Vinho espumante foi criado apenas no século XVI e levou aproximadamente dois séculos até que fosse aperfeiçoado
31 de Dezembro de 2012 08:44
O Reveillon não é um evento estranho a tradições.
Pular ondinhas, comer uvas, oferendas, cores que nos trazem diferentes sortes
no ano que começa...os costumes são vários e diferem no mundo todo, intimamente
ligados à cultura de cada região. Porém, talvez a tradição mais famosa e mais
adotada seja o brinde com vinho espumante, em especial o autêntico champagne.
Tal imagem dispensa explicação, independente de seu idioma ou país de origem. O
ato de estourar a garrafa na virada do ano é um costume enraizado na cultura
mundial. O que quase ninguém sabe é como esse costume surgiu.
É difícil definirmos um início para tal tradição.
Mais do que um costume da virada do ano, o espumante acompanha celebrações há
séculos. É bastante conhecido o gosto da aristocracia europeia pelo vinho em
momentos especiais de todos os tipos. Se voltarmos ainda mais no tempo, a
preferência da alta sociedade romana pelo vinho é extensamente documentada, e a
bebida se fazia obrigatória em qualquer ocasião de comemoração.
Entretanto, o vinho espumante foi criado apenas
no século XVI e levou aproximadamente dois séculos até que fosse aperfeiçoado e
se transformasse numa versão mais próxima da bebida que conhecemos hoje através
do método Champenoise. Curiosamente, os primeiros champagnes não eram
produzidos na França, mas sim na Inglaterra, pois os ingleses possuíam a
tecnologia e o conhecimento para a produção de garrafas de vidro resistentes o
suficiente para aguentar a pressão do CO2 durante a fermentação da bebida.
Mais caro do que o vinho tradicional, o champagne
rapidamente ganhou status de produto de luxo no meio da alta sociedade. Era a
bebida preferida da nobreza e dos mais privilegiados. Além de significar
status, ela logo começou a ser usada em festividades. A realeza adorava a
novidade e acreditava que a bebida trazia efeitos positivos para a beleza das
mulheres e inteligência dos homens.
Piloto Ayrton Senna
A partir da Revolução Industrial, com o início de
uma cultura de consumo na sociedade, a imagem do champagne começou a ser
trabalhada para simbolizar ascensão social entre a classe média. A bebida se
tornou um medidor de status ao qual todos aspiravam alcançar e estava no centro
da sociedade burguesa.
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FONTE: ALAGOAS EM TEMPO REAL
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