Por: » ÁLVARO QUEIROZ – teólogo e
professor de História da Igreja.
Coliseu de Roma, Itália
A recente notícia sobre a
abdicação do papa Bento 16 causou surpresa e perplexidade em todo o mundo.
Porém, apesar de não ser muito comum a renúncia de um papa, não é a primeira
vez que isso acontece.
No transcurso da história bimilenar da Igreja, quatro pontífices já recorreram ao direito de abdicar à Sé petrina. Seus nomes: São Ponciano (230-235), Bento IX (1047-1048), São Celestino V (1294) e Gregório 12 (1406-1415). Desse modo, Bento 16 é o quinto papa a renunciar.
O papa Ponciano renunciou às funções numa circunstância extrema de perseguição ao cristianismo. Ele foi banido para a Sicília pelo imperador de Roma, onde morreu como mártir nas pedreiras. Durante o exílio, ele abdicou ao cargo, no ano 235.
O segundo papa a renunciar foi Bento IX, mas numa conjuntura bem diferente. No seu tempo, o papado era objeto de disputas entre famílias aristocráticas italianas e os imperadores germânicos. Pertencente a nobre estirpe dos condes tusculanos, Bento IX renunciou em 1048, ao saber que o imperador Henrique III estava chegando a Roma para depô-lo.
Outro hierarca católico que renunciou foi Celestino V, monge beneditino que se tornara eremita e vivia numa gruta do Monte Morrone.
Eleito num momento especialmente delicado da história eclesiástica, em 1294, abdicou cinco meses depois, sob forte pressão, alegando incapacidade para exercer o ofício.
A última renúncia de um chefe da Igreja Católica ocorreu há 598 anos, em 1415. Trata-se do papa Gregório 12, que se destituiu do ministério durante o Concílio de Constança, na época extremamente conturbada e confusa do cisma tri-céfalo, quando três papas dividiam o poder na cristandade.
Enfim, com a mais recente abdicação de Bento 16, sobe para cinco o número de papas que renunciaram ao cargo.
E, para concluir, só mais duas curiosidades: dos pontífices que deixaram a função, dois foram canonizados como santos e outros dois escolheram Bento como nome.
No transcurso da história bimilenar da Igreja, quatro pontífices já recorreram ao direito de abdicar à Sé petrina. Seus nomes: São Ponciano (230-235), Bento IX (1047-1048), São Celestino V (1294) e Gregório 12 (1406-1415). Desse modo, Bento 16 é o quinto papa a renunciar.
O papa Ponciano renunciou às funções numa circunstância extrema de perseguição ao cristianismo. Ele foi banido para a Sicília pelo imperador de Roma, onde morreu como mártir nas pedreiras. Durante o exílio, ele abdicou ao cargo, no ano 235.
O segundo papa a renunciar foi Bento IX, mas numa conjuntura bem diferente. No seu tempo, o papado era objeto de disputas entre famílias aristocráticas italianas e os imperadores germânicos. Pertencente a nobre estirpe dos condes tusculanos, Bento IX renunciou em 1048, ao saber que o imperador Henrique III estava chegando a Roma para depô-lo.
Outro hierarca católico que renunciou foi Celestino V, monge beneditino que se tornara eremita e vivia numa gruta do Monte Morrone.
Eleito num momento especialmente delicado da história eclesiástica, em 1294, abdicou cinco meses depois, sob forte pressão, alegando incapacidade para exercer o ofício.
A última renúncia de um chefe da Igreja Católica ocorreu há 598 anos, em 1415. Trata-se do papa Gregório 12, que se destituiu do ministério durante o Concílio de Constança, na época extremamente conturbada e confusa do cisma tri-céfalo, quando três papas dividiam o poder na cristandade.
Enfim, com a mais recente abdicação de Bento 16, sobe para cinco o número de papas que renunciaram ao cargo.
E, para concluir, só mais duas curiosidades: dos pontífices que deixaram a função, dois foram canonizados como santos e outros dois escolheram Bento como nome.
FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS
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