Do G1, em São Paulo
A prática regular de atividade física é
importante para perder peso e evitar problemas de saúde, mas ajuda também no
funcionamento do intestino e no controle dos gases. Como explicou o cirurgião Fábio Atui no Bem Estar desta
sexta-feira (15), os exercícios físicos melhoram a digestão e a movimentação do
aparelho digestivo, o que traz diversos benefícios à saúde.
Mesmo quem não costuma se exercitar normalmente
consegue perceber o poder da atividade física no combate ao problema já que
basta uma caminhada para melhorar os gases causados pelo sedentarismo. Porém,
existem diversos outros fatores que podem desencadear esse incômodo,
principalmente nas mulheres, nos bebês e nos idosos.
No caso das mulheres, há uma relação entre os
gases e a menstruação. Isso porque no período menstrual o corpo incha, causando
a sensação de distensão abdominal, o que aumenta a propensão para a formação
dos gases.
Nos bebês, essa distensão também acontece porque
o aparelho digestivo dos pequenos ainda não está totalmente formado e a
contração do intestino ainda não é eficiente.
Para os idosos, a dificuldade é maior na absorção
dos nutrientes dos alimentos. Eles costumam comer menos, o que faz com que o
estômago inche mais rápido, a comida fermente mais e os gases sejam mais
produzidos. Isso pode aumentar também o desconforto abdominal, bastante comum
na idade mais avançada.
A alimentação também pode influenciar no
surgimento do problema, seja pela ingestão direta dos gases ou pela produção
deles pelo organismo.
Por exemplo, tomar refrigerante, água com gás ou
bebida alcoólica, mascar chiclete, fumar e roncar são hábitos que fazem a
pessoa “engolir” gases, seja diretamente pela boca ou pela ingestão dos
alimentos. Nesse caso, os gases ficam no alto da barriga, no estômago.
Por outro lado, existem os alimentos que
favorecem a produção dos gases dentro do corpo, resultado do processo de
fermentação. Por exemplo, leguminosas, como feijão, ervilha e milho, folhas de
talo largo, como salpicão, repolho e aipo e derivados de leite fermentam no
organismo, aumentando o risco de gases.
Nesse outro caso, como são produzidos no
intestino, costumam se concentrar na parte de baixo da barriga. Segundo a
nutricionista Ana Cláudia Lorenção, se a pessoa quiser muito consumir esses
alimentos, a dica é fervê-los antes para diminuir o risco de gases.
A sensação em ambos os casos é a mesma: como se o
corpo estivesse tomado por bolhas de gás. Segundo o cirurgião do aparelho
digestivo Fábio Atui, isso realmente acontece e essas bolhas provocam distensão
do abdômen e podem causar uma dor insuportável. O remédio que ajuda a aliviar
os sintomas é a dimeticona, que “quebra” as bolhas em tamanhos menores.
Em situações de crise, segurar os gases pode até
ser necessário e, segundo o cirurgião Fábio Atui, isso não traz nenhum mal.
Por outro lado, não é bom segurar a vontade de ir
ao banheiro para não interferir no processo de digestão. É importante também
observar as fezes para ver se não há nenhum sinal de sangue – caso haja, a
pessoa deve procurar imediatamente um médico que pode orientá-la a fazer exames
e, em casos mais graves, até detectar precocemente o câncer de intestino.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS
DA GLOBO
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