sábado, 4 de julho de 2015

Campeão será conhecido hoje

GRANDE FINAL. Argentina e Chile decidem a Copa América, às 17 horas, no Estádio Nacional de Santiago
IFoto: DIVULGAÇÃO
Argentina e Chile têm os dois principais garçons da Copa América: Messi e Valdivia, com três assistências cada um

Argentina e Chile decidem a Copa América neste sábado, às 17h (de Brasília), no Estádio Nacional de Santiago. Os hermanos buscam o 15º título da competição e tentam encerrar um jejum de 22 anos sem taças. Já os donos da casa tentam o primeiro título.

Se a melhor defesa é o ataque, Argentina e Chile levam a filosofia à risca. Finalistas da Copa América, as seleções são as mais ofensivas da competição e lideram todos os fundamentos nesse sentido.

A La Roja de Jorge Sampaoli é a mais goleadora da Copa América: são 13 gols, três acima da Argentina de Gerardo Martino. Vargas, com quatro bolas na rede, puxa a fila dos artilheiros, seguido de perto por Agüero e Vidal, com três gols cada – mesmo número de Lucas Barrios, do Paraguai, e Guerrero, do Peru, que disputaram o terceiro lugar, ontem.

Argentina e Chile também têm os dois principais garçons da competição: Messi e Valdivia, com três assistências cada. Os dois camisas 10 vivem grande momento e confrontam estilos na final.




FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

Sífilis aumenta em 13 de 14 estados com dados disponíveis sobre doença

Especialistas dizem que pessoas estão deixando de usar camisinha.

No estado de São Paulo, casos aumentaram 603% entre 2007 e 2013.


Os casos de sífilis aumentaram em 13 dos 14 estados do Brasil que têm dados disponíveis sobre a sífilis adquirida (aquela em que a transmissão ocorre por via sexual e não da mãe para o bebê). O G1 pediu informações sobre o número de infecções para todos os estados, além do Distrito Federal, mas apenas 14 possuíam esse registro.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que, se não tratada, pode comprometer o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular, além de órgãos como olhos, pele e ossos.
O tratamento, simples e eficaz, consiste em injeções de penicilina benzatina, medicamento conhecido pelo nome comercial de Benzetacil.A droga está atualmente em falta no Brasil, tanto no setor público como no setor privado. O crescimento da doença, porém, não tem relação com o desabastecimento da droga e sim com o descuido no uso da camisinha, segundo a opinião de especialistas (leia mais abaixo).
O aumento  de infecções chegou a 603% no estado de São Paulo, onde os casos passaram de 2.694 para 18.951 entre 2007 e 2013. A maior parte dos estados, porém, não tem registros tão antigos.
Na comparação entre 2013 e 2014, os estados que registraram aumento foram Acre (96,1%), Pernambuco (94,4%), Paraná (63,1%), Tocantins (60%), Bahia (47%), Santa Catarina (34,1%), Distrito Federal (22%), Mato Grosso do Sul (6%), Mato Grosso (4,1%) e Sergipe (3,8%).
No Espírito Santo e no Rio Grande do Norte, que têm dados disponíveis só até 2013, o aumento registrado entre 2012 e 2013 foi de, respectivamente, 31% e 31,5%.
O estado do Amazonas foi o único que registrou queda do número de casos. Entre 2013 e 2014, as ocorrências diminuíram 20,2%.
'Tendência mundial'
Para o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, trata-se de uma tendência mundial. Ele observa que os dados de São Paulo mostram muito claramente o aumento das doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a Aids, em grupos específicos como o de homens jovens que fazem sexo com homens. "No caso da sífilis, só o [Instituto de Infectologia] Emílio Ribas fez o diagnóstico de 9 novos casos por dia em 2013", citou em uma entrevista coletiva, em junho.
Os dados sugerem, de acordo com Uip, que as pessoas estão deixando de usar o preservativo. Esta também é a opinião da médica Ana Escobar, consultora do Bem Estar (veja o vídeo). Ela observa que, desde que a disponibilidade do coquetel anti-HIV promoveu a diminuição da mortalidade por Aids, tem havido um descuido quanto à principal medida de prevenção contra todas DSTs, incluindo a sífilis: o uso da camisinha.
Vimos um aumento de casos de sífilis no país e um aumento extremamente preocupante dos casos de sífilis congênita. O que isso indica? Que as pessoas não estão se protegendo"
David Uip, sec. de Estado da Saúde de SP








Notificação recente
Segundo o Ministério da Saúde, até agora a sífilis não era uma doença de notificação compulsória, ou seja, os casos não tinham que ser comunicados individualmente para as autoridades de saúde. Essa exigência deve passar a valer este ano, ainda segundo o Ministério, e é por isso que muitos estados não têm esses dados disponíveis.

"Uma parte desse aumento enorme corresponde aos casos que já ocorriam, mas não eram notificados”, diz o médico sanitarista Artur Kalichman, coordenador-adjunto do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo. “Mas só isso não explicaria. O que está acontecendo também é o aumento de novos casos da doença."
O crescimento tem sido notado inclusive nos consultórios particulares, segundo o infectologista Luis Fernando Aranha Camargo, da Sociedade Brasileira de Infectologia. "Embora não existam dados sobre isso, a impressão que eu tenho a partir da experiência no consultório é que tem tido um relaxamento nas medidas de prevenção. O interessante seria entender o porquê."
Ampolas de penicilina benzatina (Foto: Reprodução/TV Morena)
Penicilina benzatina é o antibiótico usado para tratar a sífilis (Foto: Reprodução/TV Morena)


Sífilis congênita
Já os casos de sífilis em gestantes e bebês que foram infectados por suas mães (sífilis congênita) têm sido registrados em todo o país há mais tempo. Segundo o Ministério da Saúde, de 2005 a 2013, os casos de grávidas com sífilis passaram de 1.863 para 21.382, aumento de mais de 1000%. As ocorrências de sífilis congênita passaram, no mesmo período, de 5.832 para 13.705, aumento de quase 135%.

"A sífilis congênita é um problema de saúde e a meta do governo é reduzir o número de casos a zero porque é uma doença evitável se o pré-natal for bem feito", disse a ministra interina da Saúde, Ana Paula Menezes, em um evento em São Paulo este mês. Ela enfatizou a importância do pré-natal para a prevenção de casos de sífilis congênita. O teste deve ser feito na gestante logo na primeira consulta do pré-natal, no terceiro trimestre da gestação e no momento do parto.
Treponema palliudm é a bactéria que provoca a sífilis  (Foto: CDC/ Dr. David Cox via Wikimedia Commons)'Treponema pallidum' é a bactéria da sífilis (Foto: CDC/ Dr. David Cox via Wikimedia Commons)








Se uma gestante com sífilis não se tratar, as consequências podem ser aborto espontâneo, nascimento prematuro e morte do recém-nascido, além de surdez, problemas visuais e retardo mental da criança.
Sinais da sífilis
Os primeiros sinais da sífilis são pequenas feridas que surgem no pênis ou na vagina. Elas não doem e, no caso das mulheres, pode ser difícil identificá-las se aparecerem no colo do útero. Depois de um período, essas feridas desaparecem.

Após um período sem sintomas, aparecem manchas na pele que podem atingir todo o corpo, principalmente a planta dos pés e a palma das mãos.
Se a doença não for tratada nessa fase, ela pode acometer o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular e vários órgãos do corpo. Nesta fase, ela pode até matar.
É importante que as pessoas que observem esses sitnomas procurem seu médico ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Há vários tipos de exames para detectar a doença disponíveis na rede pública.
*Colaboraram G1 AC, G1 AL, G1 AM, G1 AP, G1 BA, G1 CE, G1 DF, G1 ES, G1 GO, G1 MA, G1 MG, G1 MS, G1 MT, G1 PA, G1 PE, G1 PI, G1 PB, G1 PR, G1 RJ, G1 RN, G1 RO, G1 RR, G1 RS, G1 SC, G1 SE, G1 SP e G1 TO


FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Mensagem de Reflexão: Receita para realizar sonhos

Receita para realizar sonhos


Receita para realizar sonhos

Receita para realizar sonhos:
Comece onde você está.
Use o que você tem.
Faça o que você pode.




(AUTOR NÃO REVELADO)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Um terço da população mundial não tem acesso a água tratada, diz ONU

Saneamento alcançou mais pessoas no Brasil em 25 anos, mostra estudo.

94% dos brasileiros consomem água potável, contra 78% em 1990.



Garoto se banha nas águas do rio Solimões, em  Careiro da Varzea, no Amazonas (Foto:  REUTERS/Bruno Kelly)
Garoto se banha nas águas do rio Solimões, em Careiro da Varzea, no Amazonas (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)


Uma em cada três pessoas no mundo – cerca de 2,4 bilhões de indivíduos – ainda não têm acesso a serviços de saneamento básico e água potável, concluiu um levantamento global da Unicef e da World Health Organization (WHO) divulgado na última semana. No Brasil, as condições evoluíram bastante nos últimos 25 anos.
"O que os dados mostram é a necessidade de focar nas desigualdades como único caminho para alcançar um progresso sustentável", diz no relatório Sanjay Wijesekera, chefe da divisão de água e saneamento da Unicef.
O estudo destacou que a falta de progresso nos serviços de saneamento básico ameaça minar os avanços obtidos com o maior acesso a água potável no mundo, especialmente nas áreas de saúde pública e sobrevivência infantil.
O acesso à água potável no planeta avançou em vários países nas últimas décadas, segundo o estudo. Cerca de 2,6 milhões de pessoas passaram a acessar o recurso desde 1990, e 91% da população mundial já viu melhorias na qualidade de água que consomem para beber – e esse número continua crescendo.
"O modelo global até agora é de que os mais ricos avançam primeiro, e apenas quando eles têm acesso os mais pobres começam a evoluir. Se nós conseguirmos alcançar acesso universal à água tratada até 2030, precisamos nos assegurar de que os pobres comecem a progredir imediatamente", diz Wijesekera.
94% dos brasileiros têm acesso a água potável
No Brasil, 94% da população tem acesso a serviços de água potável. Nas cidades, esse percentual alcança 98%, contra 92% em 1990, de acordo com o relatório da Unicef. Entre a população rural, o avanço foi bem mais expressivo nos últimos 25 anos: apenas 38% acessavam redes de água limpa nestas regiões, contra 70% em 2015.

Pessoas enchem recipientes com água em Sana, no Iêmen (Foto: REUTERS/Mohamed al-Sayaghi)Pessoas enchem recipientes com água em Sana, no Iêmen (Foto: REUTERS/Mohamed al-Sayaghi)
Na África-Subsaariana, por exemplo, 427 milhões de pessoas tiveram acesso – uma média de 47 mil pessoas por dia todos os dias por 25 anos. A expectativa de vida infantil teve ganhos substanciais. Hoje, menos de mil crianças com menos de cinco anos morrem a cada dia por diarreia causada por contaminação na água, ante mais de 2 mil casos 15 anos atrás.
Por outro lado, o progresso no saneamento foi barrado por investimentos inadequados em campanhas de conscientização, segundo o relatório, assim como falta de produtos acessíveis para os pobres, e normas sociais que aceitam ou encorajam fazer necessidades básicas em lugares abertos.
Embora cerca de 2,1 bilhões de pessoas tenham tido acesso a redes de esgoto desde 1990, o mundo não alcançou a meta do MDG de mais cerca de 700 milhões de pessoas. Hoje, apenas 68% da população mundial utiliza instalações sanitárias adequadas – nove pontos abaixo da meta de 77%.
As áreas rurais abrigam sete entre 10 pessoas sem acesso a saneamento adequado. "Até que todos tenham acesso adequado a instalações sanitárias, a qualidade de água será reduzida e muitas pessoas continuarão a morrer de doenças relacionadas a sua contaminação", afirmou no estudo a diretora do departamento de saúde pública, meio ambiente, Maria Neira.




FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Mensagem de Reflexão: Folhas Secas

Folhas Secas





Ah! se viver fosse fácil não teríamos tantas dores e problemas espalhados em todos os cantos do planeta.
A dor visita a cada uma das pessoas com tarefas que às vezes, a primeira vista, parecem injustas demais, mas que acabam sendo necessárias para o amadurecimento do ser humano.
Problemas são como as folhas de uma árvore imensa que sempre vão cair, de uma maneira ou outra, num ciclo sem fim, o que muda é a forma como recolhemos essas folhas, ou como tratamos os problemas, pois muitas vezes deixamos as folhas acumularem-se pelo chão, sem dar importância devida para o monte que vai se formando, e quando vemos, as folhas já tomaram conta do chão, dos cantos, frestas e até dos quintais vizinhos.
Junte as folhas diariamente, cate seus problemas e resolva-os, removendo o que não serve mais, separando o que é importante e o que não é.
Folhas muito secas podem ser queimadas rapidamente, assim como os problemas pequenos, que muitas vezes damos importância demais, aumentando-os sem ao menos pensar em uma solução, paralisados pelo medo.
Não espere o Outono chegar e derrubar todas as folhas de uma vez, mantenha seu jardim da vida sempre limpo, cultive flores (otimismo), regue com bom humor, espalhe as sementes (caridade) por todos os jardins, e receba da própria natureza os lucros de sua dedicação: cheiro de terra molhada, cores e perfumes das flores, frutos que alimentam e paz que preenche o espírito.
Problemas são folhas de árvores, você é o jardineiro e Deus o semeador da vida, e a vida pede cuidados diários.
FIQUE COM ELE.
QUE ELE SEMPRE CUIDARÁ DE VOCÊ




(AUTOR NÃO REVELADO)

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Gilmar Rinaldi evita caça às bruxas

SELEÇÃO BRASILEIRA. Coordenador e o técnico Dunga debateram com o presidente Marco Polo Del Nero
IFoto: OGLOBO.GLOBO.COM
Coordenador Gilmar Rinaldi e Dunga levaram um relatório de tudo o que aconteceu no Chile e debateram com o presidente Marco Polo Del Nero

Os homens fortes do futebol brasileiro se reuniram ontem à tarde, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. A pauta: a precoce eliminação da Seleção na Copa América, diante do Paraguai, nas quartas de final. Com um relatório de tudo que aconteceu no Chile em mãos, o coordenador Gilmar Rinaldi e Dunga debateram com o presidente Marco Polo Del Nero. E, para discurso externo, houve um consenso de que serão necessárias maiores cobranças, mas sem fazer caça às bruxas a geração comandada por Neymar. Se o resultado na competição não foi dentro do aceitável, a juventude do grupo convocado serve com atenuante e a necessidade de amadurecimento é urgente.

Após duas horas de encontro, Gilmar Rinaldi surgiu sorridente para atender a imprensa. Com a decisão da continuidade de Dunga tomada ainda no Chile, todo processo de preparação esteve em pauta e correções de rumo serão tomadas para que o Brasil não sofra nas eliminatórias para Copa de 2018, que começam em outubro. Antes, dois amistosos serão disputados, provavelmente nos Estados Unidos. Em seu discurso, o coordenador tratou de apontar a derrota como aprendizado e deixou claro que é preciso evoluir.



FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

Dez estados brasileiros têm mais de 90% das domésticas sem registro

No estado do Pará, 92% das domésticas trabalham sem carteira assinada.

A maior parte das empregadas ganha menos da metade do salário mínimo.











O Profissão Repórter registrou a relação entre patroas e empregadas domésticas. Em algumas regiões do Brasil, salário mínimo e carteira assinada são uma realidade distante.

O Senado aprovou novas regras para a categoria, que devem entrar em vigor em setembro. Entre as mudanças, estão fundo de garantia, salário-família, auxílio-creche, adicional noturno, seguro desemprego, seguro contra acidentes e indenização por demissão sem justa causa.

Barcarena (PA)
No estado do Pará, 92% das empregadas domésticas não têm carteira assinada e vivem na informalidade. A Federação de Trabalhadores Domésticos da Região Amazônica encontrou mulheres que recebem R$ 120 por mês trabalhando como empregadas. Isso é menos do que a metade do salário mínimo.
Os sindicalistas do Pará visitaram 600 domésticas em Barcarena, região metropolitana de Belém. Destas, 598 não recebem o salário mínimo. Das duas que recebem, só uma tem carteira assinada.
O Pará está entre os 10 estados brasileiros onde mais de 90% das empregadas domésticas não têm carteira assinada.
São Paulo (SP)
A empresária Janaína Cano procura duas empregadas domésticas que aceitem dormir no trabalho e folgar a cada 15 dias. Hoje ela conta com uma empregada para cuidar do apartamento de 400m². Nos últimos três meses, 10 pessoas foram entrevistadas. Nenhuma delas aceitou o emprego.
Somente 2% das empregadas do estado de São Paulo dormem no emprego. Em 1992, esse número era bem maior, 22,8%.
Depois de quatro meses procurando em São Paulo, Janaína encontrou uma candidata de Aparecida de Goiânia (GO). Vânia da Silva é formada em relações internacionais e tem curso de gastronomia, mas prefere trabalhar como empregada doméstica. A faculdade dela e da irmã foram pagas pela mãe, que trabalha como doméstica desde os 8 anos de idade. Hoje a irmã de Vânia é babá.
Duas semanas depois, chegou a segunda doméstica contratada por Janaína. Fernanda veio de Feira de Santana (BA) e desistiu do emprego depois de cinco dias. Vânia também não quer mais ficar na casa e espera que chegue uma nova empregada doméstica para voltar para Goiás.
Guarulhos (SP)
Regina é empregada doméstica e dorme no emprego. No fim de semana vai para sua casa, em Guarulhos. Ela já foi balconista de loja, jornaleira e vendedora de cachorro-quente.
Dia de folga é dia de festa. De Guarulhos, Regina segue para Mogi das Cruzes, onde encontra irmãos, cunhados e sobrinhos para um churrasco. A família da doméstica trabalha com reciclagem. As latinhas garantiram a faculdade de seu sobrinho, Johan Matias, formado em engenharia civil.
Regina trabalha com a carteira assinada e é minoria na região metropolitana de São Paulo. Das 600 mil empregadas domésticas da região, apenas 41% é registrada.



FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

Câmara rejeita texto-base da PEC que reduz maioridade penal

Estudantes fizeram protestos e foram impedidos de entrar no plenário.

Texto reduzia de 18 para 16 anos maioridade penal para crime hediondo.











A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (30) o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes graves. Para ser aprovada, a PEC precisava de ao menos 308 votos favoráveis – equivalente a 3/5 do número total de deputados –, mas somente 303 deputados foram a favor. Outros 184 votos foram contra e houve 3 abstenções.

Apesar da derrubada da matéria, a Casa ainda precisará votar o texto original, que reduz a idade penal para 16 anos em qualquer crime. De acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a votação deverá ser retomada na próxima semana ou depois do recesso parlamentar de julho. Se a matéria for rejeitada outra vez, a proposta será arquivada.

Pela PEC, poderiam ser penalizados criminalmente os jovens com 16 anos ou mais que cometessem crimes hediondos (como latrocínio e estupro), homicídio doloso (intencional), lesão corporal grave, seguida ou não de morte, e roubo qualificado. Eles deveriam cumprir a pena em estabelecimento separado dos maiores de 18 anos e dos menores de 16 anos.

A rejeição da PEC foi comemorada por cerca de 200 manifestantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à União Nacional dos Estudantes Secundaristas (UNES)  que acompanharam a sessão das galerias do plenário (veja vídeo acima). Eles gritaram palavras de ordem e repetiram o grito "não, não, não à redução".

Por acordo entre líderes partidários, 10 parlamentares foram escolhidos para falar a favor do projeto em plenário e outros 10 discursaram contra. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defendeu a proposta. “É um texto que tem equilíbrio, propõe a redução para crimes graves, hediondos, crimes contra a vida. Fico imaginando a justificativa para se suprimir a vida de alguém. É injustificável, nem a idade nem a classe social justificam.”
O líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), afirmou acreditar um jovem de 16 anos que comete crime tem “absoluta consciência” do que está fazendo. “Nenhum jovem deve temer a aprovação dessa lei. A lei serve para punir criminosos. Ser pobre e ser humilde não é salvo-conduto para matar e estuprar”, disse.
Já PT se posicionou contra alterar a Constituição para reduzir a maioridade penal e defendeu como alternativa à PEC alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente para ampliar o tempo de internação de jovens que cometem crimes graves.

"Todos querem combater a violência, e se combate a violência reformando o ECA. [Defendemos] a ampliação do tempo máximo de internação daqueles que praticam crime com grave ameaça de 3 para oito anos. As civilizações modernas trabalham a ideia da ressocialização, não é cadeia mais cadeia", discursou o líder do governo, José Guimarães (CE).

O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), também defendeu que a punição a menores de 18 anos não resolve o problema da criminalidade no país. Para ele, é preciso investir em educação e ações sociais. “Estamos discutindo uma decisão que vai ter efeito constitucional sobre se apostamos no ódio, na vingança, no vigiar e punir ou na educação e proteção integral à criança e ao adolescente.”
O texto da PEC inicialmente previa reduzir a maioridade para 16 anos para qualquer tipo de delito. Por acordo entre parlamentares do PSDB, do PMDB e outros partidos, o relator da proposta na comissão especial, deputado Laerte Bessa (PR-DF), alterou o próprio relatório para restringir a responsabilização penal a crimes graves.
Protestos
A votação foi acompanhada por poucos manifestantes nas galerias, já que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), impediu a entrada do público após tumulto no anexo 2 da Casa, prédio que tem ligação com o corredor que dá acesso ao plenário principal. Manifestantes ligado à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) que estavam do lado de fora do edifício tentaram forçar a entrada e foram contidos com spray de pimenta.

Antes disso, o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) foi derrubado em um dos acessos ao salão verde da Câmara, durante protesto de estudantes que haviam conseguido permissão para entrar (veja vídeo ao lado). Fortes foi cercado pelos manifestantes no saguão do Anexo 2. Policiais legislativos tentaram garantir a passagem do parlamentar do PSB, mas, em meio à confusão, um dos estudantes o empurrou. O deputado caiu no chão e ficou estirado por alguns segundos. Com o auxílio de seguranças, se levantou e cruzou rapidamente a porta que dá acesso ao corredor.
Antes do tumulto, Cunha havia permitido a entrada, controlada por senha, de manifestantes contrários e favoráveis à PEC. Os "tickets" de acesso foram entregues aos partidos políticos, de forma proporcional ao tamanho das bancadas, e posteriormente distribuídos pelos deputados ao público. (veja o protesto de manifestantes que foram barrados por não ter senha)
Veja em quais casos a PEC se aplicaria:
Crimes hediondos: homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente; homicídio qualificado, como quando há utilização de meio cruel; latrocínio (roubo seguido de morte); extorsão qualificada pela morte; estupro; epidemia com resultado morte; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais; e favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.

Homicídio doloso: Quando o criminoso teve a intenção de matar a vítima ou assumiu o risco de produzir a morte.
Roubo qualificado: Se o crime é exercido com emprego de arma; se há participação de duas ou mais pessoas no delito; se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância; se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro estado ou para o exterior; e se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
Lesão corporal grave, seguida ou não de morte: Quando a lesão resulta em incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; perigo de vida; debilidade permanente de membro, sentido ou função; aceleração de parto; incapacidade permanente para o trabalho; enfermidade incurável; perda ou inutilização do membro, sentido ou função; deformidade permanente; e aborto.



FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO