Do G1, em São Paulo
O candidato a presidência do Paraguai pelo partido Unace e
general reformado que viveu no Brasil no exílio, Lino Oviedo, morreu após a
queda de um helicóptero na noite deste sábado (2), na província de Chaco. O
presidente Federico Franco enviou condolências à família de Oviedo.
General reformado e fundador do União Nacional de
Cidadãos Éticos (Unace), Oviedo, de 69 anos, embarcou na noite de sábado no
helicóptero para voltar a Assunção após participar de um comício na cidade de
Concepción, mas a aeronave perdeu contato com a torre de controle poucas horas
depois, por volta das 22h - horário local.
Membros do Serviço de Busca e Resgate, compostos
por homens da Força Aérea e do Corpo de Bombeiros Voluntários, localizaram um
helicóptero acidentado na cidade de Presidente Hayes com os corpos carbonizados
de três pessoas.
Imagem do dia 13 de janeiro
mostra o candidato paraguaio Lino Oviedo durante campanha presidencial em Luque
(Foto: Norberto Duarte)
Segundo a agência de notícias oficial do
Paraguai, morreram também o piloto da aeronave, Delmás, e o guarda-costas do
político, Denis Galeano.
Condenado a dez anos de prisão pela Justiça
paraguaia por tentativa de golpe de Estado, em 1996, Lino Oviedo também foi
acusado de ter mandado matar o vice-presidente, Luis María Argaña, em 1999, ano
em que fugiu do Paraguai.
Lino Oviedo, ao deixar a sede
da Polícia Federal
em Brasília, em novembro de 2001 (Foto: AFP)
em Brasília, em novembro de 2001 (Foto: AFP)
Oviedo viveu exilado na Argentina e depois ficou
desaparecido. Em junho de 2000, o ex-general foi preso em Foz do Iguaçu a
pedido do governo paraguaio.
O Paraguai pediu a extradição de Oviedo, mas em
2001, o Supremo Tribunal Federal brasileiro a negou por considerá-la política.
A Constituição brasileira proíbe a extradição por razões políticas. Ele ficou
quatro anos exilado no Brasil.
De acordo com a agência Reuters, em 2009, Oviedo
tentou abrir um processo (negado pela Justiça) de indenização contra o Estado
paraguaio por tê-lo acusado de promover uma tentativa de golpe. Oviedo
reivindicava US$ 20 milhões.
Na época, seu advogado disse que, por causa do
processo, Oviedo perdeu a oportunidade de chegar à presidência da república em
1998, quando teve de deixar sua candidatura para o seu companheiro de chapa,
Raúl Cubas, que acabaria eleito.
Lino Oviedo era filho de Ernesto Oviedo,
ex-combatente da guerra do Paraguai e Bolívia, de 1932 a 1935, e da revolução
de 1947.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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