segunda-feira, 6 de abril de 2015

Mais de 811 mil alagoanos deixam linha da extrema pobreza no Estado

ASCENSÃO. Famílias atendidas pelos programas do governo federal ganham mais qualidade de vida
IMais de 811 mil alagoanos deixam linha da extrema pobreza no Estado
Por: LUCIANA BUARQUE - REPÓRTER
O balanço do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) sobre a redução da miséria no País traz um dado animador para o Estado de Alagoas, historicamente marcado pela desigualdade na distribuição de renda e a consequente situação de pobreza de grande parte da população. Nos últimos quatro anos, 811,5 mil pessoas saíram da extrema pobreza no Estado. O número impressiona, pois equivale a quase um quarto da população de Alagoas e chega perto do volume de habitantes da capital, Maceió, que é estimado em 1 milhão.

Sair da situação de miséria – hoje classificada como “extrema pobreza” – significa superar o patamar de R$ 77 per capita por mês. Segundo o governo federal, as mais de 811 mil pessoas ultrapassaram essa renda por conta das alterações feitas no programa Bolsa Família após a criação do Plano Brasil Sem Miséria, em 2011. No último mês de fevereiro, o valor médio do benefício recebido pelas famílias foi de R$ 167.

De acordo com os registros de fevereiro deste ano, o Bolsa Família atende 439,2 mil famílias alagoanas. Juntos, os beneficiários do Estado receberam R$ 871,6 milhões só em 2014.

No ano passado, o programa investiu R$ 27,2 bilhões, em todo o país, no pagamento da bolsa a 14 milhões de famílias. De 2011 a 2014, a iniciativa tirou 22,2 milhões de brasileiros da miséria, segundo balanço do MDS.

Apesar de os últimos atendidos pelo Bolsa Família que ainda viviam na extrema pobreza – sob o critério da renda – terem cruzado essa linha em março de 2013, o programa segue realizando a busca ativa por famílias que possam ter perfil de beneficiárias do Brasil Sem Miséria, mas que estejam fora do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal e de seu “guarda-chuva” de ações. Em Alagoas, foram localizadas 31,7 mil famílias em menos de quatro anos. Todas elas já recebem o Bolsa Família, conforme levantamento do ministério.

O MDS estima que há, em todo o Brasil, cerca de 150 mil famílias vulneráveis que precisam ser encontradas e incluídas no CadÚnico. Muitas delas, de acordo com o órgão, sequer sabem que têm direito a receber o Bolsa Família. Para localizá-las, o ministério trabalha junto a estados e prefeituras nas regiões metropolitanas e também disponibiliza lanchas para as equipes chegarem a locais de difícil acesso.



FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

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