Alcoolismo
O uso do álcool tem sido cada vez mais frequente entre jovens
O alcoolismo é uma doença crônica que
consiste no consumo compulsivo do álcool, fazendo com que o indivíduo se torne
cada vez mais tolerante a ele, causando crises de abstinência quando
não ingerido. As crises se caracterizam por meio de tremores,
irritabilidade, náusea, ansiedade, taquicardia e pupilas dilatadas.
Não se sabe precisamente a relação entre
alcoolismo e hereditariedade, entretanto é de conhecimento que a relação
existe: um indivíduo tem quatro vezes mais chances de ter problemas com a
bebida se seus pais eram alcoólatras. Estrutura psíquica e influências
familiares e culturais são outros aspectos que podem levar a essa moléstia.
Por se tratar de uma sociedade em que o uso do
álcool não é considerado um comportamento ilícito, e também pela falta de
clareza entre o que é beber socialmente, abuso e o que já caracteriza o vício,
o acesso a essa substância é relativamente fácil, fazendo com que ela seja a
substância psicoativa mais popular do planeta. Assim, não é raro vermos
adolescentes ou mesmo crianças fazendo o uso dele e até grupos idolatrando a
ingestão de bebidas alcoólicas e comportamentos de embriaguez.
Um primeiro ponto é que o alcoolismo não se dá de
forma imediata. Geralmente se torna um hábito, tomando um papel de destaque na
vida do sujeito. Embriaguez, alteração drástica de humor e, após o evento,
“ressaca moral”, vão se tornando cada vez mais frequentes: casos sucessivos de
abuso do álcool.
Beber pela manhã nos últimos doze meses; tentar,
sem sucesso, parar de fazer o uso do álcool por uma semana ou mais; sentir
ressentimento das pessoas que tentam oferecer conselho em relação a esta
temática; problemas no lar por causa da bebida; não se lembrar de certos
momentos que ocorreram enquanto fazia o uso do álcool, dentre alguns outros
sintomas, podem indicar o alcoolismo em potencial ou propriamente dito.
Em nosso país, aproximadamente 15% da população
sofre deste mal, que pode, a longo prazo, causar doenças como
câncer na boca, língua, fígado e outras regiões do sistema digestório; danos
cerebrais irreversíveis; problemas no sistema cardíaco; malformações, em caso
de gestantes alcoólicas, e diminuição da produtividade no trabalho.
Sob o efeito do álcool, o indivíduo pode ter
comportamentos não convencionais em virtude da perda de inibição. Exemplos:
usar outras drogas, dirigir em alta velocidade, chorar, discutir, ser violento,
dentre outros. Essas atitudes, além de causar problemas a ele próprio, podem
gerar desconforto e até consequências mais drásticas a outras pessoas.
O diagnóstico para o alcoolismo
consiste em entrevista com o indivíduo e pessoas próximas, além de exame
físico. De acordo com o grau de dependência e estado de saúde em que se
encontra, o tratamento é indicado. Como na maioria dos casos a
pessoa não reconhece a sua doença, a internação é, geralmente, necessária.
Psicoterapia é sempre indicada, a fim de evitar recaídas e tratar a dependência
psicológica ou os motivos que levaram a pessoa a fazer o uso abusivo do álcool,
como fatores existenciais. O Alcoólicos Anônimos pode ser uma boa alternativa
para controlar a dependência química e aprender a lidar com a doença.
Por Mariana AraguaiaGraduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
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