terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Veja alguns nomes de cardeais cotados para suceder Bento XVI



Da AFP

 

O Papa Bento XVI anunciou na segunda-feira (11) que vai renunciar em 28 de fevereiro, surpreendendo o Vaticano e os fiéis.

O conclave de cardeais deve escolher um novo Papa até a Páscoa, segundo o porta-voz da Santa Sé.
Veja abaixo alguns nomes de cardeais que teriam chances de serem eleitos:

Itália:

Dom Angelo Scola: arcebispo de Milão, 72 anos, é o mais cotado entre os candidatos italianos. Apreciado teólogo e homem do diálogo inter-religioso.

Alguns meios de comunicação italianos também citam o arcebispo Gianfranco Ravasi, de 71 anos, 'ministro da Cultura', cheio de ideias e uma verdadeira enciclopédia humana.

Ásia:

Dom Luis Antonio Tagle: arcebispo de Manila, nas Filipinas, de 57 anos, um dos mais jovens do Colégio de Cardeais. Apreciado pelo Papa, ele agrada por suas qualidades de pastor, franqueza e cordialidade. É muito popular em seu país, o mais católico da Ásia.

América do Norte:

Bispo Marc Ouellet: ex-arcebispo de Quebec, 67 anos, cardeal desde 2003, uma referência de rigor em uma diocese que rapidamente ganhou ares de laicidade. O teólogo é, desde 2010, o prefeito da Congregação para os Bispos. Hispânico, ele também preside a Comissão Pontifícia para a América Latina e é bem visto por muitos países do Hemisfério Sul.

Arcebispo Timothy Dolan: cardeal-arcebispo de Nova York, de 63 anos. Com talento para os meios de comunicação e de fala sem rodeios, é um dos "modernistas conservadores" apreciados pelo Papa. Segundo vaticanistas, ele tem a vantagem de liderar uma diocese muito avançada na luta contra o abuso sexual de crianças e em um país onde a Igreja neutraliza melhor a laicidade do Ocidente.

Outro americano em vista e que poderia ser uma verdadeira surpresa: o arcebispo Charles Chaput, 68 anos, arcebispo da Filadélfia, possui ascendência de uma tribo de nativos americanos (Potawatomi).

África:

Laurent Monsengwo Pasinya: arcebispo de Kinshasa, no Congo, de 74 anos, é um conhecedor da Bíblia, chamado recentemente por Bento XVI para conduzir os exercícios espirituais no Vaticano, desempenhou um papel de mediação na resolução do conflito em seu país.

Há outros aspirantes potenciais para o futuro papel de "Papa negro", como o cardeal ganês Peter Turkson, 64 anos, cujas chances diminuíram devido a uma gafe sobre o risco islamita na França cometido durante um recente Sínodo.

Alguns também citam John Onaiyekan, 69 anos, o arcebispo de Abuja (Nigéria), arquiteto do diálogo com os muçulmanos, recentemente promovido ao posto de cardeal.

América Latina:

Dom Claudio Hummes: cardeal e arcebispo emérito de São Paulo, de 78 anos, um teólogo católico do Brasil, onde o próximo Papa vai celebrar a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Também é mencionado o nome do cardeal arcebispo de Brasília, João Braz de Aviz, de 65 anos, de mente aberta, que está no Vaticano desde o início de 2011 à frente da Congregação para os Religiosos.

O arcebispo de Buenos Aires, Dom Jorge Mario Bergoglio, de origem italiana, também foi citado por sua sensibilidade aos problemas sociais de sua diocese. Atrás de Joseph Ratzinger, foi ele quem recebeu a maioria dos votos no último conclave, mas a sua idade, de 77 anos, poderia ser um obstáculo, assim como para Hummes.

O nome do hondurenho Oscar Andrés Maradiaga, 70 anos, cardeal e arcebispo de Tegucigalpa, considerado ortodoxo sobre a doutrinas, perdeu força desde 2009 por ter sido favorável ao golpe contra o presidente Manuel Zelaya.

Outros:

O húngaro Peter Erdo: 60 anos, arcebispo de Budapeste desde 2002, cardeal desde 2003, preside desde 2006 o Conselho das Conferências Episcopais da Europa. É também um teólogo especializado no direito canônico, chegando a ensinar na Universidade Pontifícia da Argentina e da Pontifícia Universidade de Lateranense, em Roma.

Sem esquecer o austríaco Christoph Schönborn, o cardeal arcebispo de Viena, de 68 anos, um amigo do Papa. Ocupou as manchetes em março de 2010, em meio aos escândalos de pedofilia, colocando em evidência a questão do celibato sacerdotal. Ele também criticou as tentativas de alguns líderes do Vaticano de querer "encobrir" os atos criminosos de alguns sacerdotes.


FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO









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