segunda-feira, 27 de abril de 2015

O CAMINHO DE VOLTA

FENÔMENO RECENTE. Por diversos fatores, cresce o número de nordestinos que retornam à região
IO CAMINHO DE VOLTA
Por: THIAGO GOMES - REPÓRTER
Nos últimos 15 anos, o fenômeno da migração em Alagoas apresenta nuances e controvérsias. O contexto social, econômico e cultural mudou e a consciência do alagoano também. Diferentemente do que acontecia na década de 1990, quando famílias inteiras, numa aventura, deixavam o Estado em busca de oportunidades melhores no Centro-Sul do País, agora a realidade mudou. 

Embora sejam ainda de 2009, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já mostravam queda no número de emigrantes (os que saem) em Alagoas. Por outro lado, era (e ainda é) muito grande a quantidade de nordestinos que retornam – por diversos fatores, entre eles por não ter dado certo lá fora ou por saudade da terra e dos parentes.

No ano 2000, o número de imigrantes (retorno para o Estado) era de 56 mil e de emigrantes, 128 mil (bem superior). Na metade da década – em 2004 –, o cenário mudou completamente. Houve uma queda brusca nas emigrações – passaram para 86 mil, e um crescimento vertiginoso das imigrações (subiram para 81 mil). O IBGE apontou ainda que mais tarde um pouco, já em 2009, os retornos diminuíram e as saídas se estabilizaram. Todos os estados nordestinos apresentaram estatísticas semelhantes neste período.

O professor universitário e economista Cícero Péricles explica que Alagoas continua tendo mais emigrantes do que imigrantes por vários fatores. Por um lado, segundo ele, o Sudeste já não representa uma alternativa segura de emprego industrial – ou na construção civil – e de serviços domésticos, que atraía tantos nordestinos, principalmente os de pouca qualificação profissional, nos anos 1950 até 1990. Por outro, houve uma melhoria das condições de vida da população do Nordeste.




FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

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