Operadora de telemarketing foi
demitida por justa causa, em Goiânia.
Juiz entendeu que ela ficou doente e concedeu R$ 5 mil por danos morais.
Sílvio Túlio Do G1 GO
Guaciara entrou na Justiça
depois de ter sido demitida por justa causa e
provar que estava doente (Foto: Reprodução/TV
Anhanguera)
A empresa de call center Atento entrou com
recurso no Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO) contra a sentença
que prevê o pagamento de indenização à ex-atendente Guaciara Cristóvão de
Sousa, de Goiânia,
no valor de R$ 5 mil por danos morais. A informação foi dada pelo
advogado de Guaciara, Adriano Lopes. Segundo a sentença, a funcionária foi
demitida por justa causa por ter xingado um cliente, mas conseguiu provar que
estava doente por causa do trabalho quando foi mandada embora.
Procurada pelo G1, a Atento, por
meio de sua assessoria de impresa, encaminhou uma nota dizendo que não se
pronunciará até a decisão final do processo.
A defesa de Guaciara informou ao G1
que a empresa entrou com um recurso de revista do processo no TRT-GO, para que
a decisão seja novamente analisada. O advogado explicou que o documento será
analisado pela presidente do tribunal, desembargadora Elza Cândida Silva, que
determina o seguimento ou não da ação para o Tribunal Superior do Trabalho
(TST), em Brasília.
Ele informou ainda que agora não haverá mais
audiências no processo. No TRT, esclarece, o mérito é analisado de forma
monocrática, ou seja, somente a presidente se posiciona na hora de avaliar se o
recurso tem ou não todos os requisitos legais. Se o processo for levado ao TST,
um colegiado de ministros é quem faz o julgamento, explicou o advogado.
Caso a decisão seja favorável à ex-funcionária, a
empresa ainda pode entrar com um recurso extraordinário em última instância no
Supremo Tribunal Federal (STF).
"A possibilidade de ir até o STF é muito
remota. Na minha opinião, é muito difícil que a decisão mude. As provas dos
autos são muito contundentes", disse Adriano Lopes.
Doença
Guaciara trabalhou na empresa de abril de 2009 a outubro de 2010. Ela conta que foi demitida após xingar um cliente que pediu que ela fizesse um procedimento irregular. "Um ex-cliente que conhecia o atendimento queria que eu burlasse um procedimento. Mas eu não podia fazer isso", lembra.
Guaciara trabalhou na empresa de abril de 2009 a outubro de 2010. Ela conta que foi demitida após xingar um cliente que pediu que ela fizesse um procedimento irregular. "Um ex-cliente que conhecia o atendimento queria que eu burlasse um procedimento. Mas eu não podia fazer isso", lembra.
Durante os 18 meses em que atuou como operadora,
a ex-funcionária provou na Justiça que desenvolveu a Síndrome de Burnout,
também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional. A enfermidade
provoca alterações como agressividade, irritabilidade, isolamento, alteração de
humor, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário