sábado, 7 de março de 2015

Jornalista e escritor Zuenir Ventura toma posse na ABL

Jornalista ocupa a cadeira 32, que era de Ariano Suassuna.

Zuenir Ventura tem 83 anos e foi eleito em 2014 com 35 votos.

Daniel Silveira
Do G1 Rio
Zuenir Ventura de fardão (Foto: Daniel Silveira/G1)Zuenir Ventura de fardão: novo imortal da ABL (Foto: Daniel Silveira/G1)


















A Academia Brasileira de Letras (ABL) ganhou mais um imortal nesta sexta-feira (6). Aos 83 anos, o escritor e jornalista mineiro Zuenir Ventura tomou posse na cadeira 32, antes ocupada pelo paraibano Ariano Suassuna.
Com os olhos embotados de lágrimas, Zuenir Ventura se disse "alegre e tenso" ao chegar à ABL trajando o fardão dos imortais. "O peso simbólico [da vestimenta] é muito maior que o real. O principal peso é entender essa imortalidade", disse.
O jornalista reiterou ter sido surpreendido ao receber a maioria dos votos na eleição para ocupar a cadeira de número 32. "Eu nunca pensei que a academia tivesse tanto carinho por mim", declarou.
Nos últimos meses, Zuenir se debruçou sobre a obra de seu antecessor, o paraibano Ariano Suassuma, de quem se diz um grande admirador. "Fazer um discurso sobre Ariano Suassuna é muito difícil. Fiz uma homenagem modesta, imperfeita e incompleta", comentou a respeito de seu discurso de posse, acrescentando que Suassuna "é insubstituível, insuperável, eu vou apenas sucedê-lo".

“Ariano Suassuna debochava quando era chamada de anacrônico. Assim como usava o humor como antídoto ao trágico”, afirmou o novo imortal em seu discurso de posse.

Zuenir foi recepcionado pela acadêmica Cleonice Bernardinelli, que foi sua professora na Faculdade Nacional de Filosofia. Ele é o quinto ex-aluno que a imortal recebe na Academia. Foram seus discípulos Ana Maria Machado, Antônio Carlos Secchin, Domício Proença Filho e Affonso Arinoa de Mello Franco. No fim do mês, Cleonice receberá o sexto ex-aluno na ABL, Evaldo Cabral de Mello.

"Relembrando versos do velho amigo Manuel Bandeira, um confrade que aqui nos precedeu, digo convicta: Entre Zuenir, você não precisa pedir licença”, disse Cleonice ao encerrar seu discurso.

Após o discurso de Cleonice, Zuenir recebeu a espada dos imortais das mãos de Eduardo Portella. Na sequência, Merval Pereira lhe entregou o colar e Domício Proença Filho o diploma. Por fim, foi declarado empossado pelo presidente da entidade, Geraldo Holanda Cavalcanti.

Geraldo Holanda Cavalcanti disse que a ABL "se enriquece com a presença de um observador arguto da contemporaneidade brasileira" ao destacar que o novo imortal é reconhecido "pela conviviabilidade amena, generosa e aberta que tão bem caracteriza a personalidade de Zuenir”.

Carreira
Bacharel e licenciado em Letras Neolatinas, Zuenir Ventura é jornalista, ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Escola Superior de Desenho Industrial, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Colunista do jornal "O Globo", ingressou no jornalismo como arquivista, em 1956. Nos anos 1960 e 1961 conquistou bolsa de estudos para o Centro de Formação dos Jornalistas de Paris. De 1963 a 1969, exerceu vários cargos em diversos veículos: foi editor internacional do "Correio da Manhã", diretor de Redação da revista "Fatos & Fotos", chefe de Reportagem da revista "O Cruzeiro", editor-chefe da sucursal-Rio da revista "Visão-Rio".

No fim de 1969, realizou para a Editora Abril uma série de 12 reportagens sobre “Os anos 60 – a década que mudou tudo”, posteriormente publicada em livro. Em 1971, voltou para a revista Visão, permanecendo como chefe de Redação da sucursal-Rio até 1977, quando se transferiu para a revista Veja, exercendo o mesmo cargo. Em 1981, transferiu-se para a revista IstoÉ, como diretor da sucursal. Em 1985, foi convidado a reformular a revista Domingo, do Jornal do Brasil, onde ocupou depois outras funções de chefia.
Em 1988, Zuenir Ventura lançou o livro 1968 - o ano que não terminou, cujas 48 edições já venderam mais de 400 mil exemplares. O livro serviu também de inspiração para a minissérie “Os anos rebeldes”, produzida pela TV Globo. O capítulo “Um herói solitário” inspirou o filme O homem que disse não, que o cineasta Olivier Horn realizou para a televisão francesa.
Em 1989, publicou no Jornal do Brasil a série de reportagens “O Acre de Chico Mendes”, que lhe valeu o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog. Em 1994, lançou Cidade partida, um livro-reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, traduzido na Itália, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti de Reportagem. Em fins de 1998, publicou O Rio de J. Carlos e Inveja – Mal Secreto, que foi lançado depois em Portugal e na Itália. Já vendeu cerca de 150 mil exemplares. Em 2003, lançou Chico Mendes – Crime e Castigo.
Seus livros seguintes foram Crônicas de um fim de século e 70/80 Cultura em trânsito – da repressão à abertura, com Heloísa Buarque e Elio Gaspari. No cinema, codirigiu o documentário Um dia qualquer e foi roteirista de outro, Paulinho da Viola: meu tempo é hoje, de Izabel Jaguaribe. Suas obras mais recentes são Minhas histórias dos outros, 1968 – o que fizemos de nós e Conversa sobre o tempo, com Luis Fernando Verissimo. Seu livro mais recente é o romance Sagrada Família.
Em 2008, Zuenir Ventura recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que “mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos”. Em 2010, foi eleito “O jornalista do ano” pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros.
Ao comentar sua série de reportagens sobre Chico Mendes e a Amazônia, The New York Review of BOOKS classificou o autor como “um dos maiores jornalistas do Brasil”. A revista inglesa The Economist definiu-o como “um dos jornalistas que melhor observam o Brasil”.



FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Dificuldade para encontrar roupas faz técnica de farmácia emagrecer 45 kg

Gabriela Rego chegou a 123 kg, mas diz que obesidade não a incomodava.

Ela começou com dieta Dukan, mas depois optou por reeducação alimentar.

Fabíola Glenia
Do G1, em São Paulo









A obesidade sempre fez parte da vida da técnica de farmácia Gabriela Rego, de 24 anos, que começou a engordar ainda criança, mas, ela garante que isso não a incomodava. “Sou bem extrovertida, nunca tive problema com amigos da escola, colegas de trabalho. Eu me sentia bem, eu tinha amigos, namorado, saía, então, meu peso não era um problema para mim”, garante.
A técnica de farmácia Gabriela Rego emagreceu quase 45 kg em cerca de um ano (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Rego)A técnica de farmácia Gabriela Rego emagreceu quase 45 kg em cerca de um ano (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Rego)
Mas se o excesso de peso não era exatamente um problema, o fato de não encontrar roupas bacanas que lhe servissem passou a ser – e isso serviu de estímulo para que, no ano passado, Gabriela decidisse emagrecer.
A técnica de farmácia conta que sua mãe sempre trabalhou fora, e ela e os dois irmãos mais velhos – que não são obesos – ficavam sozinhos em casa. “Eu não tinha horário para comer e não me preocupava.”
A técnica de farmácia Gabriela Rego emagreceu quase 45 kg em cerca de um ano (Foto: Editoria de Arte/G1)




















Depois do seu casamento, em 2010, a situação só piorou. “Nunca gostei de cozinhar. Minha compra de SUPERMERCADO só tinha besteira, muito refrigerante, salgadinho, congelados, fritura. Além disso, a gente saía bastante para comer, ia muito a fast food.” Dessa maneira, Gabriela acabou chegando aos 122,7 kg. Foi então que ela tomou a decisão de mudar.
Ela conversou com uma amiga que havia emagrecido 15 kg com a DIETA do nutricionista francês Pierre Dukan. Gabriela pegou o livro emprestado e começou a seguir as orientações. “Me adaptei porque sou muito carnívora. Não era uma dificuldade para mim tirar a massa, o pão, a farinha branca. Agora, proteína, legumes e laticínios, isso eu não conseguia tirar.”
Ela se manteve nesta dieta de fevereiro do ano passado até agosto, quando então começou a notar que estava perdendo muito cabelo, além de estar sentindo falta de alguns alimentos, como arroz e feijão. Gabriela procurou uma endocrinologista, que a orientou a fazer uma reeducação alimentar. “Com a mudança da Dukan para a reeducação mudou até meu humor, porque quando você faz uma dieta muito rígida, isso mexe com o humor. Com a reeducação alimentar, me senti melhor. Posso comer tudo, mas tudo regrado.”
Ela continua emagrecendo, mas hoje de forma mais gradual. E parte dos seus esforços, neste momento, está voltada para o ganho de MASSA MUSCULAR.  Gabriela vai à academia de segunda a sexta-feira. No início, em junho do ano passado, ela ficava cerca de quatro horas no local; atualmente, fica “só” duas horas e meia, em média, onde se divide entre musculação e atividades aeróbicas como esteira, bicicleta, step, dança e pilates.
A técnica de farmácia Gabriela Rego emagreceu quase 45 kg em cerca de um ano (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Rego)Ela prioriza as proteínas e legumes, mas entendeu que carboidrato também é importante para o corpo (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Rego)













O principal desafio da técnica de farmácia foi controlar a compulsão por comida. “Sempre fui muito ansiosa.” Hoje, depois de mais de um ano, ela já não consegue mais comer como antes, tanto no que diz respeito à quantidade, como à qualidade dos alimentos. “Antes eu comia quatro pedaços de pizza e dormia bem. Hoje, se como algo mais pesado na hora de dormir, passo mal.”
Ao longo deste período, Gabriela disse que nunca pensou em desistir, mas chegou a ficar muito ansiosa para ver resultado. “Teve momentos de querer ficar três dias sem jantar, eu decidia tomar só chá. Consegui superar isso, hoje não pulo mais refeição.” Gabriela está pesando 78 kg, um emagrecimento de quase 45 quilos. Sua meta é chegar aos 72 kg.
A técnica de farmácia Gabriela Rego emagreceu quase 45 kg em cerca de um ano (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Rego)Gabriela diz que o excesso de peso não a incomodava, mas resolveu emagrecer principalmente pela dificuldade de encontrar roupas bacanas (Foto: Arquivo pessoal/Gabriela Rego)



FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Após resgate, cachorra jogada em rio recebe novo nome em Pouso Alegre

Encontrada em um saco toda enlameada, ela agora tem um novo lar.

'Regina', como ficou conhecida na internet, cachorra foi rebatizada de Chica.

Daniela Ayres
Do G1 Sul de Minas
Quem vê Chica andando saltitante pela nova casa em Pouso Alegre (MG) mal sabe o apuro que ela enfrentou há pouco mais de uma semana. Chica é o novo nome de "Regina", cachorra encontrada por pescadores dentro de um saco jogado em um rio de Santa Rita do Sapucaí (MG). Coberto de barro, o animal estava quase irreconhecível e só pôde ser resgatado com a ajuda de cordas. "Quem fez isso com ela está perdoado, porque ela não tem nenhum medo do ser humano", diz a turismóloga Flávia Godoy Coutinho, de 33 anos, que adotou a cachorrinha.
Nesta sexta-feira (6), Chica completou uma semana em uma nova vida. De presente, ganhou uma visita ao veterinário para colocar a vacinação em dia e checar sua saúde. "Apesar do que ela passou, está bem fortinha, não teve um arranhão. Só veio com algumas pulgas, mas estamos tratando. O veterinário acredita que ela tenha cerca de 8 meses de vida. Certamente, é uma filhotona. Está na fase da bagunça, acabando com os móveis", brinca Flávia.
Flávia, que já tinha dois cães, se sentiu tocada pela história de 'Regina', que foi rebatizada como Chica (Foto: Arquivo Pessoal/ Flávia Godoy Coutinho)
Flávia, que já tinha 2 cães, se sentiu tocada pela história de 'Regina', rebatizada como Chica (Foto: Arquivo Pessoal/ Flávia Godoy Coutinho)

















O encontro entre a turismóloga e a cachorrinha sobrevivente se deu por meio de uma campanha feita em rede social por uma das integrantes da Sociedade Protetora dos Animais de Santa Rita do Sapucaí, que auxiliou no resgate. Na postagem, a diretora de comunicação do órgão, Giovana Mara, contou a história que comoveu não só Flávia, mas centenas de internautas em várias cidades da região.
Salva por latidos
Na tarde do dia 24 de fevereiro, os insistentes latidos de uma pequena vira-lata chamaram a atenção de um casal de pescadores. O filhote de 5 meses começou a correr em torno dos dois e direcioná-los para o rio. O casal estranhou e decidiu seguir o animal. Foi quando encontraram Chica dentro do saco.

O local onde Chica foi jogada é de difícil acesso. A Polícia Militar e a Sociedade Protetora dos Animais só conseguiram fazer o resgate usando técnicas de rapel e nenhum responsável pelos maus tratos foi encontrado.
A filhote que ajudou no resgate ganhou o nome de Pretinha. Chica foi nomeada à época como Regina, em homenagem à pescadora que, com o marido, chamou o socorro. Logo a saga das duas vira-latas ganhou fama e um final que segue para ser feliz.
Chica antes e depois, no dia em que foi adotada por Flávia: 'Ela não tem nenhum medo do ser humano', diz adotante (Foto: Arquivo Pessoal/ Flávia Godoy Coutinho)
Chica antes e depois, quando foi adotada por Flávia: 'Ela não tem medo do ser humano', diz adotante (Foto: Arquivo Pessoal/ Flávia Godoy Coutinho)
No dia 26 de fevereiro, a então "Regina" conquistou Flávia com a sua docilidade. "Eu já tenho dois cachorros e queria adotar um animalzinho que precisasse de muito amor. A única exigência era que fosse manso, porque eu tenho uma criança em casa. Tinha uma pessoa na frente, que desistiu, então eu a adotei", conta.
E foi na rodovia a caminho de casa que a ideia de rebatizar a recém-chegada surgiu. "Eu vim dirigindo e olhando pra ela. Pensei que ela tem cara de Chica. Cheguei em casa, falei para o meu filho e ele também achou. Se bem que, pra ele, a Chica, é a Atleticana, porque as cores dela combinam com as do time do coração."
Chica e Yan, de 7 anos: para ele, cachorrinha é 'Atleticana', em homenagem ao time do coração (Foto: Arquivo Pessoal/ Flávia Godoy Coutinho)
Chica e Yan, de 7 anos: para ele, cachorrinha é 'Atleticana', em homenagem ao time do coração (Foto: Arquivo Pessoal/ Flávia Godoy Coutinho)




FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO