Cerca de 400 alunos usaram a câmera do celular para leitura de códigos.
Estudantes tiveram de resolver problemas de cálculo e raciocínio lógico.
Estudante usa telefone celular para ler "QR Code" afixado na parede do colégio (Foto: Gabriel Luiz/G1)
“No primeiro momento, os alunos tiveram de elaborar um mapa do colégio. Depois espalhamos as pistas com os códigos por todo o colégio, de acordo com a série deles. Em grupos de três, eles tinham de procurar no mapa onde estariam as dez questões que precisavam resolver”, afirmou Prates, que ensina matemática há 19 anos.
Reações
A diretora do colégio, Irmã Maria de Lourdes Campanharo, deu aval para Prates e outro professor de matemática, Cleber Oliveira, baixarem um aplicativo que permite ler os códigos no celular dos estudantes. Para a responsável da escola, o evento “deixou a meninada entusiasmada”.
Alunos resolvem juntos problema de matemática (Foto: Gabriel Luiz/G1)
A ideia surpreendeu os próprios alunos. “Eu já gostava de matemática e achei bem inovador. Todo mundo já usava o celular, mas agora foi durante a aula”, disse o estudante Pedro Souza, de 16 anos. A colega dele, Geovanna Gomes, também com 16 anos, afirmou ter saciado a curiosidade: “Sempre via aqueles codigozinhos, mas não sabia para que existiam. A gente aprendeu que tem como usar o celular de forma interativa e educacional”.
Até quem não se sente muito à vontade com a disciplina gostou da gincana. O aluno de 13 anos Pedro Silva relatou ter dificuldade com a matéria, mas disse que o evento foi “prazeroso”. “Perdi o medo de matemática. As questões que a gente teve de resolver eram sim possíveis de ser feitas.”
Para a estudante de 16 anos Ana Gabriela Reis, matemática é um “desafio para a maioria das pessoas”. “Quem não tem medo de matemática?”, questionou. A garota afirmou que o celular deixou o evento mais divertido. “Antes a olimpíada era uma prova muito chata. Dessa vez foi muito mais legal”, disse. “Minha mãe sempre briga quando trago o celular para a escola. Agora acho que ela vai me dar um desconto.”
Tecnologia
Segundo o professor Cristiano Prates, o Brasil está na quinta posição dentre os países com os índices mais baixos de rendimento em matemática. O objetivo dele era utilizar a tecnologia para “diminuir o ranço” pela matéria, em uma olimpíada que, ao final, só valia um ponto extra na média.
Estudantes buscam resultado de problema lógico (Foto: Cristiano Prates/Arquivo pessoal)
“Muita gente reprova a tecnologia, mas se você souber usar a favor do aluno, isso muda tudo. É bem melhor trazer o celular para a sala de aula do que obrigar a guardá-lo na gaveta. É preciso mais do que o lápis e caderno para motivar”, disse a diretora, Irmã Campanharo.
Para o outro professor de matemática do colégio Cleber Oliveira, a ideia de usar o celular permitiu atingir três objetivos. “Em uma única atividade, eles trabalharam o quesito de cooperação, noção espacial e raciocínio lógico-numerativo. Com isso, os alunos conseguiram lidar com as informações de várias formas apresentadas”, disse.
O G1 mostra a seguir um tipo de desafio que os estudantes tiveram de resolver. Para fazer a leitura do código, basta baixar um aplicativo que leia QR Code no celular e aproximar a câmera da tela do computador.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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