Cardeais
fizeram 10ª e última reunião preparatória para o conclave.
Escolha do sucessor de Bento XVI começa nesta terça (12) no Vaticano.
Juliana Cardilli Do G1, no
Vaticano
A décima e última congregação geral de cardeais,
que prepara o conclave para escolher o novo Papa, ocorreu na manhã desta
segunda-feira (11) no Vaticano,
com a participação de 152 cardeais, informou o porta-voz do Vaticano, padre
Federico Lombardi.
O conclave para escolher o sucessor de Bento XVI,
que renunciou em 28 de fevereiro, deve começar nesta terça-feira (12), mas o
padre Lombardi disse que "dificilmente" o nome do novo Papa deve sair
na primeira votação.
No total, 28 cardeais falaram na congregação
geral desta segunda, completando um total de 161 intervenções em todas as
congregações.
Entre os assuntos tratados, esteve a situação
financeira do Vaticano e do Banco do Vaticano. O cardeal camerlengo Tarcisio
Bertone, administrador interino da Santa Sé durante a vacância, fez uma pequena
apresentação sobre o tema, segundo Lombardi.
Também se falou sobre a expectativa pelo novo
Papa e sobre o perfil esperado para ele.
Na tarde desta segunda, às 17h30 (13h30 no
horário de Brasília), foi realizado na Capela Paulina, dentro do Vaticano, o
juramento das pessoas que irão trabalhar de alguma forma na área onde será
realizada o conclave.
Funcionários colocam cortinas
nesta segunda-feira (11) na varanda central da Basília de São Pedro, no
Vaticano, onde ocorre a primeira aparição pública do novo Papa. O conclave para
escolher o sucessor de Bento XVI começa nesta terça (12) (Foto: Juliana
Cardilli/G1)
São 90 funcionários do Vaticano que trabalharão
na segurança, alimentação e auxílio aos cardeais, tanto material quanto
espiritual. Os cardeais terão padres à disposição para confissão, assim como
médicos.
O juramento foi feito perante o cardeal
camerlengo Bertone.
Na manhã de terça-feira (12), serão realizados os
primeiros ritos do conclave. A partir das 7h (3h no horário de Brasília), os
cardeais começam a se transferir para a Casa Santa Marta, onde ficarão
hospedados. Cada um terá seu quarto – os aposentos foram definidos por um
sorteio.
Às 10h (6h no horário de Brasília), será
realizada na Basílica de São Pedro a missa inaugural do conclave.
Ela será aberta a todos que conseguirem lugar e
presidida pelo cardeal decano, o italiano Angelo Sodano, com todos os demais
cardeais, não apenas os votantes, participando como cocelebrantes.
No conclave passado, a missa durou uma hora e
quarenta minutos. O padre Lombardi acredita que, desta vez, ela não deve passar
de duas horas.
Votações
No primeiro dia de conclave, está prevista apenas uma votação. Segundo o Vaticano, os cardeais devem seguir às 15h45 (11h45 no horário de Brasília) para o palácio apostólico.
No primeiro dia de conclave, está prevista apenas uma votação. Segundo o Vaticano, os cardeais devem seguir às 15h45 (11h45 no horário de Brasília) para o palácio apostólico.
Depois, às 16h30 (12h30 no horário de Brasília),
seguirão em procissão da Capela Paulina para a Capela Sistina.
Os cardeais entram na capela, ocupam seus lugares
e fazem o juramento previsto na Constituição Apostólica.
Há uma introdução em latim, feita pelo cardeal
Giovanni Batista Re, como celebrante principal.
Depois, cada um dos cardeais vai ao centro da
capela, com a mão sobre o Evangelho, para dizer sua adesão ao juramento, tambem
em latim.
Então, a capela é fechada, após a saída das
pessoas que não participarão do conclave.
Em seguida, começam as votações.
Turistas tiram fotos na Praça
de São Pedro, no Vaticano, nesta segunda-feira (11) (Foto: AFP)
O cronograma prevê que os cardeais concluam os
trabalhos às 19h15 (15h15 no horário de Brasília), retornando para a Casa Santa
Marta às 19h30 (15h30 no horário de Brasília). Às 20h (16h no horário de
Brasília), será servido o jantar.
No dia seguinte, o café da manha será servido entre 6h30 e 7h30 (2h30 e 3h30 no horário de Brasília). Às 7h45 (3h no horário de Brasília), os cardeais irão para o palácio apostólico, onde das 8h15 as 9h15 (4h15 e 5h15 no horário de Brasília) será celebrada a Santa Missa na Capela Paulina.
Às 9h30 (5h30 no horário de Brasília), os cardeais seguem para a Capela Sistina e começa o primeiro escrutínio. Às 12h30 (8h30 no horário de Brasília) está prevista a volta para a Casa Santa Marta, com o almoço às 13h (9h no horário de Brasília).
Durante a tarde, às 16h (12h no horário de Brasília), eles voltam novamente para a Capela Sistina para as votações da tarde. Os trabalhos devem seguir até 19h15 (15h15 no horário de Brasília), como no primeiro dia.
Segundo o Vaticano, serão feitas duas votações pela manhã e duas à tarde, até um dos candidatos conseguir mais de dois terços dos votos. As cédulas serão queimadas apenas uma vez por período, e espera-se que a fumaça seja expelida pela chaminé da Capela Sistina às 12h e às 19h (8h e 15h no horário de Brasília).
No dia seguinte, o café da manha será servido entre 6h30 e 7h30 (2h30 e 3h30 no horário de Brasília). Às 7h45 (3h no horário de Brasília), os cardeais irão para o palácio apostólico, onde das 8h15 as 9h15 (4h15 e 5h15 no horário de Brasília) será celebrada a Santa Missa na Capela Paulina.
Às 9h30 (5h30 no horário de Brasília), os cardeais seguem para a Capela Sistina e começa o primeiro escrutínio. Às 12h30 (8h30 no horário de Brasília) está prevista a volta para a Casa Santa Marta, com o almoço às 13h (9h no horário de Brasília).
Durante a tarde, às 16h (12h no horário de Brasília), eles voltam novamente para a Capela Sistina para as votações da tarde. Os trabalhos devem seguir até 19h15 (15h15 no horário de Brasília), como no primeiro dia.
Segundo o Vaticano, serão feitas duas votações pela manhã e duas à tarde, até um dos candidatos conseguir mais de dois terços dos votos. As cédulas serão queimadas apenas uma vez por período, e espera-se que a fumaça seja expelida pela chaminé da Capela Sistina às 12h e às 19h (8h e 15h no horário de Brasília).
Caso as votações se prolonguem, e não se resolvam
nos primeiros quatro dias, estão previstos intervalos para reflexão e oração
dos cardeais. Segundo o Vaticano, podem ocorrer até 34 votações, compreendendo
11 dias. Se ninguém conseguir dois terços dos votos, os cardeais passam a poder
votar apenas nos dois mais votados anteriormente – e esses dois deixam de poder
votar.
Quando um cardeal conseguir os votos necessários,
o cardeal Re (que é responsável pela eleição, já que o decano dos cardeais tem
mais de 80 anos e não participa do conclave) pergunta ao eleito se ele aceita o
cargo e por que nome quer ser chamado.
Isso feito, as cédulas usadas na votação são
queimadas e é produzida a fumaça branca que anuncia para o mundo o novo Papa.
O pontífice recém-eleito coloca, então, as vestes
papais. Há uma pequena cerimônia, com uma oração e uma leitura do Evangelho.
Depois, os cardeais presentes manifestam sua
obediência ao novo Papa.
Em seguida, sempre dentro da Capela Sistina, há
um canto.
O Papa eleito deixa então a Capela Sistina, passa
pela Capela Paulina e faz uma breve oração pessoal em frente ao Santíssimo
Sacramento.
Depois, aparece para o povo no balcão central da
Basílica de São Pedro, onde faz a primeira bênção "urbi et orbi"
(para a cidade de Roma e para o mundo inteiro).
Da "fumaça branca" até o anúncio do
nome do novo Papa, devem transcorrer 45 minutos, segundo o porta-voz Lombardi.
Depois, mais 10 minutos devem se passar até a aparição do novo pontífice.
A missa de inauguração do pontificado pode
ocorrer durante um dia de semana, segundo o padre Lombardi, e não necessariamente
no domingo.
Em 2005, o Papa foi eleito em uma terça, e a
missa ocorreu no domingo seguinte.
O padre Lombardi advertiu que não é obrigatório
haver votação na primeira tarde de conclave, já que estão previstas as orações
e os juramentos. Se os cardeais decidirem votar apenas na quarta-feira, não
haverá "fumaça" no primeiro dia, e o Vaticano vai informar sobre o
ocorrido.
Brasileiros
Cinco brasileiros irão participar do conclave: o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes, de 78 anos, Dom João Braz de Aviz, de 65, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, de 63, Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo emérito de Salvador, e o arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno.
Cinco brasileiros irão participar do conclave: o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes, de 78 anos, Dom João Braz de Aviz, de 65, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, de 63, Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo emérito de Salvador, e o arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno.
Neste domingo, alguns cardeais celebraram missas
nas igrejas das quais são titulares em Roma. Dom Odilo celebrou uma missa às
10h30 na Igreja de Santo André no Quirinal, acompanhada por dezenas de
jornalistas.
Realizada no quarto domingo do período da
Quaresma, que precede a Páscoa, o assunto geral dos textos lidos e também do
sermão feito por Dom Odilo foi a misericórdia e a reconciliação com Deus. O
cardeal brasileiro estava sereno e tranquilo, e sorriu em muitos momentos da
missa – mesmo a celebração tendo sido filmada e fotografada.
"Tem muita gente que vive como se Deus não
existisse ou não tivesse importância", afirmou durante o sermão que durou
22 minutos. "Convido a orar para a Igreja fazer bem sua missão nesse
tempo. Seguramente um tempo difícil, mas também alegre".
Capela Sistina
No sábado, bombeiros instalaram uma chaminé na Capela Sistina, onde será realizado o conclave. Pela chaminé sairá a fumaça preta ou branca, para o anúncio da definição ou não do novo papa. No fim de semana, funcionários do Vaticano trabalharam para deixar o local pronto, fazendo o nivelamento do piso, instalando mesas e cadeiras, entre outros.
No sábado, bombeiros instalaram uma chaminé na Capela Sistina, onde será realizado o conclave. Pela chaminé sairá a fumaça preta ou branca, para o anúncio da definição ou não do novo papa. No fim de semana, funcionários do Vaticano trabalharam para deixar o local pronto, fazendo o nivelamento do piso, instalando mesas e cadeiras, entre outros.
A capela está fechada para a visitação turística
desde a última terça-feira (5). Decorada com afrescos dos maiores artistas do
Renascimento, como Michelangelo e Rafael, ela fica dentro da ala de museus do
Palácio Apostólico, na Cidade do Vaticano.
Durante o período das votações, os cardeais não
poderão receber informações externas durante a reunião, nem poderão ler
jornais, ouvir rádio, assistir à TV ou acessar a internet, como prevê a
Constituição Apostólica.
Para garantir o sigilo do conclave, serão instalados bloqueios de comunicação para impedir o uso de equipamentos e dispositivos eletrônicos, como celulares. A medida já foi tomada com relação à Sala dos Sinodos, onde têm ocorrido as congregações, garantindo o segredo das reuniões.
Para garantir o sigilo do conclave, serão instalados bloqueios de comunicação para impedir o uso de equipamentos e dispositivos eletrônicos, como celulares. A medida já foi tomada com relação à Sala dos Sinodos, onde têm ocorrido as congregações, garantindo o segredo das reuniões.
Renúncia de Bento XVI
Bento XVI, desde 28 de fevereiro Papa Emérito, anunciou em 11 de fevereiro que havia decidido renunciar. Foi o primeiro pontífice a renunciar em mais de seis séculos, o que criou situações praticamente inéditas para a Igreja Católica Apostólica Romana.
Desde a renúncia, Bento XVI está em Castel Gandolfo, a residência de verão dos Papas, que fica a cerca de 25 km do Vaticano. Ele permanecerá lá por 2 meses e depois ficará recluso num antigo convento sobre as colinas do Vaticano, com vista para a cúpula da Basílica de São Pedro.
Bento XVI, desde 28 de fevereiro Papa Emérito, anunciou em 11 de fevereiro que havia decidido renunciar. Foi o primeiro pontífice a renunciar em mais de seis séculos, o que criou situações praticamente inéditas para a Igreja Católica Apostólica Romana.
Desde a renúncia, Bento XVI está em Castel Gandolfo, a residência de verão dos Papas, que fica a cerca de 25 km do Vaticano. Ele permanecerá lá por 2 meses e depois ficará recluso num antigo convento sobre as colinas do Vaticano, com vista para a cúpula da Basílica de São Pedro.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário