Caso aconteceu em 2011, em Curitiba; ação foi julgada na segunda (29).
Metade da pena deve ser cumprida em instituição voltada para deficientes.
Mirella Prosdócimo foi a autora da ação contra a mulher que estacionou no supermercado (Foto: Reprodução/RPC TV)
Uma mulher que tentou agredir uma deficiente física dentro do
estacionamento de um supermercado de Curitiba, foi condenada pela
Justiça a pagar 40 horas de serviços comunitários. As horas devem ser
"pagas" em até dois meses e, de acordo com a decisão, pelo menos, metade
deverá ser executada em uma instituição voltada para atender pessoas
com necessidades especiais. O caso ocorreu em março 2011 e a ação foi
julgada na segunda-feira (29).
"Achei uma pena muito justa, quem sabe assim ela mude de pensamento com
relação a esse público que precisa de muita atenção", relata a autora
da ação, Mirella Prosdocimo, que aos 17 anos, após sofreu um acidente de
carro, ficou tetraplégica.
Mirella contou que a tentativa de agressão ocorreu depois que ela pediu
para a mulher, que havia estacionado em uma vaga destinada à deficiente
físico, retirar o carro. "Eu já tinha estacionado o meu carro e vi
quando ela chegou com dois filhos e estacionou na vaga preferencial.
Como percebi que ela não tinha nenhuma deficiência, eu tentei
convencê-la a tirar o carro, mas ela não fez isso e entrou normalmente
para fazer as compras", relatou.
Indignada com a reação da mulher, Mirella ligou para o 156 - Central de
Atendimentos e Informações da Prefeitura de Curitiba. Mirella disse que
ligou para a extinta Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran),
porém, em 20 minutos, nenhum agente chegou. Neste período, a mulher
terminou as compras e elas se encontraram novamente no estacionamento.
"Antes de ela ir embora eu ainda questionei o erro novamente e disse que ela não estava dando um bom exemplo para os filhos. Depois disso, quando citei os filhos, ela se alterou e tentou me agredir fisicamente. E isso só não aconteceu porque eu estava com duas auxiliares, que se colocaram à frente e impediram à agressão".
"Antes de ela ir embora eu ainda questionei o erro novamente e disse que ela não estava dando um bom exemplo para os filhos. Depois disso, quando citei os filhos, ela se alterou e tentou me agredir fisicamente. E isso só não aconteceu porque eu estava com duas auxiliares, que se colocaram à frente e impediram à agressão".
Na época, lembrou Mirella, ela ficou revoltada com a situação e que
tentou pedir ajuda ao gerente do supermercado. Mas, de acordo com ela,
ele disse que não poderia ajudar. Ainda segundo Mirella, a mulher foi
embora sem, sequer, ser advertida.
A pena restritiva de direito foi sugerida pelo Ministério Público (MP).
Conforme a ata de audiência de transação, que foi realizada no Fórum
Descentralizado do Santa Felecidade, a mulher aceitou as 40 horas de
serviço comunitário e compromete-se a cumpri-las integralmente.
Adesivo
no carro de Mirella, que atualmente e secretaria municipal da Pessoa
com Deficiência, indica respeito e preferência às pessoas com
deficiência (Foto: Reprodução/RPC TV)
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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