EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS. Valores são descontados dos contracheques, mas banco não reconhece
Secretaria da Fazenda alega que problema se deve a uma diferença na data de compensações da Caixa para todo o País
Foto: RICARDO LÊDO - ARQUIVO GA
Por: MILENA ANDRADE - REPÓRTER
Imagine passar por um aperto financeiro, precisar
fazer um empréstimo, honrar pontualmente com as parcelas junto ao credor
todos os meses e, ainda assim, ser importunado por incessantes e
incômodas cobranças em casa e até no ambiente de trabalho, gerando uma
situação constrangedora junto aos colegas e à chefia. Pois, é essa a
realidade atual de muitos servidores públicos estaduais que optaram por
fazer empréstimos consignados. O governo vem descontando,
infalivelmente, as parcelas dos financiamentos, mas tem enfrentado
problemas ao efetuar os repasses à Caixa Econômica Federal (CEF).
Um servidor do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP), que preferiu não se identificar, procurou a reportagem da Gazeta para relatar o que classificou de “verdadeiro inferno” em sua vida. Desde maio, os telefonemas e cartas do setor de cobrança da Caixa entraram na sua rotina. São várias ligações diárias para a sua casa, para o celular e para o seu trabalho. “É complicado e muito constrangedor. Um dia desses, no trabalho, tive que explicar que não devia nada, que aquilo vem descontado no meu salário e todo mundo ouviu. Em casa, nem atendo mais ao telefone fixo, fiquei com trauma”, conta o servidor.
Incomodado com as cobranças mensais, que duram alguns dias todos os meses e depois cessam, e com medo de ter o nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa, o funcionário do IZP pegou as cartas e foi até sua agência saber do gerente o que estava acontecendo. A explicação da Caixa complicou ainda mais a resolução do seu problema, pois, segundo o gerente, o governo do Estado vem atrasando os repasses dos empréstimos ao banco e, sem pagamento, o setor de cobrança é acionado automaticamente.
Um servidor do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP), que preferiu não se identificar, procurou a reportagem da Gazeta para relatar o que classificou de “verdadeiro inferno” em sua vida. Desde maio, os telefonemas e cartas do setor de cobrança da Caixa entraram na sua rotina. São várias ligações diárias para a sua casa, para o celular e para o seu trabalho. “É complicado e muito constrangedor. Um dia desses, no trabalho, tive que explicar que não devia nada, que aquilo vem descontado no meu salário e todo mundo ouviu. Em casa, nem atendo mais ao telefone fixo, fiquei com trauma”, conta o servidor.
Incomodado com as cobranças mensais, que duram alguns dias todos os meses e depois cessam, e com medo de ter o nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa, o funcionário do IZP pegou as cartas e foi até sua agência saber do gerente o que estava acontecendo. A explicação da Caixa complicou ainda mais a resolução do seu problema, pois, segundo o gerente, o governo do Estado vem atrasando os repasses dos empréstimos ao banco e, sem pagamento, o setor de cobrança é acionado automaticamente.
FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS
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