No Dia das Crianças, Dilma visita centro educacional no bairro de Guaianases, em São Paulo (Foto: Felipe Rau / Estadão Conteúdo)
A presidente Dilma Rousseff,
candidata do PT à reeleição, afirmou neste domingo (12), durante
entrevista coletiva em São Paulo, que acha “compreensível” a apoio da
presidenciável derrotada do PSB, Marina Silva, à candidatura de Aécio
Neves, do PSDB, no segundo turno. Para a presidente, há mais semelhanças
entre os programas econômicos dos dois adversários do que entre as
propostas de Marina e do PT.
Eleições 2014
"Eu acho que esse anúncio, essa opção, é compreensível, porque a
proximidade que ela tem é com o programa econômico do Aécio. E tem menos
proximidade com o programa social do meu governo", disse Dilma.
Neste domingo, após uma semana de negociações com o PSDB, Marina Silva, anunciou que apoiará o candidato tucano no segundo turno. A decisão foi divulgada um dia depois de o presidenciável do PSDB assumir, por meio de uma carta aberta,
uma série de compromissos para a área social, entre os quais parte das
condições impostas pela ex-senadora para apoiá-lo na reta final da
corrida pelo Palácio do Planalto.
Dilma Rousseff disse não acreditar que haja uma transferência de votos
automática de Marina para Aécio. "Não acredito que haja uma
transferência automática de votos para ninguém. Acredito na democracia. O
voto é de quem vai lá na urna e registra", declarou.
A presidente também criticou a visão de Aécio sobre a economia. Ela foi indagada sobre se acredita que o fato de partidos estarem unidos contra a sua candidatura representa vontade de mudança. “Os que estão do meu lado representam um projeto, e os que estão de outro representam outro projeto, que é uma visão da economia que quebrou um país três vezes. O desemprego dobrava a quadra”, declarou.
A presidente também criticou a visão de Aécio sobre a economia. Ela foi indagada sobre se acredita que o fato de partidos estarem unidos contra a sua candidatura representa vontade de mudança. “Os que estão do meu lado representam um projeto, e os que estão de outro representam outro projeto, que é uma visão da economia que quebrou um país três vezes. O desemprego dobrava a quadra”, declarou.
Dilma posou para fotografias ao lado de estudantes do Centro Educacional Unificado Jambeiro (Foto: Rosanne D'Agostino / G1)
Alinhamento com Marina
Dilma negou que tenha havido falha na articulação de sua campanha para atrair o apoio de Marina. "Vários seguidores da outra candidatura vieram para a minha campanha. Por exemplo, o governador Ricardo Coutinho. Eu não sou a favor de várias questões que o outro candidato é. Nós não falhamos. Eles tinham outro alinhamento."
Dilma negou que tenha havido falha na articulação de sua campanha para atrair o apoio de Marina. "Vários seguidores da outra candidatura vieram para a minha campanha. Por exemplo, o governador Ricardo Coutinho. Eu não sou a favor de várias questões que o outro candidato é. Nós não falhamos. Eles tinham outro alinhamento."
"Ela [Marina] é a favor da independência do Banco Central, eles são a
favor de reduzir o papel dos bancos públicos, nós não somos. Isso
significa acabar com o Minha Casa, Minha Vida, reduzir toda política de
conteúdo local. Tem coisa que eu não incorporo nem que a vaca tussa",
completou.
A candidata, que falou sobre políticas governamentais direcionadas às
crianças, também citou números da atual gestão e aproveitou para
alfinetar Aécio Neves. Segundo ela, o estado de Minas Gerais, sob seu
governo, teve o menor percentual de redução na mortalidade infantil.
Dilma não citou os números absolutos. "Mostra bem a qualidade do choque
de gestão feito em Minas Gerais", criticou.
Operação Lava Jato
Dilma voltou a defender ainda a punição de todos no processo originado da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre a Petrobras, mas criticou a divulgação "seletiva" de depoimentos. "Fazer um audiência pública no meio de uma campanha eleitoral eu acho estranho", afirmou.
Dilma voltou a defender ainda a punição de todos no processo originado da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre a Petrobras, mas criticou a divulgação "seletiva" de depoimentos. "Fazer um audiência pública no meio de uma campanha eleitoral eu acho estranho", afirmou.
Questionada sobre a posição de seu partido sobre suspeitas contra o
tesoureiro do PT João Vaccari Neto, ela afirmou: "O PT, não tenho
mandato para falar". "Eu sou a favor de se apurar tudo e se punir todos.
Mas tem de punir com prova."
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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