segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Profissionais que mudam muito de emprego têm má reputação

Profissional que para pouco no emprego é mais descartado nas seleções.
Cinco trocas em 10 anos já é suficiente para taxar candidato de instável.

Do G1, em São Paulo


Os profissionais com histórico de pouca permanência nas empresas por onde passaram são descartados dos processos de seleção, segundo 95% dos CFOs (diretores financeiros) brasileiros. Os dados fazem parte de um levantamento da Robert Half e mostram que cinco trocas de emprego em 10 anos já é o suficiente para taxar um candidato de instável, na opinião de 20% dos entrevistados. Outros 18% consideram sete um número alto de mudanças durante uma década e 15% apontam ser preocupante 10 transições, no mesmo período. Para 15%, três movimentações nesse intervalo de tempo já merecem atenção.

Segundo Sócrates Melo, diretor da Robert Half, o profissional valorizado no mercado de trabalho é aquele capaz de completar ciclos de projetos e aprendizados. “A contratação é um investimento da empresa no colaborador. Se ele não permanece tempo suficiente para atuar nos projetos do início até o momento de colher os resultados, torna-se difícil compreender sua capacidade de entrega e seu valor para a organização”, explica. “Claro que há razões plausíveis para curtas permanências. Mas o profissional pode ser classificado como instável caso as mudanças sigam um padrão e não tenham justificativas claras”.

O estudo da Robert Half considerou a opinião de 1.185 CFOs da Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, França, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Japão. Na média mundial, cinco mudanças de emprego do candidato em um período de 10 anos colocam o recrutador em estado de atenção. Quanto à probabilidade de desconsiderar o currículo de um profissional instável, o índice de maior intolerância encontra-se em Hong Kong, onde 100% dos gestores evitam currículos com esse histórico.

Soluções
Com o objetivo de barrar a rotatividade, os CFOs brasileiros têm utilizado como principal estratégia de retenção o aumento da remuneração, de acordo com 60% dos entrevistados, seguida por melhorias e benefícios flexíveis (54%), treinamento e desenvolvimento profissional (49%), plano de carreira (35%), flexibilidade de horário e local de trabalho (26%) e contraproposta (24%). Na média mundial, melhorias e benefícios flexíveis estão no topo da lista do plano de retenção, segundo a percepção de 52% dos entrevistados.






FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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