Cartazes e seguranças da Toca da Criola alertam para o impedimento.
Nem mesmo no Dia do Beijo, celebrado neste sábado, carinho é permitido.
Placa alerta para a proibição do beijo em bar de São Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
Placas e cartazes espalhados por um bar de São Carlos
(SP) não deixam dúvida: é proibido beijar na boca. Na casa de samba, a
alegria rola solta, mas o beijo não é bem-vindo. “O lema da casa é vir
para se divertir, seja com os amigos, com a família, ou sozinho, porém
tem que ter respeito. Quer pegada vai lá fora, aqui dentro não”,
explicou a gerente da Toca da Criola, Vivian Leite, de 37 anos. Nem
mesmo no Dia do Beijo, comemorado neste sábado (13), o carinho será
permitido no local.
Os cartazes que alertam para a proibição, entretanto, nem sempre são suficientes, então, seis seguranças da casa ficam de olho e, quando percebem que o clima começa a esquentar, abordam os 'beijoqueiros'. “Tem gente que se beija, a gente avisa, eles não acreditam e perguntam se o que está nos cartazes é verdade mesmo”, disse Vivian. As placas viraram souvenir. “Tirar foto delas é fato, mas tem gente que leva embora”, falou.
Os cartazes que alertam para a proibição, entretanto, nem sempre são suficientes, então, seis seguranças da casa ficam de olho e, quando percebem que o clima começa a esquentar, abordam os 'beijoqueiros'. “Tem gente que se beija, a gente avisa, eles não acreditam e perguntam se o que está nos cartazes é verdade mesmo”, disse Vivian. As placas viraram souvenir. “Tirar foto delas é fato, mas tem gente que leva embora”, falou.
Gerente de bar interrompe beijo de casal em São
Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
Carlos, SP (Foto: Felipe Turioni/G1)
O clima de vigilância também existe entre os frequentadores. “O próprio
freguês avisa, vem falar com a gente, mas para chegar até mim é porque
estão exagerando bastante”, observou a gerente.
Segundo os
proprietários, é preciso manter o respeito.
“Um selinho é até insignificante, o que não pode é pegada”, resumiu
Carmem Oliveira, a Criola de 65 anos, que dá nome ao bar instalado há
quatro anos na casa da família dela.
Devido à relação com o ambiente e para evitar que o beijo evolua para
algo mais quente, a família decidiu proibi-lo. “Nas baladas, por
exemplo, tem muita 'periguete' que faz até sexo no salão, então não pode
deixar”, argumentou o dono do bar, de 69 anos, Geraldo Leite. “Nossa
família teve uma educação diferente, então queremos respeito, porque
quem entra aqui faz parte da mesma família”, completou a gerente.
Casal de namorados respeita norma e evita se
beijar em bar (Foto: Felipe Turioni/G1)
beijar em bar (Foto: Felipe Turioni/G1)
Paquera
Entre os clientes, a proibição divide opiniões. Há quem não goste e até quem acredita que a impossibilidade de beijar ajuda na paquera. “Volta o romantismo, a troca de telefone e ajuda a ter algo mais sério”, disse o educador físico Marcelo Maurício, de 28 anos, que levou a namorada para conhecer o lugar pela primeira vez. “A gente está junto e poderia se beijar, mas temos que respeitar porque é norma e está certo, porque tem gente que não fica só nisso”, afirmou a funcionária pública Daiane Giacomeli, de 28 anos.
Para a psicóloga Jeisiane Valério, de 29 anos, a proibição do beijo dificulta a paquera para o homem. “Sem o beijo, precisa haver uma compensação no olhar, no sorriso, na conversa, o que acaba exigindo mais do homem”, analisou. O adolescente Ronaldo Mancia, de 15 anos, não concordou com a proibição. “Não reclamo tanto porque estou com a minha namorada, mas se estivesse sozinho acharia ruim porque tem que saber se o beijo é bom primeiro antes de trocar o celular”, protestou.
O autônomo Germano Frutuoso, de 37 anos, considera que a proibição do beijo aumenta a segurança no local. “Todo mundo é mais comportado. Eles até servem a cerveja em garrafa de vidro, com copo de vidro porque sabem que não vai ter confusão, então isso ajuda”, opinou.
Entre os clientes, a proibição divide opiniões. Há quem não goste e até quem acredita que a impossibilidade de beijar ajuda na paquera. “Volta o romantismo, a troca de telefone e ajuda a ter algo mais sério”, disse o educador físico Marcelo Maurício, de 28 anos, que levou a namorada para conhecer o lugar pela primeira vez. “A gente está junto e poderia se beijar, mas temos que respeitar porque é norma e está certo, porque tem gente que não fica só nisso”, afirmou a funcionária pública Daiane Giacomeli, de 28 anos.
Para a psicóloga Jeisiane Valério, de 29 anos, a proibição do beijo dificulta a paquera para o homem. “Sem o beijo, precisa haver uma compensação no olhar, no sorriso, na conversa, o que acaba exigindo mais do homem”, analisou. O adolescente Ronaldo Mancia, de 15 anos, não concordou com a proibição. “Não reclamo tanto porque estou com a minha namorada, mas se estivesse sozinho acharia ruim porque tem que saber se o beijo é bom primeiro antes de trocar o celular”, protestou.
O autônomo Germano Frutuoso, de 37 anos, considera que a proibição do beijo aumenta a segurança no local. “Todo mundo é mais comportado. Eles até servem a cerveja em garrafa de vidro, com copo de vidro porque sabem que não vai ter confusão, então isso ajuda”, opinou.
Toca da Criola, em São Carlos, proíbe beijo entre seus clientes (Foto: Felipe Turioni/G1)
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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