segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Seu bebê: do berço para a cama

Ajude seu filho a fazer uma transição tranquila e segura para a cama.

 Yahoo Brasil/Getty Images - Ajude seu filho a fazer uma transição tranquila e segura para a cama.


Para papais e mamães de plantão, não importando a idade do bebê, o seu cotidiano estará sempre cercado de providências. E um desses cuidados é tentar decidir sobre a hora certa de tirar o pequeno do berço e levá-lo para a primeira caminha. 

A pediatra Thatiane Mahet - que detém os títulos de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria - ajuda a esclarecer dúvidas nesse sentido.

Até quando crianças devem dormir em berços?
"Não existe idade certa para os pais trocarem o berço pela cama. Todos as medidas a serem tomadas com a criança devem ser gradativas, respeitando-se sempre a maturidade e o desenvolvimento de cada uma. Dentro desse enfoque, a criança só deve ser colocada na cama quando já souber sair dela sem cair. Uma criança aprende espontaneamente a virar de costas e sair da cama. Quando ela aprende isso, está apta a ir para a cama", explica Thatiane.

A médica lembra também que esse tipo de mudança, geralmente, é natural, afinal os pais percebem facilmente quando o filho está pronto para uma adaptação (já esperada). A pediatra detalha que - quando se dá esse estágio (que antecipa a mudança do berço para a cama), a criança já está em plena mobilidade: "Em tal momento, ela mostra desenvoltura, por exemplo, ao descer do sofá; do mesmo modo, sobe e desce de brinquedos, assim como sobe e desce escadas tranquilamente". 

Mas ela define que não há uma idade certa para a substituição do berço para a cama, pois esse grau de maturidade (psicológica e motora) - embora ocorra em torno dos 2 anos para a maioria das crianças - pode variar, de fato, ocorrendo mais cedo ou mais tarde, dependendo da criança.

Como ajudar seu filho a fazer uma transição tranquila para a cama?
A pediatra alerta para uma necessidade: a de não fazer a transição junto com outra mudança, como o desfraldamento e a troca de quarto. "O momento da mudança deve ser gradativo, respeitando-se os limites da criança. Ainda assim, se durante a transição a criança apresentar dificuldades, também não deve ser levada de volta ao berço, porque isso representaria um passo atrás. Por isso, antes de ser colocada em prática, a novidade deve ser bem estudada pelos pais e conversada com o pediatra, que pode esclarecer quanto ao momento mais adequado para a mudança".

A questão da segurança / integridade física
Quanto à possibilidade das temidas quedas no período, Thatiane Mahet orienta a respeito da prevenção destas. A pediatra esclarece que, para isso, um quesito importante é a proteção lateral adequada. Nessa linha de segurança, ela diz que outro fator determinante é o (devido) ajustamento do lençol à cama: ele deve ficar bem preso às bordas, a fim de evitar que - com a mudança de posição -, se desprenda do colchão e isso prejudique o equilíbrio da criança. Mahet recomenda o mesmo cuidado quanto aos outros objetos presentes na cama, além do travesseiro da criança, naturalmente.

Os melhores modelos de camas para o momento pós-berço
Quanto aos modelos mais indicados, a médica orienta para que tais camas sejam baixas (a menor altura possível) e possuam encosto lateral - que impeça uma possível queda da criança ao se virar dormindo. Ela também faz outra ressalva quanto à altura: que esta seja aumentada gradativamente, ou seja, de acordo com a idade da criança.

Outras medidas de segurança no modelo das caminhas - e seus acoplamentos na rotina - referem-se àqueles protetores laterais portáteis, os quais podem ser levados em viagens e visitas (durante as quais as crianças irão dormir em camas convencionais, ou seja, maiores).

A recomendação final da médica é, segundo ela, outro critério de suma importância: a necessidade de que os pais verifiquem se a cama tem o selo do Inmetro

A cama de transição segundo designers de móveis
Também a opinião de profissionais de espaço e mobiliário deve ser levada em conta. As arquitetas e designers Leila Bittencourt e Fernanda Casagrande, sócio-proprietárias do espaço Oba! Arquitetura - showroom que reúne móveis e acessórios criados, com exclusividade, para quartos de bebês, crianças e jovens, dão sua opinião. 

A orientação de Leila Bittencourt baseia-se principalmente na questão da durabilidade. Segundo a arquiteta, mesmo havendo opções até baratas no mercado, não é interessante para os pais investirem na minicama, por exemplo. Esta é aquela pequena cama de grade, normalmente oprotótipo da caminha (bem infantil) para a qual a criança logo passa após o berço. Ela esclarece que a aplicabilidade da minicama nunca ultrapassa o período de dois anos. Por isso, recomenda uma cama normal - à qual são adaptadas grades removíveis -, que pode durar até seis ou mais anos, em média. "Se os pais já acabaram de trocar o berço do bebê, não há por que adotarem outro móvel para logo ser substituído". 

A decoração como reaproveitamento da cama e do espaço do quarto
A designer, que também é decoradora, dá exemplos de cama de transição de muitos clientes mirins. Também exemplifica o caso do filho: "Ele usa essa cama desde os 3 anos; hoje, seis anos depois, as grades saíram para se adaptarem à sua nova idade e características decorrentes, como liberdade de ação", detalha. 

A sugestão de Leila Bittencourt e Fernanda Casagrande é que - para a modificação do móvel acompanhando o crescimento da criança - sejam usados elementos de adorno - e também conforto - como almofadas variadas e de tamanhos diferentes sobre a cama, por exemplo. No restante do quarto, os próprios recursos que uma boa decoração permite: painéis e acessórios acoplados - com peças móveis - que dão versatilidade ao cenário em torno da cama. Esta possui rodízios, de maneira que a criança possa afastá-la, ampliando e aproveitando melhor o painel decorativo que dá possibilidade a brincadeiras na dinâmica diária. 



FONTE: YAHOO BRASIL MULHER

Nenhum comentário:

Postar um comentário