Iara Lemos e Fabiano Costa
Do G1, em Brasília
Com lançamento neste sábado (16), em Brasília, o novo partido estruturado pela
ex-senadora Marina Silva
deve trazer em seu estatuto um limite estipulado para as doações partidárias
feitas por pessoas físicas e jurídicas que queiram colaborar com a legenda.
O limite das doações, segundo os organizadores do
novo partido, será definido pela coordenação nacional da legenda, que será
oficializada assim que o partido for registrado junto ao Tribunal Superior
Eleitoral.
A ideia, segundo Bazileu Margarido, que integra o
grupo de trabalho de formação da legenda, é possibilitar que as doações sejam
feitas no mesmo modelo utilizado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, para captar recursos para sua campanha eleitoral.
As doações para as campanhas do partido devem ser
feitas basicamente pela internet, em valores que serão estipulados previamente
pela coordenação do partido. O novo partido de Marina Silva pretende disputar
sua primeira eleição já no próximo ano.
“No estatuto do partido vai constar que será
estabelecido um teto [de doações] que vai ser estabelecido pelas instâncias do
partido, pela direção nacional que será nomeada amanhã [sábado]”, disse
Margarido.
O novo partido de Marina Silva será lançado neste
sábado, durante o Encontro Nacional da Rede Pró-Partido, em Brasília.
A abertura do evento está marcada para as 10h,
mas Marina Silva só deve falar, durante uma entrevista coletiva, às 15h. Por
volta das 17h, está marcado o ato de lançamento, no qual deve ser oficializado
o nome da nova legenda, que não terá a palavra "partido" no
nome. A escolha foi feita pelos coordenadores da legenda com base em sugestões
feitas por internautas.
“Vai ser [nome] alguma variação em torno do
conceito de rede, sem constar o nome partido”, disse Margarido.
Durante todo o dia, apoiadores do novo partido
vão dar início a coleta de assinaturas necessárias para registrar a legenda
junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com Margarido, serão necessárias 491
mil assinaturas para que a nova legenda seja criada. A legislação que
regulamenta o funcionamento dos partidos (Lei 9096/1995) estabelece que só pode
ser registrado na Justiça Eleitoral estatuto de legenda que comprove o apoio do
número de eleitores correspondente a 0,5% dos votos válidos dados na última
eleição para a Câmara dos Deputados.
Palestras com convidados
Durante o encontro, uma série de palestras será realizada com convidados simpatizantes da nova legenda. Um dos palestrantes será o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que, apesar de manifestar simpatia por Marina Silva, afirmou que não tem a intenção de deixar o PT.
“A Marina me convidou para estar lá [no
lançamento], transmitir ideias e proposições, porque eu tenho muita afinidade
com ela. Expliquei que não tenho a intenção de deixar o Partido dos
Trabalhadores”, disse o senador.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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