com o mapa do Brasil desenhado através de panos. Depois de uma apresentação com fantasias de bolas de futebol, uma mandala foi formada oito grupos de dançarinos, lado a lado. Após uma dança conjunta, cada país teve destaque - a música típica ecoava no Mané Garrincha e os voluntários vestidos com trajes locais dançavam, enquanto os outros se agachavam. Quando chegou a vez do Brasil ser apresentado, a torcida no Mané Garrincha fez muito barulho.

Em seguida, um campo de futebol foi formado com voluntários vestidos de plantas e outros carregando bonecos de jogadores de futebol. Um gol foi marcado e, em seguida, os "atletas" fizeram uma reverência a todos os presentes. Por fim, uma bandeira com o logotipo da Copa das Confederações foi aberto no gramado, encerrando a cerimônia, que durou cerca de 30 minutos e foi começou antes do horário esperado.

Abertura copa das confederações, Mané Garincha (Foto: Agência AP)Estádio não estava cheio no momento da cerimônia (Foto: Agência AP)
 
abertura Mané Garrincha estádio Copa (Foto: AFP)'Uruguaios' se apresentam na cerimônia (Foto: AFP)
 
abertura Mané Garrincha estádio Copa (Foto: Getty Images)Taitianos também foram homenageados (Foto: Getty Images)
 
Abertura copa das confederações, Mané Garrincha (Foto: Agência EFE)Abertura teve dançarinos vestidos como bolas de futebol (Foto: Agência EFE)
 
abertura Mané Garrincha estádio Copa (Foto: AFP)Cerimônia foi organizada pelo carnavalesco Paulo Barros (Foto: AFP)
 
 
 
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

No AM, cantor Abilio Farias morre por complicações cardíacas aos 66 anos

Cantor morreu na noite desta sexta-feira, em um hospital de Manaus.
O cantor, que tinha 66 anos, era natural de Itacoatiara, no Amazonas.

Marcos Dantas Do G1 AM
Cantor AbIlio Farias morreu em Manaus (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Cantor AbIlio Farias morreu em Manaus (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
 
O cantor Abilio Farias morreu vítima de complicações cardíacas na noite desta sexta-feira (14), no Prontocord - Hospital do Coração, localizado na Avenida Álvaro Maia, Zona Centro-Sul de Manaus. O cantor, que tinha 66 anos, era natural de Itacoatiara, a 175 quilômetros de Manaus e ficou conhecido no Amazonas com a música 'Ciganinha Feiticeira'.

De acordo com Joelma Farias, de 40 anos - filha do cantor - Abilio morreu por volta das 19h30. "Ele teve um infarto na segunda [10] e foi levado para o Hospital Beneficente Portuguesa, no Centro. Lá, eles fizeram um cateterísmo e os médicos constataram que as artérias estavam entupidas", relatou.

Após a constatação de que as veias do cantor estavam entupidas, ele foi transferido para o Prontocord para que fosse implatada uma ponte de safena. Depois da cirurgia, que aconteceu na terça-feira (11), ele se recuperava no hospital, mas acabou tendo falência dos rins nesta sexta.

Segundo Joelma, em 2010, o pai já havia se submetido ao primeiro cateterísmo. Na ocasião, ele recebeu um equipamento utilizado para alargar as artérias.


Velório
O velório e o enterro do cantor vão acontecer neste sábado (15). O corpo será velado na Funerária São Francisco, localizada ao lado do Terminal de Ônibus da Cachoeirinha (T2). O enterro vai acontecer no Cemitério São João Batista. Os horários ainda serão definidos pela funerária.

Durante o velório, será cantada a música 'Luzes da Ribalda', de Charles Chaplin. Segundos os familiares, a canção foi escolhida por Abilio para ser interpretada pelo amigo coronel Martins no dia de seu velório. "Eles firmaram um acordo: quem morresse primeiro receberia a homenagem do outro", disse Joelma.

O secretário de Segurança Pública (SSP), coronel Paulo Roberto Vital, que era amigo de Abilio, disse que esteve pela última vez com o cantor no dia do infarto. "Ele esteve lá na secretraria [SSP] me visitando, porque éramos muito próximos. Somos conterrâneos e eu o conhecia há 60 anos", contou.

Entre as lembranças que Joelma guarda do pai está um disco com o Hino do Clube do coração de Abílio, o Nacional-AM, e uma frase célebre. "Quando eu era criança, meu pai me deu um vinil azul com o hino e eu ouvi o dia inteiro, mas o mais marcante é uma frase que ele sempre dizia: Escorregar não é cair!", relembrou.

Abílio Farias faleceu na noite desta sexta-feira (14), enquanto se recuperava de uma cirurgia cardiovascular (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)Abilio Farias faleceu na noite desta sexta-feira (14), enquanto se recuperava de uma cirurgia cardiovascular (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)
 
Carreira
José Abilio de Moura Farias tinha mais de 50 anos de carreira. Nos anos 70, chegou a ser o 'cantor mascarado' do Programa do Chacrinha. Afixionado por esportes, torcia para o Flamengo do Rio de Janeiro e para o Nacional do Amazonas.

Segundo a filha Joelma, Abilio foi dependente químico por 30 anos, mas há cinco, havia abandonado o vício por "força de vontade".

Ele fazia aniversário no dia 23 de fevereiro, mesma data do ex-senador e ex-governador do Amazonas, Gilberto Mestrinho, do qual era amigo. De acordo com Joelma, no dia do aniversário, eles ligavam para parabenizar um ao outro.

O cantor era viúvo e deixou quatro filhos, todos criados no ambiente musical. O último show dele aconteceu em Humaitá, a 675 quilômetros de Manaus. O último álbum do cantor foi um especial com músicas de Waldick Soriano. Ele também se preparava para uma turnê pelo Nordeste do país no segundo semestre deste ano.


 FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Mensagem de Reflexão: A Cerca

A Cerca
 
 
Era uma vez um menino com temperamento muito forte. Seu pai deu-lhe um saco de pregos, dizendo-lhe que cada vez que ele ficasse furioso (bravo) pregasse um prego na cerca do fundo da casa.
No primeiro dia o garoto pregou 37 pregos, mas gradualmente ele foi se acalmando. Descobriu que era mais fácil "segurar" seu temperamento do que pregar os pregos na cerca.

Finalmente chegou o dia em que o garoto não se enfureceu nenhuma vez. Contou ao pai o que havia sucedido e o pai sugeriu-lhe que, de agora em diante por cada dia que conseguisse segurar seu temperamento retirasse um dos 37 pregos.

Passou-se o tempo e o garoto finalmente pode dizer ao pai que tinha retirado todos os pregos.

O pai tomou o filho pela mão e levou-o até a cerca dizendo-lhe:

- Você fez muito bem meu filho, mas a cerca nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas quando está furioso, elas deixam uma cicatriz assim como as marcas da cerca. Você pode fincar e retirar uma faca em um homem. Não importa quantas vezes você possa dizer; "desculpe", a ferida mesmo assim permanecerá. Uma ferida verbal é tão ruim (maligna) quanto uma ferida física. Amigos são uma joia muito rara. Eles fazem você sorrir e estimulam você a ter sucesso. Eles emprestam um ouvido amigo, repartem uma palavra de elogio, eles querem sempre abrir seus corações para nós." 
 
 
 
(AUTOR DESCONHECIDO)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Relator da Lei da Copa diz concentrar pedidos de ingresso de deputados

Parlamentares buscam entradas para jogo do Brasil, diz Vicente Cândido.
'Eu repasso demanda [...]. O telefone não para de tocar', afirmou petista.

Fabiano Costa Do G1, em Brasília
O deputado Vicente Cândido no plenário da Câmara (Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara)O deputado Vicente Cândido no plenário da Câmara (Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara)
 
Às vésperas da abertura da Copa das Confederações, em Brasília, o celular do deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) não para de tocar. Do outro lado da linha, parlamentares em busca de ingressos-cortesia para os camarotes do Estádio Nacional Mané Garrincha, palco do jogo de abertura da competição, neste sábado (15), entre as seleções do Brasil e do Japão.

Relator da Lei Geral da Copa e dirigente da Federação Paulista de Futebol, o deputado petista se transformou em uma espécie de interlocutor dos congressistas com as entidades do futebol.

De acordo com o parlamentar, que tem trânsito na Fifa e na CBF, cerca de cem deputados e senadores já o procuraram para tentar garantir entrada gratuita no jogo deste sábado.

“Eu repasso demanda. Com a aproximação da data do jogo, o pessoal está mais tenso. O telefone não para de tocar. Não vejo a hora de chegar as 18h de sábado”, brincou Cândido, referindo-se ao horário previsto para o término da partida.

Quando eu aprovei a Lei Geral da Copa o pessoal já dizia: 'Não esquece de mim'. E, de vez em quando, encontro com alguém que diz: 'Ó, estou lá na lista'."
 
Vicente Cândido, deputado federal (PT-SP)
 
O deputado disse ao G1 que não distribui ingressos. Segundo afirmou, ele apenas encaminha os pedidos à Fifa, à CBF e ao governo do Distrito Federal, que adminstra o estádio de Brasília.

Vicente Cândido afirmou que cada congressista solicita, em média, de dois a quatro ingressos. No total, ele disse que já requisitou em torno de 350 bilhetes-cortesia para atender os parlamentares e seus  familiares.

“Pedem tudo. Pedir não é proibido. Eles dizem que querem trazer o filho, a esposa”, explicou.

Cândido contou que a maioria das reivindicações de ingresso tem sido atendida pelo governo do Distrito Federal.

Embora organizadora do evento, a Fifa tem disponibilizado poucas entradas gratuitas, informou o deputado. Segundo ele, o camarote da entidade é pequeno e tem sido reservado, majoritariamente, para os chefes das delegações estrangeiras.

O deputado afirmou que não enfrenta muitas dificuldades para atender aos pedidos de deputados e senadores porque o estádio de Brasília é um dos maiores da Copa das Confederações.

“Até agora, está dando para atender. Como é um estádio de 70 mil lugares, há vários camarotes reservados aos poderes”, observou.

Os apelos para Vicente Cândido intermediar cortesias de ingressos não se limitam ao evento preparatório para a Copa do Mundo. Segundo o petista, muitos parlamentares já o procuram para assegurar um assento nos jogos do Mundial da Fifa, em 2014.

“Quando eu aprovei a Lei Geral da Copa o pessoal já dizia: ‘Não esquece de mim’. E, de vez em quando, encontro com alguém que diz: ‘Ó, estou lá na lista”, relatou Cândido.




FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Após meses internada no Rio, Beth Carvalho é transferida para UTI

Com problema na coluna, cantora está no Pró-Cardíaco há sete meses.
Artista, está lúcida e passa bem, diz assessoria do hospital.

Do G1 Rio
A cantora Beth Carvalho (Foto: Washington Possato/Divulgação)A cantora Beth Carvalho (Foto: Washington Possato/Divulgação)
 
Há sete meses internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do Rio, a cantora Beth Carvalho apresentou uma alteração no estado de saúde e teve que ser transferida do quarto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na quarta-feira (12). A informação foi divulgada pela assessoria da unidade, na manhã desta sexta-feira (14).

De acordo com o empresário da cantora, Afonso Carvalho, Beth não sofreu agravamento significativo, apenas uma febre. A assessoria do hospital também confirmou que, apesar da "alteração", ela está lúcida e passa bem, mas segue sem previsão de alta.

A cantora deu entrada no hospital no ano passado com problemas na coluna passou por uma cirurgia para colocar parafusos. No pós-operatório, segundo Afonso, a cantora precisou continuar internada, como de praxe, e retirou, recentemente, os parafusos.

O problema na coluna já aflige a cantora há algum tempo. Em 2009, Beth Carvalho chegou a cancelar sua apresentação no show de réveillon, na Praia de Copacabana, por causa de fortes dores.




FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Uma das roupas do Papa no Brasil tem estampa de peixe, diz fábrica

Trajes são produzidos em Colatina e são para missa em Aparecida.
Papa Francisco vem ao país para a Jornada Mundial da Juventude.

Alessandro Bachetti e Leandro Nossa Do G1 ES, com informações da TV Gazeta Noroeste

Vem de uma cidade do interior do Espírito Santo os trajes que o Papa Francisco vai usar durante a missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, no dia 24 de julho, que faz parte da programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Brasil. Os trajes são produzidos em uma fábrica de Colatina, no Noroeste capixaba. Os funcionários guardam "à sete chaves" vários detalhes dos paramentos papais, mas revelam algumas novidades. A roupa de Vossa Santidade terá a estampa de um peixe e vai custar cerca de R$ 1 mil.

Segundo o padre Ernandes Fantin, diretor da fábrica, em Colatina, o pedido para confecção da roupa veio da Basílica de Aparecida. A assessoria da Basílica foi procurada pelo G1 para comentar o pedido, mas não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.

Desenho de peixe foi projetado para a roupa do Papa Francisco (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Desenho de peixe foi projetado para a roupa do Papa Francisco (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
 
O desenho da estampa foi feito pelo artista plástico Claudio Pastro, de São Paulo. "O peixe é um dos grandes símbolos cristãos. As letras da palavra peixe em grego significam Jesus Cristo Filho de Deus Salvador", explicou o padre Ernandes Fantin, diretor da fábrica em Colatina, pólo de modas e confecções do Espírito Santo.

O Papa Francisco visita o Brasil entre os dias 22 e 28 de julho, quando vai participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, e da Missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, onde usará a roupa produzida no estado. O padre Ernandes Fantin explicou que o convite para produzir as roupas veio da diocese de Aparecida, em São Paulo. 

"De lá veio a grande proposta. Se a gente poderia fazer os paramentos para o Papa quando ele estiver celebrando em Aparecida. No meio dessa história tem também os 50 co-celebrantes, os cardeais, arcebispos, bispos, padres, ao todo dá umas 300, 350 vestes a serem produzidos", contou o padre.

Dentre as vestes que serão produzidas em Colatina estão a túnica, parte de baixo da roupa; a estola, que é uma faixa que fica sobre a túnica; a casula, uma espécie de manta e a mitra, que fica na cabeça. O desejo dos trabalhadores da fábrica é fazer uma roupa que demonstre a simplicidade do Papa Francisco. O conjunto mais luxuoso da fábrica custa em média R$ 3 mil, enquanto a roupa do Papa sairá por R$ 1 mil. Mas, o Vaticano não gastará nada com os trajes, que serão doados pela diocese de Colatina.

Ainda são mantidas em segredo as medidas do Papa e demais detalhes da roupa. Entre os funcionários da fábrica, o clima é de empolgação e expectativa. "A ansiedade é muito grande. Pretendo fazer ela com muito carinho, muito orgulho e vontade", contou a costureira Eva das Graças.


FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Arraiá 2013 da Escola Miguel Matias, em Campo Alegre - AL, foi realizado com sucesso no dia de ontem

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Há dias que a equipe ''Miguel Matias'' tem trabalhado duro para a realização de um dos tradicionais festejos juninos que já é marca registrada nesse estabelecimento de ensino(Escola Miguel Matias).

Ontem, 13 e junho - Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro - A equipe Escola Miguel Matias se preparava para ir às ruas, mostrar ao público a cultura tradicional nordestina. Saiu depois das 4(quatro) horas da tarde, o Grande Arraiá (Desfile Junino) da Escola Municipal de Educação Básica Miguel Matias, pelas principais ruas de Campo Alegre - Alagoas: Desfile de carroças, forró pé de serra, desfile das rainhas do milho e várias apresentações juninas em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro. A população campoalegrense assistiu a esse evento e aplaudiu de pé no momento que o desfile passava pelas ruas.

O Desfile Junino teve como apresentador(puxador) no primeiro carro de som, Radialista Véio Popó (Arquelino Cézar) animando ao público com sua irreverência e criatividade, e no atrás, Renilton Silva comunicando no outro carro de som.
 
Este ano o São João da Escola Miguel Matias mais uma vez foi destaque e resultante de sucesso.
Depois da apresentação do Desfile Junino pelas principais ruas de Campo Alegre, em seguida houve apresentações no pátio da escola (Escola Miguel Matias). Estiveram presentes: Alunos, pais de alunos, funcionários, professores, coordenadores, direção da Escola Miguel Matias, todos caracterizados e festejando às festas juninas. Um dos destaques foi o pessoal da inclusão social, no comando da professora Ocione, quando o aluno especial Francisco andou e dançou animado todo o percurso.
Tradicional Arraiá da Escola Miguel Matias, mostrando a nossa cultura nordestina, de um povo que sempre acreditou numa educação construtivista sem perder suas origens.
 
Escola Municipal de Educação Básica Miguel Matias - Educando com Responsabilidade.
Localizada na Rua Senador Máximo, centro, Campo Alegre - Alagoas

Dando início às apresentações no palco da escola, sobre a locução do professor e radialista, Renilton Silva, foi dada à abertura com as boas-vindas do diretor da ''Miguel Matias'', professor Luciano Torres; quando o mesmo agradeceu a colaboração de seus funcionários, professores, alunos etc, pelo trabalho realizado, e agradeceu a presença de todos.

Em seguida começaram às apresentações juninas, do São João da Miguel Matias, tema: Casamento na Roça.

Foto: Vem simbora pra cá hoomiii !!!.

Estiveram presentes no evento: A prefeita deste município, senhora Pauline Pereira; secretária municipal de educação, professora Josineide Granja(Neide Granja); secretário municipal de cultura, radialista Carlos Olodum e outros secretários; vereadores Alan do Lucinho; Benedito Roberto; Pil Espettus; professoras Eluzenita, Maria do Rosário e demais convidados.
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Alunos e alunas dos 3ºs, 4ºs e 5ºs anos matutino e vespertino da educação básica fizeram parte do evento, ao lado de seus professores e pais de alunos.

As noivinhas; As rainhas do milho; O forró bodó da Miguel também deram um show na escola.

Houve sorteio do Balaio Junino. Também foram sorteados: Um aparelho de DVD, Aparelho celular.

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Arraiá da Escola Miguel Matias: Forró e folia, casamento matutino é na Miguel Matias!



ATENÇÃO: É provável que a qualquer momento postaremos mais fotos e informações sobre esse evento.


RENILTON SILVA - PROFESSOR E RADIALISTA

Mensagem de Reflexão: As Plantas

As Plantas
 
 
De dentro de uma semente rasgou, certo dia, uma planta...

Ainda era muito cedo para brotar...

Mas era melhor o frio externo do que suportar a casca que lhe sufocava

O vento lhe queimava a pele, e o sol forte quase não a deixava respirar

A terra onde nasceu era seca, e as pedras impediam que criasse raízes

Mas as raízes insistiam em crescer, e apodreciam porque no solo não conseguia se fixar...

Suas folhas pequeninas não sobreviviam muito além de alguns dias... logo secavam e caiam por terra...

E a planta se deixou levar ao vento, na esperança de encontrar solo fértil...

Areias quentes, alagados, solo infestado de raízes velhas

Em algum lugar precisava encontrar terra, onde pudesse florescer

Mas na terra não houve um só canto onde pudesse fixar suas raízes

E numa estranha mutação a planta aprendeu a se nutrir do vento

E se acostumou a ver suas folhas caírem por terra, e frutos nunca ter...

Por muito tempo viajou por mundos ignotos e conheceu seus costumes

Por muitos mundos ela passou sem ser notada...

Por outros deixou suas folhas secas nutrindo a terra...

Seu sonho era ser como as outras plantas, criar raízes, florescer, frutificar...

Um dia um jardineiro a recolheu num vaso, e ali regou suas raízes

E ela cresceu e floresceu, sentia-se viva e feliz

E por uma vez sentiu o calor da terra

Sentiu suas raízes crescerem, sentiu pela primeira vez sua natureza de planta

Todo o seu ser lhe foi grato, como se na vida toda estivesse esperando por este momento

O jardineiro lhe deu o precioso momento de ser...

E a planta nunca esquecerá do jardineiro...

Porque mesmo por pouco tempo, A lembrança de ser planta, de ser cuidada e de ter raízes na terra ficará para sempre

E agora ameaça o vento a lhe arrancar do vaso numa noite dessas

E de novo lhe levar pelo ar para estranhas terras

E novamente ela terá que aprender a se nutrir do ar

Mas por onde for ela levará a lembrança de que um dia foi planta e teve terra...

E a imagem do jardineiro a regar seu vaso... 
 
 
(AUTOR DESCONHECIDO)

13 de junho - Dia de Santo Antônio

Santo António de Lisboa


Santo António de Lisboa
Santo António com o Menino Jesus em pintura de Stephan Kessler
Frade Franciscano e
Doutor da Igreja (Doctor Evangelicus)
Nascimento 15 de Agosto de 1191 em Lisboa, Portugal
Morte 13 de Junho de 1231 (39 anos) em Pádua, Itália
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1232, Roma por Papa Gregório IX
Canonização 30 de Maio de 1232, Catedral de Espoleto por Papa Gregório IX
Principal templo Igreja de Santo António de Lisboa, Lisboa, Portugal e Basílica de Santo António de Pádua, Pádua, Itália
Festa litúrgica 13 de Junho
Atribuições livro, pão, Menino Jesus e lírio
Padroeiro Lisboa, Pádua, pobres, mulheres grávidas, casais, pessoas que desejam encontrar objectos perdidos, oprimidos, entre outros
Gloriole.svg Portal dos Santos

Santo António (português europeu) ou Antônio (português brasileiro) de Lisboa, também conhecido como Santo António de Pádua1 , OFM (Lisboa, 15 de Agosto de 1191-1195 ? — Pádua, 13 de Junho de 1231), de sobrenome incerto mas batizado como Fernando, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII2 .

Primeiramente foi frade agostiniano,Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Tornou-se em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 passou a fazer parte do Capítulo Geral da Ordem de Assis, a convite do próprio Francisco, o fundador, que o convidou também a pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.

A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore.

    O contexto histórico

    Santo António de Lisboa, OFM viveu na primeira metade do século XIII, em plena Idade Média. Desenvolviam-se as cidades extramuros (os burgos) e uma nova classe social de artesãos, mercadores, banqueiros, notários e médicos ascendia na sociedade e no poder: a burguesia.

    Na Europa formavam-se as nacionalidades sob a égide do Sacro-Império e os exércitos dos anglos, francos e germanos, dominados pelo espírito da cruzada, combatiam os turcos muçulmanos no Oriente (na Terra Santa) e os berberes muçulmanos no Ocidente (na Península Ibérica).

    Em Portugal, três reis sucederam-se no trono: primeiro Sancho I, filho de D. Afonso Henriques, empenhado em alargar o território e proceder ao povoamento do país que surgira sob o governo do seu pai; depois Afonso II neto de D. Afonso Henriques, que se envolveu em lutas civis contra as suas irmãs, o que motivou a perda dos territórios já conquistados aos mouros a sul do Tejo, e finalmente Sancho II, filho deste último, grande conquistador, que se envolveu em questões com a Igreja Católica e com o papado e foi excomungado e deposto pelo Papa Inocêncio IV a favor de seu irmão Afonso III, conde de Bolonha.

    Biografia

    Primeiros anos


    Igreja de Santo António, em Lisboa, erguida sobre a casa onde segundo a tradição nasceu o santo português.
    Santo António nasceu em Lisboa em data incerta, numa casa, assim se pensa, próxima da , às portas da cidade, no local onde posteriormente se ergueu a igreja sob sua invocação. A tradição indica 15 de agosto de 1195, mas não há documento fidedigno que confirme esta data. Também foi proposto o ano de 1191, mas, segundo um seu biógrafo, o padre Fernando Lopes, as contradições em sua cronologia só se resolveriam se ele tivesse nascido em torno de 1188. Tampouco se sabe com certeza quem foram seus pais. Nenhuma das biografias primitivas os citam, e somente no século XIV, a partir de tradições orais, é que se começou a atribuir ao pai o nome de Martim ou Martinho de Bulhões, e à mãe, o de Maria Teresa Taveira.2 4 5 Fixando-se esses nomes na memória popular, e com a crescente fama do santo, não custou a biógrafos tardios atribuírem também aos seus pais uma dignidade superior. Do pai foi dito ser descendente do celebrado Godofredo de Bulhões, comandante da I Cruzada, e da mãe, que descendia de Fruela I, rei de Astúrias, mas tal parentesco nunca pôde ser comprovado. A forma de seu nome de batismo é igualmente obscura, pode ter sido Fernando Martins ou Fernando de Bulhões.

    Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), sob a direção dos cónegos da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho. Como era a prática da ordem, deve ter recebido instrução no currículo das artes liberais do trivium e do quadrivium, o que certamente plasmou seu caráter intelectual. Ingressando ainda um adolescente como noviço da mesma Ordem, no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciou os estudos para sua formação religiosa. A biblioteca de São Vicente de Fora era afamada pela sua rica coleção de manuscritos sobre as ciências naturais, em especial a medicina, o que pode explicar as constantes referências científicas em seus sermões.

    Poucos anos depois pediu permissão para ser transferido para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a fim de aperfeiçoar sua formação e evitar distrações profanas, já que era constantemente visitado por amigos e parentes. Coimbra era na época o centro intelectual de Portugal, e ali se deve ter envolvido profundamente no estudo das Escrituras e nos textos dos Padres da Igreja. Nesta época entrou em contato com os primeiros missionários franciscanos, chegados em Portugal em 1217, e que estavam a caminho do Marrocos para evangelizar os mouros. Sua pregação do Evangelho no espírito de simplicidade, idealismo e fraternidade franciscana, e sua determinação missionária, devem ter tocado o sentimento de Fernando. Entretanto, uma impressão ainda mais forte ocorreu quando os corpos desses frades, mortos em sua missão, voltaram a Coimbra, onde foram honrados como mártires

    Autorizado a juntar-se a outros franciscanos que tinham um eremitério nos Olivais, sob a invocação de Santo António do Deserto, mudou seu nome para António e iniciou sua própria missão em busca do martírio.

    A sua missão

    Aparição do Menino Jesus ao santo
    Por essa altura, decidiu deslocar-se ele também a Marrocos, mas, lá chegando, foi acometido por grave doença, sendo persuadido a retornar. Fê-lo desalentado, já que não havia proferido um único sermão, não convertera nenhum mouro, nem alcançara a glória do martírio pela fé. No regresso, uma forte tempestade arrastou o barco para as costas da Sicília, onde encontrou antigos companheiros. Ali se quedou até a primavera de 1221, dirigindo-se com eles então para Assis a fim de participarem do Capítulo da Ordem - o último que seria feito com a presença do fundador11 . Em Assis encontrou-se com São Francisco de Assis e os seus primeiros seguidores, um evento de grande importância em sua carreira. Sendo designado para um eremitério em Montepaolo, na província da Romagna, ali passou cerca de quinze meses em intensas meditações e árduas disciplinas.

    Pouco depois aconteceu uma ordenação de frades em Forlì, quando deixou o isolamento e para lá se dirigiu. Até então os franciscanos não sabiam de sua sólida formação, mas faltando o pregador para a cerimónia, e não havendo nenhum frade preparado para tal, o provincial solicitou a António que falasse o que quer que o Espírito Santo o inspirasse. Protestou, mas obedeceu, e dissertando para os franciscanos e dominicanos lá reunidos de forma fluente e admirável, para a surpresa de todos, foi de imediato destinado pelo provincial à evangelização e difusão da doutrina pela Lombardia. Entretanto, a prática franciscana desencorajava o estudo erudito, mas em novembro de 1223 o papa Honório III sancionou a forma final da Regra da Ordem Franciscana, onde uma formação mais aprimorada se tornou autorizada, desde que submissa ao trabalho manual, à prece e à vida espiritual. Recebendo a aprovação para a tarefa pastoral do próprio Francisco, fixou-se então em Bolonha, onde se dedicou ao ensino da teologia na universidade e à pregação. Deslocando-se em seguida para a França, ensinou nas universidades de Toulouse e Montpellier, passando também por Limoges.

    Em 1226 assistiu ao Capítulo de Arles, e em outubro do mesmo ano, após a morte de Francisco, seviu como enviado da Ordem ao papa Gregório IX, para apresentar-lhe a Regra da Ordem. Em 1227 foi indicado provincial da Romagna e passou os três anos seguintes pregando na região, incluindo Pádua, para audiências cada vez maiores. Nesse período colocou por escrito diversos sermões. Em 1230 solicitou ao papa dispensa de suas funções como provincial para dedicar-se à pregação, reservando algum tempo para a contemplação e prece no mosteiro que havia fundado em Pádua. Sempre trabalhando pelos necessitados, envolveu-se também em questões políticas, a exemplo de sua viagem a Verona para pedir a libertação de prisioneiros guelfos feitos pelo tirano gibelino Ezzelino, e em 1231 persuadiu a municipalidade de Pádua a elaborar uma lei que impedia a prisão por dívidas se houvesse a possibilidade de compensação de outras formas.

    Tumba e altar do santo na sua basílica de Pádua
    Pouco depois da Páscoa de 1231 sentiu-se mal, declarou-se hidropisia e ele deixou Pádua para dirigir-se ao eremitério de Camposanpiero, nos arredores da cidade. Seus companheiros ergueram-lhe uma cabana no alto de uma árvore, onde permaneceu alguns dias. Percebendo que a morte estava próxima, pediu para ser levado de volta a Pádua, mas apenas tendo alcançado o convento das clarissas de Arcella, subúrbio de Pádua, ali faleceu, em 13 de junho de 1231. As clarissas reclamaram seu corpo, mas a multidão acabou sabendo de seu passamento, tomou-o e o levou para ser sepultado na Igreja de Nossa Senhora. Sua fama de santidade era tamanha que foi canonizado logo no ano seguinte, em 30 de maio, pelo papa Gregório IX. Os seus restos mortais repousam desde 1263 na Basílica de Santo António de Pádua, construída em sua memória logo após sua canonização. Quando sua tumba foi aberta para iniciar o processo de translado, sua língua foi encontrada incorrupta, e São Boaventura, presente no ato, disse que o milagre era prova de que sua pregação era inspirada por Deus. E incorrupta está até hoje, em exposição na Capela das Relíquias da Basílica. Foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII em 16 de janeiro de 1946 e é comemorado no dia 13 de junho.16

    Sua pregação, seus escritos e a presença contemporânea de sua obra

    Entre suas várias qualidades, chamou a atenção de seus contemporâneos seu admirável dom como pregador. Muitas descrições de época referem o fascínio que sua fala exercia sobre as multidões de pessoas simples e também sobre clérigos doutos, e embora o efeito de sua oração a viva voz não possa mais ser recuperado, seu estilo e os conteúdos que abordava podem ser conhecidos em parte através dos 77 sermões que sobreviveram e constam em sua obra publicada em edição crítica, Sermões Dominicais e Festivos, e que são considerados autênticos, conforme disse José Geraldo Freire. São textos eloquentes, persuasivos, cheios de zelo messiânico, sendo frequentes a defesa do pobre e a reprimenda do rico, e o combate às heresias de seu tempo, como as dos albigenses e valdenses, com uma eficácia tanta que lhe foi dado o apelido de malleus hereticorum (o martelo dos heréticos).

    Embora a tradição atribua seu dom à inspiração divina, não é possível deixar de considerar o importante papel que sua formação erudita desempenhou neste aspecto de sua vida e obra. A análise das referências que fez em seus escritos, junto com o levantamento das fontes literárias presentes em seu tempo nas bibliotecas que frequentou, especialmente a de Santa Cruz, atestam sem sombra para dúvidas que sua preparação intelectual foi ampla e profunda. Além de um conhecimento detalhado da Bíblia, dos escritos dos Padres da Igreja e outros escritores cristãos, são encontradas citações de clássicos como Aristóteles, Cícero, Catão, Sócrates, Dioscórides, Donato, Eliano, Escribónio, Euquério de Lião, Festo Solino, Filão de Alexandria, Tibulo, Sérvio, Públio Siro, Juvenal, Plínio, o Velho, Varrão, Sêneca, Flávio Josefo, Horácio, Ovídio, Lucano e Terêncio. Seu conhecimento das ciências naturais ultrapassa em muito o currículo regular das artes liberais medievais, aprofundando-se em áreas como a medicina, a física, a história natural, a cosmografia, mineralogia, zoologia, botânica, astronomia e óptica.3 18 Nas palavras de José Antunes,
    Santo António em pintura de Alvise Vivarini
    "Santo António de Lisboa, embora muito festejado e venerado como santo pelo povo, é menos conhecido como um homem de cultura literária invulgar e como um verdadeiro intelectual da Idade Média. Reveladora dessa cultura ímpar, é a sua obra escrita, cheia de beleza e densidade de pensamento, como nos testemunham os seus Sermões, autênticos tesouros da Literatura e da História. Vasta, profunda, extraordinária, a respeito da Sagrada Escritura. Ampla, variada e bem apropriada nas transcrições dos Padres da Igreja e dos Autores Clássicos. Impressionante, para o tempo, não apenas pelo conhecimento que revela das ciências naturais e das humanidades, mas igualmente pelo erudito discurso sobre noções jurídicas, como Poder, Direito e Justiça".

    Naturalmente, era fiel à ortodoxia cristã. Apesar de sua extensa cultura profana, considerava a Escritura sagrada a fonte da ciência superior, da verdadeira ciência, da qual todas as outras eram meras servas e simples coadjutoras no trabalho da Salvação. Por isso deu grande importância a uma boa exegese do texto sagrado, privilegiando a extração do seu sentido moral. Nota-se ainda em sua obra alguns dos primeiros sinais de um progressivo abandono do pensamento medieval, que apresentava o homem e o mundo como desprezíveis e fontes do pecado, abrindo-se a uma apreciação mais positiva da vida concreta e do relacionamento humano, entendendo o ser humano como uma maravilhosa obra divina. Na análise de Pedro Calafate,
    "Santo António não olvidará a excelência da contemplação, mas sublinhará não obstante a circunstância terrena do homem como corpo e alma, sem deixar de considerar que a abertura à exterioridade não transforma o amor aos outros e às criaturas no apego à posse das coisas, estando neste caso o culto da pobreza, nomeadamente as críticas severas que dirigiu aos prelados e dignatários eclesiásticos, por se comprazerem nos luxos do século. Tratando-se de uma espiritualidade que não olvidou a dimensão prática e vivencial, equacionou também a relação entre a ação e a contemplação no quadro da mística. Filha da vontade e do amor, numa alienatio mentis que supera o plano estritamente racional para que a alma, inteiramente conduzida pela graça, contemple Deus como em espelho ou em enigma, a mística tampouco representará uma renúncia à vida ativa, nem às exigências da vertente racional do homem, porque a alma volta e regressa à vida ativa para a realizar com maior perfeição, numa confluência entre o entender e o contemplar, o saber e a sabedoria".

    Contudo, é de dizer que na forma como chegaram, os ditos sermões são antes um manual didático para os noviços do que transcrições de sermões verdadeiramente proferidos. Foram produzidos para seus alunos, para instruí-los na arte predicatória, a fim de que depois eles pudessem converter com sucesso os pecadores e infiéis à fé cristã. Apesar disso, eles possuem em seu conjunto pouca ordem sistemática.

    Os sermões são ainda um precioso documento de época, muitas vezes fazendo alusões às transformações sociais e económicas que ocorriam durante aquele período, atestando o crescimento das cidades, o florescimento das atividades artesanais e do comércio, o surgimento das corporações de ofícios, as diferenças de classes. Além dos conteúdos sacros, que ainda preservam seu caráter inspirador, tais alusões - onde surge aguda crítica social na condenação da avareza, da usura, da inveja, do egoísmo, da falta de ética na administração pública, dos falsos moralistas e hipócritas, dos maus pastores de almas, do orgulho dos eruditos, dos ricos ensimesmados em sua opulência que oprimem e excluem os pobres do tecido social - são responsáveis pelo valor perene e atual de seus escritos, sendo passíveis de imediata identificação com muitas circunstâncias e contradições da vida contemporânea.

    Tradição taumatúrgica e iconografia


    Ticiano: O milagre da cura do pé amputado, 1511, Scuola del Santo, Pádua

    Diz a tradição que em sua curta vida operou muitos milagres, como seguem alguns exemplos.7 15
    • Certa feita, meditando à beira-mar sobre a frequente aparição da imagem do peixe nas Escrituras, os peixes teriam se reunido a seus pés para escutá-lo.
    • Teria restaurado um campo de trigo maduro para colheita que fora estropiado por uma multidão que o seguia; teria protegido milagrosamente seus ouvintes da chuva que caía durante um sermão, e uma mulher impedida pelo marido de ir ouvi-lo pôde escutar suas palavras a quilómetros de distância.
    • Quando em disputa com um herege albigense sobre a presença ou não do Deus vivo na hóstia consagrada, o herege, chamado Bonvillo, disse que se uma mula, tendo passado três dias sem comer, honrasse uma hóstia em detrimento de uma ração de aveia, ele acreditaria no santo. Segundo a história, assim que a mula foi liberta de seu cercado, faminta, desviou-se da ração e ajoelhou-se diante da hóstia que António lhe mostrava.
    • Restaurou o pé amputado de um jovem.
    • Soprou na boca de um noviço para expulsar as tentações que sofria, confirmando-o em sua vocação.
    • Quando alguns hereges colocaram veneno em sua comida para verificar sua santidade, o santo fez o sinal da cruz sobre o alimento, comeu-o e nada sofreu, para o vexame dos seus tentadores.
    • Outro milagre famoso trata-se da aparição do Menino Jesus ao santo durante uma de suas orações, uma cena multiplicada abundantemente em sua iconografia.
    Também é bastante citado um milagre ocorrido durante sua pregação num consistório diante do papa, inúmeros cardeais e clérigos, e gentes de várias nações, quando, discorrendo com sutilíssimo discernimento sobre intrincadas questões teológicas, cada um dos presentes teria ouvido a pregação na sua própria língua materna.23 Na ocasião, diante de tão assombroso fenómeno, que parecia uma reedição do Pentecostes bíblico, o papa o teria chamado de "a arca do Testamento, o arsenal da Sagrada Escritura".

    A sua representação iconográfica de longe mais frequente é a de um jovem tonsurado envergando o hábito dos frades franciscanos, segurando o Menino Jesus sobre um livro ou entre os braços, a quem contempla com expressão terna, e tendo uma cruz, ou um ramo de açucenas, na outra mão. Esses atributos podem ser substituídos por um saco de pão, que distribui entre pobres ou idosos.

    Veneração


    Estatueta popular de Santo António e o Menino, Museu Municipal de Caxias do Sul
    É considerado padroeiro dos amputados, dos animais, dos estéreis, dos barqueiros, dos velhos, das grávidas, dos pescadores, agricultores, viajantes e marinheiros; dos cavalos e burros; dos pobres e dos oprimidos; é padroeiro de Portugal, e é invocado para achar-se coisas perdidas, para conceber-se filhos, para evitar naufrágios, para conseguir casamento.

    A devoção popular o colocou entre os santos mais amados do Cristianismo, cercou-o de riquíssimo folclore e lhe atribui até os dias de hoje inúmeros milagres e graças. Igrejas a ele consagradas se multiplicam pelo mundo, tem vasta iconografia erudita e popular, a bibliografia devocional que ele inspira é volumosa, e em sua homenagem uma quantidade incontável de pessoas recebeu o nome António, além de inúmeras cidades, bairros e outros logradouros públicos, empresas e mesmo produtos comerciais em todo o mundo também terem seu nome.26
    Na tradição lusófona Santo António está acima de todos em prestígio. Sua veneração foi levada de Portugal para o Brasil, onde enraizou rápido e também dominou o coração do povo. Era tanta a familiaridade que o santo inspirava, que passou a ser uma espécie de "propriedade privada" de todos. Como relatou Grillot de Givry, "não há casa que o não venere no seu oratório e não satisfeita ainda com isso, a comum devoção dos fiéis, cada um quer ter só para si o seu Santo António". Estava em toda parte: "nos nichos de pedra, pintado em azulejos, a guardar as casas, em caixilhos de seda à cabeceira da cama a vigiar-nos o sono, nos escapulários e bentinhos junto ao peito, a acautelar-nos os passos, esculpido e pintado para preservar dos perigos, pintados nas caixas de esmola, nos santuários e oratórios". Também era invocado pelos senhores para recuperar escravos fugidos.

    A mesma familiaridade criou práticas esdrúxulas no culto popular. Se um pedido não era atendido, a imagem do santo podia ser submetida a torturas e castigos. Deitavam-na de barriga para o chão e punham-lhe uma pedra em cima; escondiam-na num poço escuro, retiravam-lhe o Menino Jesus dos braços, ou arrancavam-lhe o resplendor. Acreditava-se que o castigo acelerava a concessão da graça, e explicavam a violência dizendo que em sua juventude o santo desejara morrer martirizado em nome da fé. Luminares do clero, como o padre Vieira, também de certa forma reforçavam essas crenças. Num sermão disse:


    Ex-votos dedicados ao santo em Antuérpia
    "Não haveis de pedir a Santo António como aos outros, nem como quem pede graça e favor, senão como quem pede justiça. E assim haveis de pedir a Santo António: não só como a quem tem por ofício deparar tudo o perdido e demandado como a quem deve e está obrigado a o deparar. E senão dizei-me: por que atais e prendei esse santo, quando parece que tarde em vos deparar o que lhe pedis? Porque deparar o pedido em Santo António não só é graça, mas dívida. E assim como prendei a quem vos não paga o que vos deve, assim o prendeis a ele. Eu não me atrevo nem a aprovar esta violência, nem a condená-la de todo, pelo que tem de piedade".
    É um dos santos honrados nas popularíssimas Festas Juninas e diversos costumes folclóricos estão ligados ao santo. a título de exemplo, no Brasil moças casadoiras retiram o Menino Jesus das estátuas e só o devolvem quando arrumam casamento; uma prece especial, os "responsos", são feitas para que ele ajude a encontrar objetos perdidos; no dia de sua festa muitas igrejas distribuem um pão especialmente abençoado, os "pãezinhos de Santo António", que deve ser guardado em uma lata de mantimentos para que não falte alimento na casa.

    Ele teve inclusive uma brilhante carreira militar póstuma. Inúmeras cidades da Espanha, Portugal e Brasil lhe conferiram títulos militares, condecorações, insígnias e outras honrarias, iniciando-se o curioso hábito quando o regente Dom Pedro ordenou em 1668 que ele fosse recrutado e assentasse praça como soldado raso no II Regimento de Infantaria em Lagos, sendo promovido sucessivamente a capitão e coronel. Com o posto de tenente-coronel, sua imagem foi levada pelo XIX Regimento de Infantaria em Cascais à frente dos combates da Guerra Peninsular, recebendo depois uma condecoração. D. João VI, após o feliz desembarque no Brasil em sua fuga da invasão napoleónica, o nomeou sargento-mor, promovendo-o depois a tenente-coronel. No Brasil foi onde recebeu mais títulos, recebendo inclusive soldo em vários locais até depois de proclamada a República. Em Igarassu foi nomeado oficialmente Protetor da Câmara de Vereadores.

    Festividades

    Portugal


    Santo António pregando aos peixes, em Guimarães.
    Em Portugal, Santo António é muito venerado na cidade de Lisboa e o seu dia, 13 de Junho, é feriado municipal.

    As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros.

    Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer às namoradas, as quais trazem bandeirinhas com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa. A festa dura toda a noite e, um pouco por toda a cidade, há arraiais populares, locais de animação engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, febras de porco (fêveras), caldo verde (uma sopa feita com couve galega, cortada aos fiapos, o que lhe confere uma cor esverdeada) e se bebe vinho tinto. Ouve-se música e dança-se até de madrugada, sobretudo no antigo e muito típico Bairro de Alfama.

    Santo António é o santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho. São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.

    Brasil

    No Brasil, onde o santo tem muitos devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo Antônio, o Casamenteiro. O arraial de Santo Antônio do Leite, no Estado de Minas Gerais, Brasil, tem em sua igreja uma imagem de Santo António de Lisboa, trazida de Portugal em finais do século XVII.

    Em Barbalha, no interior do Ceará, o mês de junho é dedicado ao santo, que é padroeiro da cidade. Destaca-se o Pau da Bandeira, cerimónia onde os devotos cortam uma árvore de grande porte e a utilizam como mastro com uma bandeira de Santo António. A festividade reúne milhares de pessoas.
    No sincretismo religioso, Santo António é conhecido no Candomblé da Bahia como Ogum, o orixá da guerra.

    O Santo é também padroeiro das cidades de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de Patos de Minas, Rio Acima, Juiz de Fora e Governador Valadares no estado de Minas Gerais, e de Nova Iguaçu e Duque de Caxias no estado do Rio de Janeiro, e de Santo António de Jesus no estado da Bahia onde seu dia é feriado municipal.

    Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com uma vasta programação, a festa para o Santo padroeiro é celebrada com missa diária, pastelada, barracas com comidas típicas, quadrilha, noites temáticas, e shows. A festa é tradicional e tem como principal atrativo o bolo de metro com várias alianças, que é repartido e distribuído sempre no dia 13. O pedaço do bolo é bem requisitado pelas mulheres solteiras que sonham com um casamento próximo. Diz à tradição que aquela que achar uma aliança no pedaço de bolo é a grande sortuda a subir ao altar com um noivo.

    A cidade de Caieiras, São Paulo, também tem como padroeiro o Santo, onde a Paróquia de Santo Antônio realiza todos os anos a trezena e no dia 13 a missa e bênção do pão. Outra tradição na cidade durante a festividade é o ato de 'socar' o pau de Santo António, uma madeira que representa o mastro do Santo, a fim de conseguirem alguma graça.

    A cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, também tem como padroeiro o Santo, onde a Paróquia de Santo Antônio realiza todos os anos a trezena e no dia 13 a missa e bênção do pão.

    Em Borba, no interior do Amazonas, a Festa de Santo António é comemorada no período de 1 a 13 de junho e, em 2009, comemoraram-se 253 anos de amor e fé. Romeiros de vários estados e até do exterior marcam presença nos festejos todos os anos para pedirem ou agradecerem pelas graças recebidas. O município possui a Basílica de Santo António de Borba, que é a 1ª da América Latina e a 5ª do Mundo a possuir relíquias de Santo António.

    Em Salvador, Bahia, o santo é reverenciado em quase todas as paróquias com a celebração da trezena, mas há duas igrejas com seu nome em que as festividades são mais intensas, quais sejam, Santo Antonio Além do Carmo, no centro histórico de Salvador e em Santo Antonio da Barra. Em Paratinga, Bahia, conhecida também como Terra de Santo Antonio, no mês de junho se realizam as Trezenas de Santo Antonio e em sua tradição, são treze noites de festa. Sendo que em cada noite que antecede ao dia 13 de junho, são realizadas as noites de acordo a uma parcela da população, como a noite dos legionários, pescadores, vaqueiros (carreiros e criadores), crianças, funcionários, negociantes, motoristas (ciclistas e motoqueiros), músicos, lavradores, artistas, casadas, moças e rapazes. Cada noite tem um responsável que faz a alvorada e a noite após a missa seguem em procissão para a casa do mesmo encerrado a festividade daquela reza com comidas e bebidas. A paróquia de Paratinga celebra esta festividade a quase trezentos anos.

    No Piauí, a maior festa religiosa da região, reverenciada ao Santo, acontece em Campo Maior.

    Na Paraíba, no município de Fagundes, há mais de um século a conhecida Pedra de Santo Antônio é visitada por turistas e romeiros de todo o Brasil, no dia 13 de Junho, que é feriado no município.

    Em Santa Catarina, no município de Sombrio, são celebradas as Trezenas durante treze dias antes do sábado que antecede a festa, com bênção dos pães de Santo Antonio e feriado municipal no dia 13 de Junho. A cidade é uma das poucas no Brasil a possuir uma relíquia do santo, trazida de Pádua (Itália) por uma comitiva que incluiu festeiros de 2011, o prefeito municipal e o pároco.

    Em São Paulo, há muitas igrejas em homenagem ao santo, e ao menos quatro catedrais, em Osasco, que guarda uma relíquia do santo, e Lins, Piracicaba, Americana, no interior do estado.

    Igreja e Museu Antoniano em Lisboa

    Situados perto da Sé Patriarcal de Lisboa, o Museu e a Igreja Antoniana em Lisboa são o centro da devoção ao santo lisboeta, em especial no dia que lhe é dedicado, 13 de Junho.

    O Museu Antoniano é um museu monográfico dedicado à vida e veneração do santo, exibindo, em exposição permanente, objectos litúrgicos, gravuras, pinturas, cerâmicas e objectos de devoção que evocam a vida e o culto ao santo.

    O Museu fica anexo à Igreja, local onde, de acordo com a tradição, nasceu o santo. Em conjunto, esses dois espaços constituem um dos mais importantes locais de homenagem ao mesmo.

    No ano de 1995 comemorou-se o 800.º aniversário do seu nascimento, com grandes celebrações por toda a cidade de Lisboa.


    FONTE: WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE