Conselho Eleitoral auditará mais 46% dos votos das 'urnas de garantia'.
Opositor e derrota Henrique Capriles aceitou recontagem de votos.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) auditará 100% das
urnas após a eleição presidencial de domingo (14), vencida pelo chavista
Nicolás Maduro, anunciou a presidente do órgão, Tibisay Lucena, acrescentando que a decisão não envolve a recontagem de todos os votos.
"Acertamos, com base no que é permitido na legislação eleitoral,
ampliar a auditoria de verificação cidadã (...) para analisar 46% das
urnas 'de garantia' que não foram auditadas no dia da eleição", disse
Lucena.
O CNE já havia auditado 54% das urnas 'de garantia' após a vitória de Maduro sobre o opositor Henrique Capriles, por uma diferença de pouco mais de 230 mil votos.
A presidente do CNE explicou que, para que a auditoria envolva 100% das
urnas de 'garantia' - que guardam os comprovantes emitidos contra cada
voto eletrônico - será selecionada "uma amostra" de 46% das urnas ainda
não auditadas, e que o processo durará 30 dias.
Opositor
e derrotado Henrique Capriles discursa após a divulgação dos resultados
eleitorais de domingo (14). (Foto: Ronaldo Schemidt / AFP Photo)
Capriles, que contesta a vitória de Maduro e aponta uma série de
irregularidades no processo eleitoral, concordou com a decisão. "Vamos
estar presentes nesta auditoria", afirmou Capriles, que não reconheceu
os resultados e pressionava o governo desde o domingo com manifestações
nas ruas e panelaços.
"Consideramos que nestas 12 mil urnas (que serão abertas para
auditoria) estão os problemas. Poderemos perfeitamente mostrar ao país a
verdade", disse Capriles, que felicitou seus seguidores pela luta até a
decisão do CNE.
O
Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela proclamou segunda-feira (15)
Nicolás Maduro como novo presidente. (Foto: Juan Barreto / AFP Photo)
Maduro, que assumirá a presidência da Venezuela
nesta sexta-feira (19), na presença de delegações de mais de 20 países,
estava na noite desta quinta (18) em Lima, no Peru, participando da
reunião de emergência da União das Nações Americanas (Unasul) sobre a
crise na Venezuela.
Encabeçada pela presidente Dilma Rousseff, a cúpula extraordinária em
Lima reunia todos os presidentes sul-americanos, exceto o equatoriano
Rafael Correa, que está na Europa.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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