Rotina de cuidar do trabalho e casa pode fazer mal ao coração da mulher.
Depois da menopausa, coração fica desprotegido e o risco pode aumentar.
O estresse do dia a dia é um problema para a saúde dos homens e também
das mulheres, que costumam ter jornadas intensas cuidando do trabalho,
da família e também da casa. Essa rotina pode ser um fator de risco para
a saúde do coração, como explicaram os cardiologistas Roberto Kalil e Ludhmila Hajjar no Bem Estar desta terça-feira (23).
Além do estresse, a mulher que fuma e também toma pílula
anticoncepcional corre 40 vezes mais riscos de ter um infarto, como
alertou a cardiologista Ludhmila Hajjar. Se ela precisar tomar pílula, é
importante procurar orientação médica, largar o cigarro, se alimentar
bem e também fazer exercícios físicos.
Isso porque o sedentarismo também aumenta o risco de problemas
cardíacos, assim como a genética, hipertensão, colesterol alto, diabetes
e o excesso de peso. No caso da mulher, até mesmo a menopausa pode ser
um fator de risco porque pode causar um bloqueio no fluxo sanguíneo da
artéria do coração, o que pode levar também a um infarto.
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, a mulher jovem produz
estrogênio, hormônio que protege o coração – depois da menopausa, a
produção desse hormônio fica comprometida, o coração fica desprotegido.
Somado a alguns fatores de risco, a paciente pode então ter uma doença
do coração ou um infarto. Porém, o médico lembrou que o problema pode
acontecer em qualquer idade, especialmente se a pessoa já tiver
predisposição.
A cardiologista Ludhmila Hajjar lembrou também que a reposição
hormonal, se combinada a outros fatores, também pode causar trombose e,
consequentemente, infarto. Por isso, a reposição deve ser feita sempre
com orientação de um médico, que vai avaliar se a paciente tem algum
fator de risco e se pode prosseguir com o tratamento.
Em relação aos sintomas, nas mulheres não são tão diferentes do que os homens costumam sentir.
O que acontece, na verdade, é que a mulher tem os sinais de infarto
muito mais fortes porque os homens são mais frágeis à dor, ou seja,
procuram o médico por causa de qualquer problema. Por isso, quando o
infarto acontece na mulher, geralmente é mais grave já que ela agüenta
mais a dor e só procura ajuda muito tempo depois.
A dica da cardiologista Ludhmila Hajjar é sempre procurar um médico no
caso de uma dor no peito que se irradia para o braço, especialmente se
esse sintoma aparecer sem nenhum estímulo. Além dessa dor, a mulher pode
sentir também cansaço e dor na mandíbula, falta de ar, indigestão,
náuseas, dor nas costas, dor no punho e até pressão na barriga, como
mostraram os depoimentos das telespectadoras Georgina Chaves Bonfim
Moreira e Sonia Erica Freitas.
Como medida de prevenção, o cardiologista Roberto Kalil alerta que é
importante ter uma boa alimentação, diminuir o consumo de sal, fazer
atividade física e também evitar situações de estresse.
Foi isso que fez a telespectadora Irma Luzia Santos, que era hipertensa
e tinha os níveis de glicemia e colesterol altos. Após a mudança nos
hábitos e uma vida com menos açúcar, menos sal e mais exercícios
físicos, ela conseguiu reverter o quadro e ainda perder 10 kg.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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