Lesões e indisciplina podem levar Dunga a escalar time com mais da metade de jogadores que não estavam na Copa do Mundo, antes do que ele imaginava
O discurso, as convocações e opções de Dunga desde que ele
reassumiu a seleção brasileira deixaram clara sua estratégia para começar a
juntar os cacos do vexame na Copa do Mundo. Era preciso dar o primeiro passo de
uma reformulação, porém, com alicerces mais experientes para que ela se
sustentasse em longo prazo.
O técnico só não contava com os problemas. Nesta
terça-feira, o Brasil enfrenta o Japão em Cingapura, possivelmente, com mais da
metade do time titular formado por jogadores que não participaram do Mundial.
Uma reformulação mais rápida do que ele pretendia, motivada por lesões e
questões comportamentais.
O sistema defensivo, por exemplo, poderia ter Maicon, Thiago
Silva e David Luiz. Só que o lateral-direito se apresentou com 11 horas de
atraso, após uma folga entre um jogo e outro nos Estados Unidos, no mês
passado, e foi desligado do grupo. Thiago ainda nem pôde ser convocado em razão
de lesão na coxa direita.
Miranda torna-se referência na defesa da Seleção comandada pelo técnico Dunga (Foto:
Heuler Andrey/Mowa Press)
David Luiz, também com dores na coxa, tem suspeita de lesão
e poderá desfalcar a equipe diante dos japoneses. Se isso se confirmar, à
frente do goleiro Jefferson, toda a linha defensiva será formada por atletas
que não disputaram a Copa: Danilo, Miranda, Gil e Filipe Luís.
Outra novidade está no meio-campo. Elias deverá ser mantido
ao lado de Luiz Gustavo após a vitória por 2 a 0 sobre a Argentina. O titular,
Ramires, e a primeira opção de substituição, Fernandinho, foram cortados das
partidas na Ásia.
Neymar treina no Estádio Nacional de Cingapura (Foto: Heuler Andrey / Mowa Press)
Só o setor ofensivo está dentro do que Dunga havia planejado
inicialmente: Willian, Oscar e Neymar, remanescentes do Mundial, dão suporte a
Diego Tardelli, o camisa 9 com características mais adequadas ao que o técnico
imagina para a Seleção.
Para tranquilizar a comissão técnica, a equipe tem resistido
bem às mudanças “forçadas”. Tem 100% de aproveitamento em três jogos, e não
sofreu gols. Se é assim, Dunga prefere não mexer mais do que já está sendo
obrigado, pelo menos na formação inicial.
- Temos que dar confiança aos jogadores que entram bem,
senão não teremos nem uma coisa nem outra - defendeu o comandante.
Depois do Japão, a Seleção ainda terá mais duas partidas no
ano: dia 12 de novembro contra a Turquia, em Istambul, e 18 diante da Áustria,
em Viena.
FICHA TÉCNICA
BRASIL Jefferson,
Danilo, Miranda, David Luiz (Gil) e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Willian e Oscar;
Neymar e Diego Tardelli. Técnico: Dunga
JAPÃO Nishikawa,
Sakai, Shiotani, Morishige e Nagatomo; Hosogai, Tanaka e Shibasaki; Honda, Muto
e Okazai. Técnico: Javier Aguirre
Data: 14/10/2014 (terça-feira)
Horário: 7h45 (de Brasília)
Local: Estádio Nacional, em Cingapura
Árbitro: Ahmad A’Qashah (CIN)
Auxiliares: Lim Kok Heng e Ong Chai Lee (CIN)
Transmissão: A TV Globo, o Sportv e o GloboEsporte.com exibem a partida ao vivo. O site também acompanha em Tempo Real.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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