Do G1, em São Paulo
Papa abençoa fieis neste domingo no Vaticano
(Foto: Vicenzo Pinto/AFP)
O Papa Bento XVI apareceu
na janela de seus aposentos Vaticano
para abençoar os milhares de fiéis que se reuniram na manhã deste domingo (17)
na Praça São Pedro, durante sua primeira bênção dominical desde o anúncio de
sua renúncia. O papa deixará o comando da Igreja Católica no dia 28 de
fevereiro.
Bento XVI convocou a Igreja e todos os seus
membros a se "renovarem" e "se reorientarem em direção a Deus,
rejeitando o orgulho e o egoísmo".
“A Igreja convoca todos os seus membros a se
renovarem (...), o que envolve uma luta, um combate espiritual, porque o
espírito do mal quer nos desviar do caminho em direção a Deus”, afirmou Bento
XVI para a multidão na Praça São Pedro.
Falando em espanhol, o Papa disse: “Peço que
vocês continuem rezando por mim e pelo próximo Papa”. Ele também agradeceu
pelas “orações e suporte que foram demonstrados” pelos fiéis.
O pontífice fez votos para que neste tempo de
Quaresma a "contemplação da paixão, morte e ressurreição de Cristo nos
ajude a segui-lo mais de perto".
A tradicional oração do Ângelus normalmente atrai
poucos milhares de peregrinos e turistas. Entretanto, neste domingo, o caráter
histórico deve aumentar o número para 150 mil pessoas, segundo a Associated
Press. Moradores de diversas cidades da Itália e da Europa viajaram até o
Vaticano para presenciar a benção.
Papa abençoa multidão reunida
na Praça São Pedro em seu penúltimo ângelus como pontífice (Foto: Gabriel
Bouys/AFP)
Fiéis lotam a Praça São
Pedro, no Vaticano, para o penúltimo Ângelus do Papa Bento XVI (Foto: Vicenzo
Pinto/AFP)
São esperadas mais de 150 mil
pessoas no Vaticano neste domingo (17) (Foto: Vicenzo Pinto/AFP)
Após a aparição de Bento XVI, a multidão na Praça
São Pedro gritou “Longa vida ao Papa”. Esta é uma das últimas aparições
públicas de Bento XVI enquanto pontífice.
Para atender os fiéis, cidade de Roma colocou
mais trens e ônibus em circulação para atender os fiéis, e está oferecendo
transporte gratuito para idosos e deficientes. Chá quente gratuito também está
sendo preparado para ajudar a combater o frio desta época do ano.
Sucessão
O Vaticano disse neste sábado (16) que o conclave que escolherá o sucessor do papa Bento XVI poderá começar antes de 15 de março se houver quórum de cardeais suficiente em Roma.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi,
afirmou que as regras da Igreja definem que a data dos conclaves pode ser
"interpretada" diferentemente desta vez, já que se trata de uma
circunstância extraordinária, após a histórica renúncia de Bento XVI.
Ele afirmou anteriormente que o conclave
começaria entre 15 e 20 de março, de acordo com as regras existentes. Mas neste
sábado (16), disse que os acontecimentos podem ocorrer mais rapidamente, já que
a Igreja está lidando com uma renúncia anunciada previamente, e não com uma
súbita morte do pontífice.
O tema está sendo debatido pelos próprios
cardeais e "é possível que nossas autoridades submetam à votação este tema
no mesmo dia em que começar a 'sede vacante'", disse.
Os cardeais estão "profundamente
afetados" após a decisão de renunciar de Bento XVI e tentam "focar o
alcance e o significado deste gesto", acrescentou o porta-voz do Vaticano.
No total, 117 cardeais terão direito a voto (por
terem menos de 80 anos) no conclave que elegerá, dentro da Capela Sistina, o
novo Papa com uma maioria de dois terços.
O conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI
terá a participação de cinco cardeais brasileiros com direito a voto e que
podem ser eleitos pontífices.
O arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio
Hummes, terá 78 anos quando começar o processo de escolha do novo papa, marcado
para a segunda metade de março. Ele será acompanhado do atual presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno, que
completa (completou) 76 anos em 15 de fevereiro e também é arcebispo de
Aparecida.
Os outros três brasileiros no conclave são o
prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades
de Vida Apostólica, no Vaticano, dom João Braz de Aviz, 65; o arcebispo de São
Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, 63; e o arcebispo de Salvador e ex-presidente
da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo, que completará 80 anos em outubro.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS
DA GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário