quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Justiça autoriza casamento de argentina com assassino de sua irmã



Da EFE
 
A Justiça argentina autorizou o casamento de uma jovem com um homem sentenciado a 13 anos de prisão pela participação no assassinato de sua irmã gêmea em 2010.

A juíza Gabriela Zapata, cidade de Pico Truncado (a 1.572 quilômetros de Buenos Aires), autorizou o enlace civil após realizar estudos psicológicos em Edith Casas, de 22 anos, noiva de Víctor Cingolani, que cumpre pena por seu envolvimento na morte de Johana Casas.

A mesma juíza havia suspendido o casamento no mês passado após uma apresentação judicial dos pais da jovem, que se opõem ao casamento.

 'Ninguém pode me impedir', diz Edith Casas , noiva do assassino da irmã (Foto: Reprodução)
'Ninguém pode me impedir', disse Edith Casas , noiva do assassino da irmã, ao jornal 'Clarin' em dezembro de 2012 (Foto: Reprodução)

Fontes judiciais citadas pela imprensa local indicam que os estudos realizados em Edith determinaram que a moça "não apresenta disfunção psicológica ou mental que lhe impeça de contrair matrimônio".

"Acho que já não posso fazer nada", disse nesta quarta-feira (23) a mãe da moça, Marcelina Orellana, em entrevista à agência oficial "Télam".

Ao solicitar em dezembro à Justiça que impedisse o casamento, a mãe de Edith tinha assegurado que sua filha não se encontrava "no pleno uso de suas faculdades", que estava "privada de sua razão e pondo em risco sua integridade física e psíquica".

Durante o julgamento que se seguiu pelo assassinato de sua irmã gêmea, Edith acusou seu futuro marido de tê-la violentado em reiteradas oportunidades, mas depois disse à imprensa local que fez isso "por pressões de sua família".

Cingolani foi considerado partícipe no homicídio da modelo Johana Casas, de 20 anos, assassinada com dois tiros em 2010, e condenado a 13 anos de prisão em junho do ano passado.

O homem, que cumpre sua pena em uma prisão de Pico Truncado, garante ser inocente na morte da jovem, que também foi sua namorada.

Marcelina Orellana disse a "Télam" que há dois meses não fala com sua filha, que, apontou, "foi embora de casa e vive com a família do assassino de sua irmã".

FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO















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