domingo, 3 de fevereiro de 2013

Lino Oviedo morre em acidente de helicóptero no Paraguai



Do G1, em São Paulo

 

O candidato a presidência do Paraguai pelo partido Unace e general reformado que viveu no Brasil no exílio, Lino Oviedo, morreu após a queda de um helicóptero na noite deste sábado (2), na província de Chaco. O presidente Federico Franco enviou condolências à família de Oviedo.

General reformado e fundador do União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), Oviedo, de 69 anos, embarcou na noite de sábado no helicóptero para voltar a Assunção após participar de um comício na cidade de Concepción, mas a aeronave perdeu contato com a torre de controle poucas horas depois, por volta das 22h - horário local.

Membros do Serviço de Busca e Resgate, compostos por homens da Força Aérea e do Corpo de Bombeiros Voluntários, localizaram um helicóptero acidentado na cidade de Presidente Hayes com os corpos carbonizados de três pessoas.

 Imagem do dia 13 de janeiro mostra o candidato paraguaio Lino Oviedo durante campanha presidencial em Luque (Foto: Norberto Duarte)
Imagem do dia 13 de janeiro mostra o candidato paraguaio Lino Oviedo durante campanha presidencial em Luque (Foto: Norberto Duarte)

Segundo a agência de notícias oficial do Paraguai, morreram também o piloto da aeronave, Delmás, e o guarda-costas do político, Denis Galeano.

Condenado a dez anos de prisão pela Justiça paraguaia por tentativa de golpe de Estado, em 1996, Lino Oviedo também foi acusado de ter mandado matar o vice-presidente, Luis María Argaña, em 1999, ano em que fugiu do Paraguai.

 Lino Oviedo, ao deixar a sede da Polícia Federal em Brasília, em novembro de 2011 (Foto: AFP)
Lino Oviedo, ao deixar a sede da Polícia Federal
em Brasília, em novembro de 2001 (Foto: AFP)

Oviedo viveu exilado na Argentina e depois ficou desaparecido. Em junho de 2000, o ex-general foi preso em Foz do Iguaçu a pedido do governo paraguaio.

O Paraguai pediu a extradição de Oviedo, mas em 2001, o Supremo Tribunal Federal brasileiro a negou por considerá-la política. A Constituição brasileira proíbe a extradição por razões políticas. Ele ficou quatro anos exilado no Brasil.

De acordo com a agência Reuters, em 2009, Oviedo tentou abrir um processo (negado pela Justiça) de indenização contra o Estado paraguaio por tê-lo acusado de promover uma tentativa de golpe. Oviedo reivindicava US$ 20 milhões.

Na época, seu advogado disse que, por causa do processo, Oviedo perdeu a oportunidade de chegar à presidência da república em 1998, quando teve de deixar sua candidatura para o seu companheiro de chapa, Raúl Cubas, que acabaria eleito.

Lino Oviedo era filho de Ernesto Oviedo, ex-combatente da guerra do Paraguai e Bolívia, de 1932 a 1935, e da revolução de 1947.

FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO



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