Michelle Farias Do G1 AL
Área de Mata Atlântica é
desmatada de forma irregular
em Alagoas (Foto: Jonathan Lins/G1)
em Alagoas (Foto: Jonathan Lins/G1)
Desmatar área de Mata Atlântica para construir
zoológico, casas ou até mesmo para dar lugar a plantação de cana-de-açúcar.
Esses são alguns exemplos de desmate criminoso que aconteceram em todo o estado
de Alagoas. Em 2012, mais
de 6 hectares de Mata Atlântica foram desmatadas no estado, 20% a menos em
relação à 2011.
De acordo com um levantamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Brasil mais de 60% das áreas desmatadas foram convertidas para a pecuária. Em Alagoas, a situação não é diferente. Mais de 50% das áreas desmatadas foram utilizadas para o plantio da cana-de-açúcar.
Segundo o tenente Jeilton, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), são feitas ações mensais para a prevenção desse tipo de crime. Ainda segundo ele, as áreas mais desmatadas correspondem as que são de assentamento, ocupadas pelos Movimento dos Sem Terra, e para a o plantio de cana-de-açúcar.
De acordo com um levantamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Brasil mais de 60% das áreas desmatadas foram convertidas para a pecuária. Em Alagoas, a situação não é diferente. Mais de 50% das áreas desmatadas foram utilizadas para o plantio da cana-de-açúcar.
Segundo o tenente Jeilton, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), são feitas ações mensais para a prevenção desse tipo de crime. Ainda segundo ele, as áreas mais desmatadas correspondem as que são de assentamento, ocupadas pelos Movimento dos Sem Terra, e para a o plantio de cana-de-açúcar.
Batalhão Ambiental analisa
área desmatada
(Foto: Jonathan Lins/G1)
(Foto: Jonathan Lins/G1)
“Nosso cronograma de 2013 já está montado. Nosso
trabalho é combater esse crime e a população é nossa aliada. Quem souber que
alguma área está sendo desmatada deve ligar para o Batalhão Ambiental que nós
iremos notificar o infrator”, diz o tenente Jeilton.
Ele ainda explica que esses crimes acontecem mais a noite porque é mais difícil de identificar os infratores. "Em 2012, apenas três pessoas foram presas em flagrante por desmatar área de Mata Atlântica. Recebemos as denúncias e quando chegamos ao local, conseguimos encontrar as pessoas desmatando e autuamos em flagrante”, conta o tenente.
Ele ainda explica que esses crimes acontecem mais a noite porque é mais difícil de identificar os infratores. "Em 2012, apenas três pessoas foram presas em flagrante por desmatar área de Mata Atlântica. Recebemos as denúncias e quando chegamos ao local, conseguimos encontrar as pessoas desmatando e autuamos em flagrante”, conta o tenente.
região
M²
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Zona Rural de Messias
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10.000
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Pindorama Coruripe
|
10.000
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Zona Rural de P. de Camaragibe
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10.000
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Ass. Coqueiro Seco Z. Rural de P. Calvo
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2.000
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Zona Rural de Viçosa
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400
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Zona Rural de Porto Calvo
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800
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Povoado Capela Penedo
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600
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Povoado Giboia
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300
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Zona Rural de Passo de Camaragibe
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1.000
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Zona Rural de Marechal Deodoro
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200
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Zona Rural de São Luis do Quitunde
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500
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Povoado Gulandim Teotônio Vilela
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10.000
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Zona Rural de Passo de Camaragibe
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10.000
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Zona Rural de Paripueira
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5.000
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Penas
De acordo com a lei de crimes ambientais 9.605/98, a pena para quem desmata área de Mata Atlântica varia entre um a três anos de prisão, ou multa ou ambas as penas cumulativas. Se a pessoa for pega em flagrante, é presa imediatamente e encaminhada para a Central de Polícia.
Se além da pessoa desmatar, ainda provocar incêndio, a pena varia de dois a quatro anos de reclusão mais multa. Já nas sanções administrativas a multa por desmatamento é de R$ 5 mil por hectare desmatado.
Reflorestamento
De acordo com o superintendente do Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Adriano Augusto de Araújo, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o IMA e os usineiros do estado, para fazer o reflorestamento das áreas que foram desmatadas de forma irregular para o cultivo da cana-de-açúcar.
“O TAC foi assinado pelo setor sucroalcooleiro para tentar minimizar os estragos feitos. Já conseguimos recuperar 4% da área. Até 2019, pretendemos recuperar 4 mil hectares de Mata Ciliar. Ainda estamos estudando o reflorestamento da área de Mata Atlântica, que deve acontecer em breve”, ressaltou o presidente do IMA.
Araújo ainda expôs que um projeto de educação ambiental, para que a população entenda que desmatar é ilegal e que danifica do ecossistema, vem sendo executado no estado. "A queda também pode ser atribuída ao trabalho dos órgãos de fiscalização e pela maior consciência da população. Esperamos não ver mais esse cenário”, finalizou o superintendente do IMA, Adriano Augusto de Araújo.
Hoje, mais de 500 anos depois da chegada dos portugueses no Brasil, existem apenas 7% da vegetação de Mata Atlântica original.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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