Dor se localiza no centro do peito e pode se espalhar pelo resto do corpo.
Isso ocorre quando há depósito de gordura obstruindo os vasos sanguíneos.
Sentir uma dor ou um aperto no centro do peito depois de fazer algum
esforço ou passar por uma situação de estresse é um sinal de alerta que
pode indicar angina. Caso essa sensação se espalhe pelo corpo e diminua
em repouso, é importante procurar imediatamente um médico e descrever os
sintomas, como alertaram os cardiologistas Roberto Kalil e Luiz Lisboa no Bem Estar desta terça-feira (18).
Isso acontece quando um ou mais vasos que nutrem o coração ficam
obstruídos com depósito de gordura, impedindo que o músculo cardíaco
receba o sangue necessário para funcionar. Por causa disso, o coração
precisa fazer um esforço excessivo para compensar a falta de sangue e
acaba batendo cada vez mais forte, o que causa essa dor forte e aguda no
centro do peito.
Na consulta com o médico, só os sintomas descritos já podem ser
suficientes para o diagnóstico de angina, porém, para confirmar, ele
pode pedir exames como eletrocardiograma, teste ergométrico e, em alguns
casos, até mesmo um cateterismo para identificar se há alguma
obstrução.
Caso haja gordura entupindo alguma artéria, é diagnosticada a
aterosclerose, a causa da angina e até mesmo de um infarto. No entanto,
dependendo da gravidade da obstrução, o médico pode guiar o melhor
tratamento. Por exemplo, em estágio inicial, ainda é possível reverter
ou impedir que o problema evolua apenas com a mudança dos hábitos de
vida com atividade física e alimentação saudável.
Se isso não for suficiente, o médico pode começar a tentar o uso de
medicamentos que “afinam” o sangue e impedem a formação de coágulos –
porém, nesse caso, já existe o risco de efeitos colaterais e a pessoa
pode ter problemas de coagulação, o que aumenta as chances de ela ter
mais hematomas, por exemplo.
Em uma situação um pouco mais grave, o paciente pode ter que colocar um
stent, uma mola metálica que expande a artéria e aumenta sua capacidade
de passar o fluxo sanguíneo. Segundo o cirurgião Luiz Lisboa, a
colocação é feita pela pele e não de forma cirúrgica, o que não exige
anestesia geral.
A próxima alternativa para tratar a aterosclerose são as pontes, veias
retiradas de outras partes do corpo e colocadas nos vasos do coração.
A primeira opção é retirar sempre a artéria mamária, depois a veia
safena, que fica nas pernas e, em seguida, a artéria radial, que fica
nos braços. Se o médico quiser, ele pode também fazer pontes com outras
artérias do estômago ou da região abdominal, mas isso é mais raro. Nesse
caso, é feita uma cirurgia e o paciente precisa de anestesia geral.
*O cardiologista e cirurgião Luiz Lisboa responde
perguntas dos internautas sobre angina e problemas de coração.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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