Futuros companheiros de Ferrari em 2014, Alonso e Kimi - com infiltração nas costas - também brilham e fecham o pódio. Massa termina em sexto
No iluminado circuito de Marina Bay, palco do GP de Cingapura deste domingo, Sebastian Vettel escolheu uma pintura especial de capacete, com direito a glitter e faixas refletivas, para brilhar na única corrida noturna da temporada. E tão brilhante quanto seu capacete foi sua atuação na 13ª etapa de 2013. Pole position, levou um susto apenas na largada, quando foi ultrapassado por Nico Rosberg (Mercedes). Mas deu o troco no compatriota na curva seguinte e, daí em diante, disparou na frente com sua potente RBR. Com um ritmo alucinante, parecia correr em uma categoria à parte, não sendo ameaçado em mais nenhum momento até cruza a linha de chegada em primeiro, com mais de 30s de vantagem sobre o segundo colocado. Um passeio que por questão de segundos não terminou no limite de duas horas, na mais longa corrida do ano. A soberania do alemão foi tanta que ele alcançou o chamado “Grand Chelem”, algo raro na Fórmula 1: pole, volta mais rápida e vitória liderando todas as voltas. Foi seu terceiro na carreira. O recordista é Jim Clark, com oito.
Sebastian Vettel comemora vitória com seu capacete reluzente em Cingapura (Foto: Getty Images)
Palmas para eles! Alonso, Vettel e Kimi recebem aplausos no pódio. Trio brilhou (Foto: Getty Images)
Em sua primeira corrida após o anúncio de que não seguirá na Ferrari no próximo ano, Felipe Massa teve altos e baixos. Após largar em sexto, optou por colocar pneus supermacios no momento que o Safety Car foi para a pista, adotando uma tática de três pit stops. Fazendo uma parada a mais que seus rivais, acabou perdendo posições. Mas nas voltas finais, conseguiu encaixar uma reação e diminuiu o prejuízo. Deixou adversários com pneus mais gastos para trás, para cruzar na mesma sexta colocação.
Felipe Massa teve atuação discreta em Cingapura (Foto: Getty Images)
Enquanto Vettel recebia a bandeirada e assistia ao espetáculo de fogos especialmente preparado para a chegada do GP, seu companheiro de RBR, Mark Webber, via seu carro pegar fogo na última volta. A pé, o australiano arranjou uma carona no carro do amigo Alonso após a corrida. Cena rara hoje em dia, mas comum na "era romântica" da F-1, sendo a mais famosa delas protagonizada por Ayrton Senna e Nigel Mansell no GP da Inglaterra de 1991. A prática, no entanto, é passiva de punição atualmente em razão da interpretação de algumas regras e Webber e Alonso estão sendo investigados.
Webber chega aos boxes de carona na Ferrari de Alonso (Foto: Getty Images)
Esta é a terceira vitória seguida de Vettel na temporada, a sétima no ano. O alemão da RBR chegou também a 33 triunfos na Fórmula 1, ultrapassando o rival Alonso e se isolando como o quarto maior vencedor da história da categoria. O triunfo deixa Vettel cada vez mais próximo do tetra. Restando seis etapas para o fim da temporada, o alemão soma 247 pontos, 60 a mais que o vice-líder Fernando Alonso. Felipe Massa segue em sétimo.
Próxima etapa: GP da Coreia do Sul, 6 de outubro
A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, com o GP da Coreia do Sul, válido pela 14ª etapa da temporada, com treino classificatório e corrida transmititos ao vivo pela TV Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM. Os treinos livres são exibidos pelo SporTV.
Rosberg deu o bote em Vettel logo nos primeiros metros e assumiu a ponta. Mas foi por uma fração de segundos. O alemão da RBR foi rápido, deu o troco na curva seguinte e retomou o primeiro lugar. O destaque da largada foi Alonso. Com a “faca nos dentes”, o espanhol pulou de sétimo para terceiro, deixando Massa, Hamilton, Webber e Grosejan para trás. Hamilton tomou o sexto lugar do brasileiro da Ferrari, mas como usou a parte de fora da pista, precisou devolver a posição. Após o susto do início, Vettel começou seu cruzeiro. Em apenas cinco voltas, disparou na ponta, abrindo mais de seis segundos sobre Rosberg. Alonso aparecia em terceiro, seguido por Webber, Grosjean, Massa e Hamilton.
Correndo com dores nas costas, Raikkonen abriu as atividades nos boxes no 12º giro. O finlandês, que era 10º, retornou em 19º. Dos ponteiros, o primeiro a fazer seu pit stop foi Felipe Massa, logo na volta seguinte, caindo para 13º.
Líder, Vettel estendeu o quanto pôde sua permanência na pista, parando apenas na volta 17, e ainda assim retornou com folga sobre Rosberg na ponta. Neste momento, Di Resta, em terceiro, era o único do grid a não ter visitado os boxes. Quando o escocês da Force India finalmente fez seu pit stop, Alonso subir para terceiro, seguido de perto por Webber e Grosjean. Em sexto aparecia Hamilton, que havia ganhado a posição de Massa na parada.
O Safety Car, figurinha recorrente em todas as corridas disputadas até hoje em Cingapura, enfim deu as caras na 25ª volta. Graças a Daniel Ricciardo. O jovem australiano freou tarde demais, fritou pneus e perdeu o controle de sua STR, acertando com força a barreira de proteção na saída da curva 17. Nos boxes, admitiu o erro em entrevista à TV Globo.
Daniel Ricciardo encontrou o muro em Cingapura (Foto: Reuters) Safety car promove variedade de estratégias e movimenta a corrida
A relargada se deu na 31ª volta e não houve mudanças no pelotão da frente. Vettel manteve a ponta com extrema facilidade, com Rosberg em segundo, seguido por Webber, Hamilton, Alonso, Grosjean, Di Resta, Massa, Button e Raikkonen. A supremacia de Vettel era tão grande que em apenas duas voltas após a saída do Safety Car, o alemão da RBR já havia colocado uma vantagem de mais de cinco segundos sobre Rosberg.
Entrada do Safety Car movimentou a corrida deste domingo (Foto: AFP)
No 34º giro, Grosjean, que fazia boa prova, foi para os boxes com problemas no motor de sua Lotus e ficou muito tempo parado, voltando em último, com a corrida totalmente prejudicada. Com isso, Massa subiu para a sétima posição. Voltas depois, o francês retornou ao pit e recolheu para a garagem.
Nesse momento, a grande expectativa da corrida era com relação à estratégia de pit stops. Os quatro primeiros colocados, Vettel, Rosberg, Webber e Hamilton, além do sexto, Di Resta, pararam apenas uma vez nos boxes. Enquanto os demais haviam feito uma segunda parada durante o Safety Car. O mais bem colocado deste segundo grupo era Alonso, em quinto. Os ponteiros conseguiriam terminar a prova com uma parada a menos? Ou tentariam abrir vantagem suficiente para visitar os boxes tantas vezes quanto os rivais? Quem parou durante o carro de segurança faria novo pit stop?
Webber fez sua segunda parada na 40ª volta e retornou em 12º com ritmo forte, obrigando a Mercedes a chamar Rosberg para os boxes. Em vão. Quando voltou à pista, Nico viu o australiano tomar sua posição. Hamilton também parou, fazendo Alonso subir para segundo, acompanhado por Button e Raikkonen. Massa fez seu terceiro pit stop e retornou em 12º.
Vettel foi aos boxes no 44º giro. E poderia até tomar um cafezinho, já que sua vantagem para Alonso, segundo colocado naquele momento, era de 30s. O alemão seguiu com folga na ponta e a partir daí precisava apenas levar o carro até a bandeirada para comemorar mais uma vitória.
Em razão da variedade de estratégias, os instantes finais da corrida se tornaram imprevisíveis, exceto a vitória de Vettel, claro. Alonso, Button, Raikkonen, Pérez e Hulkenberg, que haviam parado nos boxes durante o período de safety car, tentavam levar seus carros até o fim com os pneus desgastados. Enquanto, Webber, Rosberg, Hamilton e Di Resta, que pararam nos boxes depois, possuíam compostos mais frescos e vinham com fome em busca de posições. Atrás deles, aparecia Massa em 11º, que precisou fazer um terceiro pit stop.
A seis voltas do fim, Di Resta quase acabou com a festa ao bater no muro. Mas os fiscais agiram rápido na retirada do carro da Force India. Com bandeira amarela localizada, o safety car não precisou entrar e os pegas continuaram. Raikkonen protagonizou uma bela ultrapassagem sobre Button na curva 14 e assumiu o terceiro lugar. Com pneus em frangalhos, o britânico da McLaren despencou no pelotão, sendo superado também por Webber, Rosberg, Hamilton e Massa.
Em mais uma corrida com problemas no câmbio, Webber ficou lento no fim e foi superado por Hamilton e Rosberg na última volta. Massa também conseguiu ganhar a posição do australiano, subindo para sexto. Nos metros finais, Webber via sua RBR pegar fogo. Enquanto isso, seu companheiro Vettel, com a outra RBR, cruzava a linha de chegada e assistia ao espetáculo de fogos especialmente preparado para o GP de Cingapura.
1) Sebastian Vettel (ALE/RBR): 61 voltas em 1h59m13s132
2) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) + 32s627
3) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) + 43s920
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) + 51s155
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) + 53s159
6) Felipe Massa (BRA/Ferrari) + 1m03s877
7) Jenson Button (ING/McLaren) + 1m23s354
8) Sergio Pérez (MEX/McLaren) + 1m23s820
9) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) + 1m24s261
10) Adrian Sutil (ALE/Force India) + 1m24s668
11) Pastor Maldonado (VEN/Williams) + 1m28s479
12) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) + 1m37s894
13) Valtteri Bottas (FIN/Williams) + 1m45s161
14) Jean-Eric Vergne (FRA/STR)+ 1m53s512
15) Mark Webber (AUS/RBR) + 1 volta
16) Giedo van der Garde(HOL/Caterham) + 1 volta
17) Max Chilton (ING/Marussia) + 1 volta
18) Jules Bianchi (FRA/Marussia) + 1 volta
19) Charles Pic (FRA/Caterham) + 1 volta
Não completaram:
Paul Di Resta (ESC/Force India) + 7 voltas
Romain Grosjean (FRA/Lotus) + 24 voltas
Daniel Ricciardo (AUS/STR) + 38 voltas
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário