O Planejamento familiar é uma prática adotada por inúmeros casais. Entretanto, essa pode ser também uma questão política e econômica.
O Planejamento Familiar é uma prática cada vez mais adotada entre casais
O Planejamento Familiar
é uma espécie de controle da taxa natalidade mais sutil e flexível
exercida pelos governos de diversos países. Ao invés de se estabelecer
controles rígidos sobre o crescimento da população, essa é uma medida
voltada para educar os casais e convencê-los de que o melhor é ter menos
filhos, ensinando a eles questões sobre os custos de se ter uma criança
e sobre os métodos contraceptivos existentes.
Portanto, percebe-se que o planejamento
familiar não é somente uma questão que envolve a preferência pessoal dos
casais, mas sim uma política de governo voltada para diminuir o
crescimento populacional. Tal medida é fruto de uma perspectiva que
defende que os problemas sociais e os grandes índices de miséria se
devem ao quantitativo populacional que, em tese, seria muito maior do
que a produção de alimentos. Entretanto, sabe-se que a produção de
alimentos hoje é mais do que suficiente para abastecer a população,
faltando, na verdade, uma melhor distribuição de renda e acesso à
alimentação em todo mundo.
Os países desenvolvidos registram taxas
de natalidade muito menores que a dos países subdesenvolvidos e, por
isso, pressionam para que eles também diminuam esses índices. Na conferência de Bucareste,
realizada na Romênia em 1974, os países desenvolvidos, liderados pelos
Estados Unidos, tentaram fechar um acordo que exigisse das autoridades
mundiais um maior controle sobre o crescimento populacional. Entretanto,
os países subdesenvolvidos produziram a chamada Carta de Bucareste,
na qual os signatários argumentavam que os problemas da fome e da
miséria eram resultantes das limitações econômicas impostas pelas nações
ricas sobre as nações pobres.
O Brasil, no entanto, desde 1974 adota
medidas para educar e incentivar a prática do Planejamento Familiar para
fins de controle das taxas de natalidade. Estabeleceu-se, através da
mídia principalmente, que uma família ideal teria o número máximo de
dois filhos por casal. Além disso, acontece até hoje a distribuição de
pílulas anticoncepcionais e camisinhas, bem como a venda desses produtos
a preços acessíveis e sem controle médico.
Com essas medidas, o controle de
natalidade no Brasil e no Mundo declinaram consideravelmente,
entretanto, a fome e a miséria ainda continuam assolando milhões de
pessoas em todo o planeta.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
BRASIL ESCOLA
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