Ex-seminarista,
Gilberto Carvalho disse que América Latina terá influência.
Segundo ele, presidente ainda não escolheu quem enviará ao Vaticano.
Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho,
disse nesta quarta-feira (13) que a presidente Dilma Rousseff deverá enviar
representantes do governo brasileiro para a posse do novo Papa Francisco,
marcada para a próxima terça-feira (19).
Os nomes que vão representar o Brasil na missa
que marcará o início do pontificado do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio
ainda não foram escolhidos pela presidente, segundo disse o ministro.
"A presidenta deve designar representantes
que irão a Roma certamente no próximo dia 19, que é o dia da posse do novo
Papa", disse Carvalho em entrevista a jornalistas nesta noite, no Palácio
do Planalto.
O ministro, que é católico, evitou responder se
ele será um dos enviados ao Vaticano. "A presidenta ainda não se
manifestou. Ela vai escolher naturalmente representantes, isso não está
decidido. Mas, enfim, o Brasil estará presente lá", disse.
Gilberto Carvalho estudou Teologia por três anos
e militou na Pastoral Operária Nacional, ligada à Igreja Católica, na década de
80, segundo seu currículo oficial disponível no site da Secretaria-Geral. O
ministro também foi coordenador do Movimento Fé e Política entre 2001 e 2003.
Carvalho afirmou que o Brasil tem que se
"alegrar" com a escolha de um latino-americano para o cargo mais alto
da Igreja. "O continente latino-americano começa a ter, finalmente,
reconhecimento e uma influência nos destinos da Igreja Católica", disse.
Carvalho disse que recebeu informações de que o
cardeal Bergoglio é "uma pessoa muito ligada a questão do cuidado com os
pobres" e de "hábitos simples". "Segundo eu soube, andava
de ônibus pelas ruas de Buenos Aires", afirmou.
Argentino
O ministro brincou com o fato de o pontífice ser argentino, rival histórico do Brasil no futebol. Carvalho disse, porém, que não este não é um "campeonato" e que negou que haja "frustração".
"Claro que a nossa alegria seria muito
grande por conta, se fosse um papa brasileiro. Certamente ser argentino vai
provocar muitas brincadeiras entre o povo brasileiro, mas o povo argentino é um
povo para nós cada vez mais próximo, amigo, fraterno", declarou.
O ministro voltou a dizer que a escolha de um
novo Papa reforçará a importância da Jornada Mundial da Juventude, que será
realizada em julho, no Rio de Janeiro. Carvalho já havia dito, antes da escolha
de Francisco I, que o Vaticano havia confirmado a presença do novo pontífice ao
evento.
"Nós entendemos que a Jornada Mundial ganha
com isso inclusive um destaque especial porque sem dúvida nenhuma era uma será
uma das primeiras viagens do novo papa para fora do vaticano, fora da Santa Sé.
Dará, portanto, uma nota muito especial a essa jornada”, disse.
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