A dois dias de tomar posse no cargo,
nova secretária diz que não foi indicada por nenhum partido político e
que seu compromisso será de melhorar a condição de saúde da população
alagoana
Por: KASSIA NOBRE - REPÓRTER
“Por que os índices de saúde em Alagoas são tão
ruins?” Essa é a pergunta que norteará a gestão da nova secretária
estadual de Saúde, Rozangela Wyszomirska. A atual reitora da
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) vive um
clima de despedida, entre os colegas da universidade, já que, a partir
da próxima quinta-feira (1º), estará de casa nova.
Rozangela afirma que investigará profundamente os problemas da saúde em Alagoas para, assim, contribuir com a gestão de Renan Filho (PMDB). Ela diz que realizará mutirões nos hospitais para observar de perto todas as irregularidades. Promete aos alagoanos muita dedicação à Pasta, mas adianta que não tem compromisso com partidos políticos ou com grupos políticos. “O meu compromisso é melhorar a condição de saúde da população. É claro, tenho o compromisso com o governador porque ele é o meu chefe”.
Ainda como reitora da Uncisal, ela fala nesta entrevista sobre a situação da Maternidade Escola Santa Mônica e garante que as gestantes terão atendimento na unidade a partir de janeiro, mês que será concluída a reforma que paralisou os atendimentos no local.
Gazeta. A senhora já teve a oportunidade de sentar com o governador eleito Renan Filho (PMDB) para definir os principais projetos da nova gestão para a saúde?
Rozangela Wyszomirska. Conversei com o governador e disse a ele que, primeiro, estou fazendo um estudo e tendo o cuidado de ouvir as superintendências para poder ver os caminhos. As conversas têm sido neste sentido. A Saúde é muito grande para a gente ter um domínio dela no estalar dos dedos. Vou precisar do mês de janeiro todo para olhar e ver tudo com calma antes de emitir qualquer definição.
Mas há alguma expectativa de projetos para o início da gestão?
A primeira preocupação é com relação à equipe. Vamos estruturar uma equipe mínima dentro da filosofia de trabalho que implantamos aqui na Uncisal. Eu já tinha uma visão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) por conta do relacionamento da secretaria com a universidade. A Uncisal é uma autarquia vinculada à secretaria e também executa ações de saúde. Por conta disso a gente já tinha uma convivência. Também como profissional da saúde. Eu trabalho na saúde e no serviço público há mais de 30 anos. Agora, com o período na reitoria, eu posso dizer que entrei mais na realidade da secretaria.
Existem projetos para a Maternidade Escola Santa Mônica. Quando deve terminar a reforma na unidade?
Toda a programação da reforma da Santa Mônica foi feita pela Uncisal. Está mantida a programação. Amanhã [hoje] estou indo lá no final da manhã fazer uma visita para ver se foi entregue tudo o que tinha sido prometido. Até o momento, está mantida a programação que a gente fez do retorno das atividades em janeiro.
O prazo que a gente pediu foi até o final do ano. Tem sido veiculado aí que teve atraso, mas está mais ou menos dentro do que a gente tinha previsto. Tentamos antecipar, mas infelizmente, não deu porque teve o problema com a climatização. Obra é difícil mesmo, havia muitos problema lá, então até a gente arrumar tudo vai demorar e não vai voltar com 100% pronto.
O que vai ficar faltando?
A parte da Nutrição, a nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) porque não houve tempo. Aí sim houve um atraso devido à climatização do ambiente da UTI. Então vamos voltar na situação que era antes de irmos para o Hospital Universitário (HU) na distribuição de leitos.
Mas o Centro Cirúrgico estará reformado, as enfermarias estarão todas bonitinhas e tudo organizado. Só não houve tempo de concluir a nova UTI. Os serviços vão ser feitos na outra UTI que já estava organizada por nós.
Há previsão de ampliar a maternidade na próxima gestão?
Não iremos ampliar agora. Mas tem previsão para um futuro porque empenhamos a climatização. Há um prazo de noventa dias para a entrega do equipamento. Até meio ano que vem, se Deus quiser, a Santa Mônica vai estar 100%.
E o Hospital Geral do Estado (HGE). Como resolver a questão da superlotação?
O HGE é outro grande calo da saúde estadual. Estava agora mesmo conversando com a diretora do hospital. O HGE é um olhar semelhante ao que demos aqui para a Santa Mônica. A gestão da Uncisal tem tentado e conseguimos melhoras, como a diminuição da espera por atendimento nos corredores. Hoje já tem dias e períodos que fica totalmente livre. Acho que isso foi um grande avanço.
Como a senhora manterá o diálogo com os municípios?
O diálogo com os municípios é importante para toda a saúde. Bem verdade que grande parte da saúde é de responsabilidade dos municípios, devido à municipalização do Sistema Único de Saúde (SUS). O HGE ainda recebe muitos pacientes do interior do Estado, apesar das unidades em Arapiraca e Santana do Ipanema, por exemplo. Este problema não só acontece no HGE. Acontece também na Santa Mônica. Isso só se melhora com a regulação e com leitos de retaguarda. Vamos fazer toda essa avaliação.
Eu já estava, inclusive, combinando com a diretora do HGE e vamos ficar o dia inteiro no hospital para poder tomar pé realmente da situação. Porque a gente ouve falar muita coisa, mas realmente ter um conhecimento aprofundado, você precisa de tempo. Então, no começo de janeiro, a gente vai pegar um dia e ficar o dia todo. Vamos fazer um mutirão para poder realmente tomar pé da situação. Mesma coisa na Unidade do Agreste. Vou para Arapiraca para ver a situação de lá e também ficar o dia inteiro e nas outras unidades também. Santana do Ipanema, Rio Largo. Todo mundo fala que Rio Largo não funciona. Funciona sim.
Posso falar que o primeiro mês será de reconhecimento, apesar do conhecimento prévio que a senhora já tem da saúde estadual?
Sim. Acho que só não vou precisar passar o dia na Santa Mônica porque já fiz isso aqui na Uncisal.
Rozangela afirma que investigará profundamente os problemas da saúde em Alagoas para, assim, contribuir com a gestão de Renan Filho (PMDB). Ela diz que realizará mutirões nos hospitais para observar de perto todas as irregularidades. Promete aos alagoanos muita dedicação à Pasta, mas adianta que não tem compromisso com partidos políticos ou com grupos políticos. “O meu compromisso é melhorar a condição de saúde da população. É claro, tenho o compromisso com o governador porque ele é o meu chefe”.
Ainda como reitora da Uncisal, ela fala nesta entrevista sobre a situação da Maternidade Escola Santa Mônica e garante que as gestantes terão atendimento na unidade a partir de janeiro, mês que será concluída a reforma que paralisou os atendimentos no local.
Gazeta. A senhora já teve a oportunidade de sentar com o governador eleito Renan Filho (PMDB) para definir os principais projetos da nova gestão para a saúde?
Rozangela Wyszomirska. Conversei com o governador e disse a ele que, primeiro, estou fazendo um estudo e tendo o cuidado de ouvir as superintendências para poder ver os caminhos. As conversas têm sido neste sentido. A Saúde é muito grande para a gente ter um domínio dela no estalar dos dedos. Vou precisar do mês de janeiro todo para olhar e ver tudo com calma antes de emitir qualquer definição.
Mas há alguma expectativa de projetos para o início da gestão?
A primeira preocupação é com relação à equipe. Vamos estruturar uma equipe mínima dentro da filosofia de trabalho que implantamos aqui na Uncisal. Eu já tinha uma visão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) por conta do relacionamento da secretaria com a universidade. A Uncisal é uma autarquia vinculada à secretaria e também executa ações de saúde. Por conta disso a gente já tinha uma convivência. Também como profissional da saúde. Eu trabalho na saúde e no serviço público há mais de 30 anos. Agora, com o período na reitoria, eu posso dizer que entrei mais na realidade da secretaria.
Existem projetos para a Maternidade Escola Santa Mônica. Quando deve terminar a reforma na unidade?
Toda a programação da reforma da Santa Mônica foi feita pela Uncisal. Está mantida a programação. Amanhã [hoje] estou indo lá no final da manhã fazer uma visita para ver se foi entregue tudo o que tinha sido prometido. Até o momento, está mantida a programação que a gente fez do retorno das atividades em janeiro.
O prazo que a gente pediu foi até o final do ano. Tem sido veiculado aí que teve atraso, mas está mais ou menos dentro do que a gente tinha previsto. Tentamos antecipar, mas infelizmente, não deu porque teve o problema com a climatização. Obra é difícil mesmo, havia muitos problema lá, então até a gente arrumar tudo vai demorar e não vai voltar com 100% pronto.
O que vai ficar faltando?
A parte da Nutrição, a nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) porque não houve tempo. Aí sim houve um atraso devido à climatização do ambiente da UTI. Então vamos voltar na situação que era antes de irmos para o Hospital Universitário (HU) na distribuição de leitos.
Mas o Centro Cirúrgico estará reformado, as enfermarias estarão todas bonitinhas e tudo organizado. Só não houve tempo de concluir a nova UTI. Os serviços vão ser feitos na outra UTI que já estava organizada por nós.
Há previsão de ampliar a maternidade na próxima gestão?
Não iremos ampliar agora. Mas tem previsão para um futuro porque empenhamos a climatização. Há um prazo de noventa dias para a entrega do equipamento. Até meio ano que vem, se Deus quiser, a Santa Mônica vai estar 100%.
E o Hospital Geral do Estado (HGE). Como resolver a questão da superlotação?
O HGE é outro grande calo da saúde estadual. Estava agora mesmo conversando com a diretora do hospital. O HGE é um olhar semelhante ao que demos aqui para a Santa Mônica. A gestão da Uncisal tem tentado e conseguimos melhoras, como a diminuição da espera por atendimento nos corredores. Hoje já tem dias e períodos que fica totalmente livre. Acho que isso foi um grande avanço.
Como a senhora manterá o diálogo com os municípios?
O diálogo com os municípios é importante para toda a saúde. Bem verdade que grande parte da saúde é de responsabilidade dos municípios, devido à municipalização do Sistema Único de Saúde (SUS). O HGE ainda recebe muitos pacientes do interior do Estado, apesar das unidades em Arapiraca e Santana do Ipanema, por exemplo. Este problema não só acontece no HGE. Acontece também na Santa Mônica. Isso só se melhora com a regulação e com leitos de retaguarda. Vamos fazer toda essa avaliação.
Eu já estava, inclusive, combinando com a diretora do HGE e vamos ficar o dia inteiro no hospital para poder tomar pé realmente da situação. Porque a gente ouve falar muita coisa, mas realmente ter um conhecimento aprofundado, você precisa de tempo. Então, no começo de janeiro, a gente vai pegar um dia e ficar o dia todo. Vamos fazer um mutirão para poder realmente tomar pé da situação. Mesma coisa na Unidade do Agreste. Vou para Arapiraca para ver a situação de lá e também ficar o dia inteiro e nas outras unidades também. Santana do Ipanema, Rio Largo. Todo mundo fala que Rio Largo não funciona. Funciona sim.
Posso falar que o primeiro mês será de reconhecimento, apesar do conhecimento prévio que a senhora já tem da saúde estadual?
Sim. Acho que só não vou precisar passar o dia na Santa Mônica porque já fiz isso aqui na Uncisal.
FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS
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