Por Marcelo Baltar Direto
de San Juan, Argentina
Em um jogo de dois tempos distintos, a
seleção brasileira sub-20 perdeu por 3 a 2 para o Uruguai, na noite deste
sábado, no Estádio Bicentenário, em San Juan, na Argentina, pela 2ª rodada do
Grupo B do Sul-Americano sub-20. Após uma primeira etapa em que voltou a
repetir os erros da estreia contra o Equador e pouco produziu, a equipe
canarinho se encontrou no segundo tempo, apresentou um bom futebol, buscou o
empate, mas foi castigada com um gol no fim. Dória e Marcos Júnior marcaram
para o Brasil, enquanto Laxalt, Rolán de pênalti, e López fizeram para os
uruguaios.
Rafinha Alcântara, do Barcelona, filho de
Mazinho, campeão mundial na Copa de 1994, fez sua estreia com a camisa da
seleção e foi bem, ajudando na reação brasileira. Ele quase fez o gol da
vitória, em um lance em que Marcos Júnior perdeu uma chance inacreditável na
sequência.
Com a derrota, o Brasil, que empatou por 1 a 1
com o Equador na estreia, faz em 2013 sua pior campanha inicial em
sul-americanos. É a primeira vez que a seleção não conquista uma vitória nas
duas primeiras partidas. O resultado deixa a equipe verde-amarela sob risco de
uma eliminação ainda na primeira fase, uma vez que soma apenas um ponto no
Grupo B, que tem o Uruguai como líder, com quatro. Peru e Equador têm um ponto,
mas estão com um jogo a menos. Ainda neste sábado, os equatorianos enfrentam a
Venezuela, que faz sua estreia no torneio.
Após dois jogos em três dias, o Brasil terá um
tempo maior de descanso. O time do técnico Émerson Ávila volta a campo na quarta-feira,
às 21h (de Brasília), quando enfrenta a Venezuela, no Bicentenário.
Matheus lamenta chance
perdida da seleção brasileira contra o Uruguai (Foto: AFP)
Brasil
muda, mas repete má atuação
Para o jogo diante do Uruguai, o técnico Émerson
Ávila fez mudanças. Trocou não só nomes, mas também o esquema. O volante Lucas
Cândido, do Atlético-MG, e o meia Fred, do Inter, entraram nas vagas de Felipe
Anderson e Marcos Júnior. Por sua vez, o esquema com três atacantes e apenas um
jogador de marcação no meio-campo foi deixado de lado, e a seleção adotou o
tradicional 4-4-2, com dois cabeças de área, dois armadores, e Adryan e
Ademílson na frente.
Nos minutos iniciais, o time até pareceu mais
equilibrado e teve a chance de sair na frente logo aos cinco minutos. Ademílson
recebeu na área, cortou o zagueiro, mas chutou fraco, nas mãos do goleiro
Mathías Cubero. Para a infelicidade da seleção, a reposição foi rápida, e o
contra-ataque, fatal. Laxalt aproveitou o descuido da defesa brasileira e
chutou cruzado para fazer 1 a 0 para a Celeste.
A desvantagem no placar deixou o time brasileiro
nervoso. O descontrole, aliado à forte marcação uruguaia, fez com que a equipe
errasse muitos passes. Sem criatividade, os chutes de longa distância passaram
a ser a melhor opção, e a seleção até levou perigo em arremates de Mattheus e
Ademílson. Porém, foi o Uruguai que chegou mais perto do segundo, duas vezes
com Renato Cesar. Na primeira, o camisa 10 uruguaio cabeceou e obrigou Luiz
Gustavo a se esticar todo e espalmar para escanteio. Na sequência, chutou
cruzado rente à trave. A Celeste também levava perigo nos contra-ataques.
Demonstrando impaciência, o técnico Émerson Ávila gesticulou e gritou muito à
beira do gramado durante os primeiros 45 minutos.
Misael tenta levar a melhor sobre
Aguirre (Foto: AP)
Seleção se
recupera, mas Uruguai consegue vitória no fim
Na volta do intervalo, o treinador brasileiro fez
mudanças e apostou em dois jogadores do Fluminense. Igor Julião e Marcos Júnior
entraram, enquanto Wallace e Adryan deixaram a equipe. Não deu tempo, no
entanto, para saber como a nova formação funcionaria. Assim como no primeiro
tempo, o Brasil sofreu um gol nos minutos iniciais. Na primeira subida da
Celeste ao ataque, Mansur derrubou Cesar na área. Pênalti, que Rolán bateu forte
para ampliar: 2 a 0.
O gol fez Émerson Ávila promover outra mudança. O
meia Rafinha Alcântara, do Barcelona, entrou no lugar de Misael e fez sua
estreia com a camisa da seleção. Filho de Mazinho, ele era destaque da equipe
sub-19 da Espanha, mas optou por defender o Brasil. Caindo pela esquerda,
entrou bem e buscou o jogo a todo momento.
Fred ganhou vaga de titular
(Foto: AP)
Em desvantagem no placar, o Brasil se lançou ao
ataque e dominou todo o segundo tempo, apesar de as chances claras de gol serem
escassas. Aos poucos, porém, o time foi se encontrando e, de tanto insistir,
chegou ao empate em dois minutos. Aos 26, Fred levantou na área em cobrança de
falta, e Dória subiu para escorar. O goleiro da Celeste pareceu que ia
neutralizar a jogada, mas deixou a bola escapar e entrar - no lance, os
uruguaios reclamaram de falta do zagueiro do Botafogo. No minuto seguinte,
Marcos Júnior aproveitou cruzamento da esquerda e, livre, chutou bonito de
primeira para empatar a partida.
O Brasil continuou bem em campo e por pouco não
conseguiu a virada. Aos 36, um lance que poderia ter mudado a história do jogo.
Rafinha recebeu na intermediárea, cortou para o meio e acertou a bola na trave.
No rebote, Marcos Júnior, sozinho, tocou com o pé esquerdo para fora, desperdiçando
uma chance incrível.
O destino acabou sendo cruel com os brasileiros.
Aos 45 minutos, o Brasil perdeu a bola no setor ofensivo e, em um rápido
contra-ataque, Laxalt acionou López, que acabara de entrar. De frente para o
goleiro, o jogador do Roma garantiu a vitória uruguaia.
Brasil 2 x 3 Uruguai
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Luiz Gustavo, Wallace (Igor Julião), Luan, Dória e Mansur;
Misael (Rafinha), Mattheus e Lucas Cândido, Adryan (Marcos Júnior), Fred e
Ademílson
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Mathías Cubero; Guilermo Varela, Emiliano Velázquez,
Gastón Silva, Gianni Rodríguez; Jim Varela, Sebastián Cristóforo, Diego
Laxalt, Renato Cesar (Betancourt); Rodrigo Aguirre (Nicolás López) e Diego
Rolán (Leonardo Paez)
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Técnico:
Émerson Ávila
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Técnico:
Juan Verzeri
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Gols:
Laxalt, aos cinco minutos do 1º tempo; Rolán, aos dois da 2º tempo; Fred, aos
25 minutos do 2º tempo; Marcos Júnior, aos 26 do 2º tempo; López, aos 45 do
2º tempo
Cartões amarelos: Wallace e
Ademilson (Brasil); Aguirre e Varela (Uruguai)
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Árbitro:
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Auxiliares: Diego Bonfa (ARG)
e Carlos Astroza (CHI)
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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