Do G1, em São Paulo
O líder cubano Fidel Castro, de 86 anos,
compareceu este domingo a uma seção eleitoral de Havana para votar pela
primeira vez desde que ficou doente em 2006 e delegou o poder a seu irmão, o
presidente Raúl Castro, noticiou um meio de comunicação local à agência de
notícias France Presse
"Por volta das cinco da tarde (19h de
Brasília), chegou Fidel ao colégio eleitoral número um (...) do município de
Plaza da Revolução, em Havana", que os cubanos conhecem como bairro
"El Vedado", onde sempre votou, reportou a Agência de Informação
Nacional.
Fidel Castro lança seu voto
durante as eleições parlamentares em Havana (Foto: AP Photo / Ismael Francisco)
Desde que ficou doente, em julho de 2006, Fidel
emitia seu voto em casa, no bairro de Miramar, oeste de Havana, como ocorreu
nas municipais de outubro passado, e deixou de assistir às sessões ordinárias
do Parlamento.
Raúl Castro, de 81 anos, votou neste domingo no
povoado de Mayarí Arriba, província de Santiago de Cuba, 900 km ao leste de Havana,
que visita desde sábado para 'avaliar o andamento da recuperação após a
passagem do furacão devastador Sandy', em outubro passado, segundo a TV local.
Após votar, ele ficou mais de uma hora
conversando com jornalistas e simpatizantes.
Após cair doente e ceder o comando a Raúl Castro,
em junho de 2006, o líder histórico da Revolução Cubana se dedicou a escrever
artigos na imprensa local - uns 400 até deixar de publicá-los, em 19 de junho
passado -, assim como livros sobre sua luta na Serra Maestra, e a receber
personalidades internacionais em sua residência.
Fidel recebeu em sua casa, na quinta-feira
passada, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que participou
em Havana de um encontro internacional 'pelo equilíbrio do mundo'.
Estão inscritos nestas eleições 8,5 milhões de
cubanos para eleger, por voto direto, secreto, os 612 membros do Parlamento,
entre eles Fidel e Raúl Castro, e os 1.269 membros das 15 assembleias
provinciais entre um número de candidatos igual, um processo que não põe em
risco a hegemonia do governista Partido Comunista (único) sobre a sociedade.
FONTE: G1 – O PORTAL DA NOTÍCIAS DA GLOBO
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