sábado, 22 de junho de 2013

'Diabos vermelhos' comandam ritmo no 'amistoso' entre Japão e México



Shinji Kagawa e Chicharito Hernández, companheiros no Manchester United que ganharam música da torcida, fazem duelo particular de eliminados no Mineirão

Por Juliano Costa Belo Horizonte
Chicharito México Copa das Confederações (Foto: Getty Images)Chicharito marcou o único gol do México até agora
na Copa das Confederações (Foto: Getty Images)
 
O Japão vai jogar de azul, o México vestirá branco, mas muitos vão com o vermelho do Manchester United ao Mineirão, neste sábado. Num “amistoso de luxo” entre as duas equipes do Grupo A já eliminadas da Copa das Confederações, todas as atenções estarão voltadas para Shinji Kagawa e Chicharito Hernández, colegas no time inglês e estrelas de suas respectivas seleções. A partida começa às 16h (de Brasília) e terá transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM e do SporTV.

– Ele é um grande centroavante. Todo o time precisa ter preocupação com ele. Espero que o Japão esteja firme na defesa e consiga parar não só ele, mas todo o ataque mexicano – disse Kagawa, em entrevista após o treino desta sexta.

Chicharito não quis contato com os jornalistas. O mexicano só fez um gol nesta Copa das Confederações, de pênalti, na derrota por 2 a 1 para a Itália, no Maracanã. Esperava-se mais. No último Campeonato Inglês, como reserva do holandês Van Persie, fez dez gols em nove jogos. Kagawa, revezando-se com o inglês Young, o português Nani e o equatoriano Valencia na luta por duas posições, marcou seis veze em 17 partidas.

Apesar de não serem titulares absolutos no Manchester United, Kagawa e Hernández têm a simpatia do torcedor inglês. Ambos ganharam até músicas, cantadas no estádio Old Trafford. A canção do japonês é uma adaptação de “Radio Ga Ga”, do Queen, e diz “Tudo o que precisamos é de Shinji Kagawa, Shinji Kagawa”. Já a do atacante é inspirada em “Let It Be”, dos Beatles, e faz menção ao apelido dele, “Chicharito”, algo como “pequena ervilha” para os mexicanos. Os inglês cantam: “When I find myself in times of trouble, Chicharito scores for me, Javier Hernández, Little Pea” ( “Quando me vejo com problemas / Chicharito marca para mim / Javier Hernández / Pequena ervilha”).

– Ele (Chicharito) é um grande jogador, mas temos de nos preocupar com o time inteiro do México – alertou o goleiro japonês Eiji Kawashima.

Shinji Kagawa comemoração gol jogo Itália Japão (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Shinji Kagawa é um dos destaques do Japão diante da Itália (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
 
O técnico mexicano, Manuel de la Torre, elogiou não só Kagawa, mas também o meia Keisuke Honda, do CSKA Moscou, da Rússia.

– São dois jogadores velozes, que sabem jogar pelos cantos. Mas temos de saber que eles também acabam deixando espaços, e foi o que Brasil e Itália souberam aproveitar nos jogos contra eles.

Além de Honda e Kagawa, o Japão conta com outros jogadores conhecidos dos fãs do futebol europeu, como os laterais Uchida (Schalke) e Nagatomo (Inter de Milão) e o atacante Okazaki (Stuttgart). Os mexicanos têm Giovani dos Santos, ex-Barcelona e Tottenham, atualmente no Mallorca, da Espanha, além de Andrés Guardado, do Valencia, também da Espanha.

José Manuel De la Torre Treino méxico (Foto: Marcos Ribolli)Pressionado, José Manuel De la Torre nega caráter amistoso da partida  (Foto: Marcos Ribolli)
Amistoso de luxo?

De la Torre se irritou com um jornalista brasileiro que chamou o jogo de “amistoso”. Afirmou que se trata de “um jogo de competição” e que não há motivo melhor do que esse para manter seus jogadores motivados, apesar de reconhecer que já não há mais chance de classificação.

Alberto Zaccheroni treino japão (Foto: Marcos Ribolli)Alberto Zaccheroni elogia o time mexicano e diz que confronto será um desafio (Foto: Marcos Ribolli)
 
– Nós gostaríamos de ter conseguido a classificação, mas não foi possível. Caímos num grupo com seleções muito fortes. Uma concentração como essa só se vê em quartas de final de Copa do Mundo – ponderou o mexicano.

O italiano Alberto Zaccheroni, técnico do Japão, elogiou o time do México, mas fez questão de ressaltar que também não vai encarar o jogo como um mero amistoso.

– A capacidade que eles têm de mudar de um esquema para outro é grande. Nas duas partidas, o técnico deles passou por vários esquemas. A equipe toda é bastante técnica, especialmente os atacantes. Eles não desistem, jogam de forma compacta. Será um grande desafio – disse Zaccheroni.



FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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