Fogos de artifício festejam vitória de Evo Morales na Bolívia. (Foto: Jorge Bernal / AFP Photo)
O presidente da Bolívia, Evo Morales,
saiu neste domingo (12) à varanda do Palácio de governo para comemorar
perante uma multidão sua vitória eleitoral - segundo pesquisa de boca de
urna -, que dedicou ao líder cubano Fidel Castro, ao falecido líder
venezuelano Hugo Chávez, e a todos os governos 'anti-imperialistas' do
mundo.
Morales e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, teriam vencido as
eleições com cerca de 60% dos votos, segundo as pesquisas de boca de
urna e por contagem rápida divulgada pela imprensa boliviana à noite, à
espera dos resultados da apuração oficial.
Evo
Morales saúda simpatizantes que se reuniram na Plaza Murillo, após sua
chegada ao Palácio Presidencial, em La Paz. (Foto: Cris Bouroncle / AFP
Photo)
Esta prematura comemoração do presidente e suas bases se deve a que na
Bolívia, historicamente, os resultados das pesquisas de boca de urna e
por apuração rápida coincidem com os dados que o Tribunal Superior
Eleitoral divulga após a apuração oficial.
"Pátria sim, colônia, não!", cantaram Morales e seus seguidores.
Morales e García Linera, conseguiram, segundo as pesquisas extraoficiais, um terceiro mandato para o período 2015-2020.
O governante também disse que a vitória demonstrou que na Bolívia "não
há meia lua, mas lua cheia", em referência à forma como os políticos
opositores autonomistas se referiam às regiões orientais com o apelativo
de 'Meia Lua'.
Pela primeira vez na história, Morales conseguiu a vitória no próspero
departamento (estado) de Santa Cruz, antigo reduto autonomista.
Simpatizante do presidente virtualmente reeleito. (Foto: Jorge Bernal / AFP Photo)
Segundo Morales, seu Movimento Ao Socialismo (MAS), ganhou em oito dos
nove departamentos e ainda 'briga voto a voto' em um deles, em alusão à
região amazônica de Beni, na qual segundo as pesquisas teria vencido o
opositor Samuel Doria Medina, que em nível nacional teria obtido em
torno de 25%.
O governante se dirigiu à oposição, à qual pediu para não promover
confrontos e para trabalharem unidos pela Bolívia. "Pela Bolívia
suportamos com muita paciência, não há porque comentar ou lembrar (...)
Por isso os convocamos (os opositores) a somar, a trabalhar. Têm direito
a discordar, mas acima disso está nossa querida Bolívia", afirmou.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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