quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Boate teve projeto original alterado



Por: DIEGO ZANCHETTA - AGÊNCIA ESTADO

Santa Maria, RS – Novos depoimentos e documentos obtidos pela Polícia Civil de Santa Maria (RS) apontam que Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da Kiss, adotou medidas à revelia do poder público e modificou o projeto original da casa, aprovado pela prefeitura em outubro de 2010 e pelos bombeiros em agosto de 2011.

Espuma inflamável como isolante acústico, de uso vetado por lei, foi posta no teto por um funcionário em julho, após abaixo-assinado de 87 vizinhos contra o barulho.

Em setembro, Spohr construiu um anexo com mais de 230 metros quadrados, que não consta da planta de 639,7 metros quadrados aprovada em 4 de março de 2010 pela Secretaria de Controle Urbano e Mobilidade. A obra ampliou em 36% o tamanho da casa, que continuou sem saída de emergência.

“A espuma foi colocada por um funcionário da boate na metade do ano [passado]. Antes, no início de 2012, eles tinham feito um isolamento acústico a pedido do Ministério Público Estadual. Ele não poderia ter usado a espuma inflamável de forma alguma”, afirmou o delegado regional Marcelo Arigony, chefe das investigações. A fumaça tóxica da espuma foi a principal causa das mortes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS





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