Roberto Villanova
Brasília – A Marina Silva se arrependeu de ter gravado o apoio para Aécio Neves e agora tenta – mas em vão – minimizar o prejuízo.
Prejuízo este que é irreversível.
Mas não foi por falta de aviso; o próprio Lula esteve com ela e a aconselhou a “não dar o tiro no próprio pé”.
- É rasgar a sua história, companheira. Se você não quer
apoiar a Dilma, tudo bem, mas declarar apoio para o Aécio será o seu fim
político! – avisou o Lula, em tom de advertência.
Na verdade, a birra da Marina contra a Dilma não é de agora. Ex-ministra no governo Lula e uma das fundadoras do PT, a Marina imaginava que seria ela a candidata a presidente da República em 2010 e, como não foi, largou o PT.
De fato, a Dilma é brizolista e originária do
PDT; ela começou como secretária estadual de Minas e Energia do Rio
Grande do Sul no governo do PDT.
A Marina nunca perdoou a Dilma por ter-se atravessado no seu caminho. Na verdade, não deveria perdoar o Lula por ter inventado a Dilma, mas ocorre que o marido da Marina permanece como assessor do PT – e do Lula – e ela ainda tem saudade das lutas petistas de outrora.
Mas a decisão de apoiar o Aécio Neves é o seu “atestado de óbito” político. Para amenizar o estrago estão aconselhando-a a não subir no palanque do Aécio,
mas isto pouco adianta; a gravação do seu apoio já está guardada no
arquivo e será usado quando novamente tentar se candidatar com o
discurso de novidade e bom exemplo.
Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Para a Marina, a declaração de apoio ao Aécio é igual a assinar o atestado de óbito político em branco.
FONTE: GAZETAWEB.COM
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