Músico permanece internado na UTI
do Hospital Sírio-Libanês.
Dominguinhos tem diabetes e luta contra um câncer de pulmão.
Glauco Araújo Do G1 São
Paulo
Foto da mão de Dominguinhos com a
pulseira do Hospital Sírio Libanês, em São
Paulo. ele segura a mão da mulher
Guadalupe (Foto: Glauco Araújo/G1)
A mulher do músico José Domingos de Moraes, o
Dominguinhos, de 72 anos, disse nesta sexta-feira (15) que o marido está “se
recuperando muito bem”. Ele está internado desde o início do ano no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo,
para tratar uma infecção respiratória e arritmia cardíaca.
“Dominguinhos está reagindo bem, ele acabou de se
recuperar de uma infecção no pulmão, ele abre os olhos e reage aos nossos
estímulos, chora, se emociona e aperta a minha mão”, disse Guadalupe Mendonça
na entrada do hospital. “Nenhum médico disse que o estado de saúde do
Dominguinhos é irreversível. Pelo contrário, ele está se recuperando muito bem.
Já há uma projeção de alta da UTI, mas os médicos não me disseram data.”
Dominguinhos tem diabetes e luta contra um câncer
de pulmão. Ele foi internado em 17 de dezembro no Hospital Santa Joana, no
Recife, e acabou transferido para a unidade de saúde paulistana no dia 13 de
janeiro. “Ele tirou o marcapasso provisório, que veio do Recife para cá, o
pulmão dele está ok, o rim dele também está normal. Ele teve oito paradas
cardíacas, ficou 23 minutos fora do ar e o coração dele agora está ótimo, não
tem nenhuma arritmia”, contou.
A mulher disse que os danos neurológicos “foram
os mínimos possíveis”. “Vou subir agora, pentear o cabelo dele, porque ele
acabou de tomar banho, e cortar as unhas dele. Depois, como sempre faço, o
coloco na frente do espelho e ele se emociona. Parece que ele sente saudades
dele mesmo”, disse Guadalupe.
Ela pede que músicos que conhecem Dominguinhos o
visitem no hospital. Guadalupe citou que, recentemente, a cantora Elba Ramalho
esteve com ele no hospital, cantou ao pé do ouvido e rezou. Segundo a mulher,
essas visitas são importantes para o estímulo neurológico do paciente.
Susto com eleição do Papa Francisco
Guadalupe contou ao músico sobre a renúncia do papa Bento XVI e a eleição de um novo pontífice, um argentino. Ela lembrou que, nas duas ocasiões, Dominguinhos teve a mesma reação: "ele arregalou os olhos e fez cara de susto."
Guadalupe contou ao músico sobre a renúncia do papa Bento XVI e a eleição de um novo pontífice, um argentino. Ela lembrou que, nas duas ocasiões, Dominguinhos teve a mesma reação: "ele arregalou os olhos e fez cara de susto."
Guadalupe Mendonça, mulher de
Dominguinhos, diz que o músico está se
recuperando bem em SP (Foto: Glauco Araújo/G1)
Tratamento de câncer
Guadalupe disse ao G1 que Dominguinhos trata de câncer há cerca de sete anos. "Estamos nesta luta com ele todo o tempo. Ele fazia quimioterapia a cada 21 dias. Ele fazia hemodiálise, é hipertenso e diabético. Diante disso, ele está ótimo."
Guadalupe disse ao G1 que Dominguinhos trata de câncer há cerca de sete anos. "Estamos nesta luta com ele todo o tempo. Ele fazia quimioterapia a cada 21 dias. Ele fazia hemodiálise, é hipertenso e diabético. Diante disso, ele está ótimo."
Ela voltou a repudiar as declarações do filho do
músico, Mauro Moraes, sobre a piora do estado de saúde do pai. "Um filho
que gosta do pai não faz uma declaração como essa. Nenhum médico falou isso
para ele. Estive com todos os médicos de Dominguinhos hoje [sexta-feira] e as
informações que eles me deram são as melhores possíveis."
Segundo ela, Mauro é filho do primeiro casamento
de Dominguinhos e não tinha muito relacionamento com o pai. "Mesmo assim,
ele vem todo dia, de manhã, e visita o pai, mas não entendo de onde ele tirou a
informação de que o estado de saúde ele era irreversível. Agora ele virou
doutor Mauro? Nem os médicos sabem de onde ele tirou essa informação",
disse Gauadalupe.
A reportagem do G1 ligou para
Mauro Moraes, mas ele não retornou aos telefonemas até a publicação desta
reportagem.
A assessoria de imprensa do Hospital Sírio
Libanês informou que o estado de saúde do músico é o mesmo apresentado em
boletim médico de 14 de janeiro deste ano. Segundo o documento, "José
Domingos de Moraes (Dominguinhos), permanece internado na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O paciente responde de
forma satisfatória ao tratamento médico e apresenta melhora no padrão
hemodinâmico e respiratório."
Cantor Dominguinhos se
recupera bem em hospital em
SP (Foto: Reprodução Globo News)
História
Dominguinhos é natural de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com oito anos de idade. Aos 13 anos, morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.
Instrumentista, cantor e compositor, em 2002 ganhou o Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho". Ao longo da carreira, fez parcerias de sucesso com Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia, Djavan, entre outros. Atualmente, Dominguinhos é considerado o sanfoneiro mais importante do país.
Dominguinhos é natural de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com oito anos de idade. Aos 13 anos, morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.
Instrumentista, cantor e compositor, em 2002 ganhou o Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho". Ao longo da carreira, fez parcerias de sucesso com Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia, Djavan, entre outros. Atualmente, Dominguinhos é considerado o sanfoneiro mais importante do país.
Crítico
Dominguinhos disse ao G1, em entrevista durante o São João de Campina Grande (PB) em 2008, que "forró é igual ao rock porque não deixa ninguém parado". Ele provocou polêmica ao comentar o recente sucesso do chamado forró eletrônico. “Não dá pra dizer que aquilo é forró. Eles deveriam tentar se entitular de outra forma, porque aquilo não tem nada de forró. Não tem identidade. É uma grande mentira”, disse o sanfoneiro à época.
Dominguinhos disse ao G1, em entrevista durante o São João de Campina Grande (PB) em 2008, que "forró é igual ao rock porque não deixa ninguém parado". Ele provocou polêmica ao comentar o recente sucesso do chamado forró eletrônico. “Não dá pra dizer que aquilo é forró. Eles deveriam tentar se entitular de outra forma, porque aquilo não tem nada de forró. Não tem identidade. É uma grande mentira”, disse o sanfoneiro à época.
Ele citou o exemplo das letras das músicas que se
tornaram hit do São João pernambucano e paraibano, como ‘Chupa que é de uva’,
do Aviões do Forró, e ‘Senta que é de menta’, do Cavaleiros do Forró. “É tudo
muito apelativo e descartável. Eu critico a qualidade musical. As letras são
péssimas e falam muita bobagem. É tudo anti-musical”, disse o músico ao G1.
Foto da mão de Dominguinhos
com a pulseira do Hospital Sírio Libanês, em SP (Foto: Glauco Araújo/G1)
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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