Fabiano Costa Do G1, em
Brasília
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) elege nesta quinta-feira
(31) a nova direção da entidade para o triênio 2013-2016. Dois integrantes da
atual administração disputam a sucessão de Ophir Cavalcante no comando da
associação que representa cerca de 700 mil advogados.
O novo presidente nacional da OAB irá administrar
um orçamento anual em torno de R$ 30 milhões, segundo a assessoria da entidade.
Vice-presidente nacional da Ordem, o advogado
Alberto de Paula Machado, 51 anos, é um dos postulantes ao cargo. Natural de
Curitiba (PR), Paula Machado foi presidente da seccional da OAB no Paraná entre
2007 e 2009.
Graduado em Direito na Universidade Estadual de
Londrina, ele é especialista na área trabalhista. Em 2010, chegou ao segundo
posto na hierarquia da OAB na chapa que elegeu Ophir Cavalcante presidente da entidade.
O outro concorrente à presidência da Ordem é o
advogado Marcus Vinicius Furtado Coêlho, atual secretário-geral. Maranhense,
ele fez carreira no Piauí, estado no qual viveu a maior parte de sua vida.
Coêlho exerce, atualmente, o quarto mandato consecutivo
como conselheiro federal da OAB na cota da seccional piauiense. Doutor em
Direito Processual pela Universidade de Salamanca, na Espanha, ele completa 41
anos nesta quinta.
A eleição dos integrantes da direção do Conselho
Federal da Ordem é indireta. A partir das 19h, os 81 conselheiros federais da
entidade - cada seccional estadual elege três representantes para o colegiado -
vão escolher o novo representante da classe dos advogados. O resultado deve ser
divulgado logo após a votação. A posse da nova diretoria da Ordem está marcada
para a manhã desta sexta (1º), às 9h, em sessão ordinária do conselho federal.
Histórico
Fundada em 1930, por decreto do então presidente Getúlio Vargas, a Ordem ficou conhecida pela combatividade na luta pela redemocratização do país, durante o regime militar.
Liderada pelo advogado Raymundo Faoro, a OAB se
tornou, nos anos de chumbo, uma das principais instituições de combate à
repressão política, ao lado da Associação Brasileira de Imprensa.
Em 1980, visada pela insurgência contra o regime,
a OAB se tornou alvo de setores contrários à abertura política. Um
envelope-bomba enviado ao então presidente, Eduardo Seabra Fagundes, matou a
secretária Lyda Monteiro da Silva. O enterro foi transformado em ato político.
Três anos mais tarde, alinhada a partidos e
outras entidades, a OAB mobiliza acampanha das Diretas Já. O movimento reivindicava que as eleições presidenciais
de 1984 fossem realizadas pelo voto popular.
Após intensa campanha da OAB pela convocação de
uma Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, foi promulgada a nova
Constituição. A Carta Magna legitimou a entidade a questionar
inconstitucionalidades no Supremo Tribunal
Federal.
O último grande ato da Ordem no cenário político
nacional ocorreu durante o escândalo que deflagrou a queda do governo Fernando Collor (1990-1992). Diante da
série de denúncias de corrupção contra o governo federal, a entidade a
protocolou no Congresso o pedido de impeachment contra Collor.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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