Físicos estudaram a mecânica usada por cães para tomar líquidos.
Gatos têm mecanismo muito mais eficiente e raramente derramam água.
Cachorro da raça boxer bebe água de uma garrafa em Londres, em foto de 2012 (Foto: Reuters/Luke MacGregor)
 Uma pesquisa feita por físicos e engenheiros americanos explicou por 
que os cachorros espirram tanta áqua quando bebem, ao contrário dos 
gatos, que manipulam habilmente a água para saciar sua sede de forma 
cuidadosa.
 As descobertas recentes, que focam nos cachorros e foram apresentadas 
em uma reunião na Sociedade Americana de Física, em San Francisco, nos 
Estados Unidos, somaram-se a um resultado anterior sobre como os gatos 
bebem. Nem os gatos  nem os cachorros conseguem contrair suas bochechas 
com força suficiente para criar sucção, como os humanos. Por isso saber 
como exatamente eles conseguem beber tem sido um enigma.
 Em 2010, engenheiros da Universidade de Princeton e do Instituto de 
Tecnologia de Massachusetts (MIT), entre outras instituições, 
descobriram como os gatos bebem água. Basicamente, os felinos encostam a
 língua na superfície da água, sem penetrá-la, e puxam uma coluna de 
líquido com a velocidade de um metro por segundo. Antes que a gravidade 
puxe a água para baixo, os gatos fecham a boca sobre o topo da coluna 
quatro vezes por segundo, engolem e depois repetem o processo.
Vídeo feito por pesquisadores em estudo de 2010 mostra mecanismo que gato usa para beber líquidos (Foto: Pedro M. Reis, Sunghwan Jung, Jeffrey M. Aristoff e Roman Stocker/MIT/Divulgação)
 Quando o estudo com cães começou, os cientistas pensaram que eles 
bebessem de maneira similar aos gatos, segundo o engenheiro biomecânico 
Sunny Jung, da Virginia Tech. Ele fez parte do estudo com gatos e 
liderou o estudo com cachorros.
 Mas o que eles descobriram contrariou essa expectativa. Primeiramente, 
as línguas dos gatos tocam sutilmente a superfície da água, enquanto os 
cachorros empurram sua língua descuidadamente líquido adentro, como pode
 ser visto em câmeras colocadas sob a água. Cachorros "esparramam muito 
(a água), mas os gatos nunca fazem isso", diz Jung.
 Em segundo lugar, os gatos puxam sua língua para cima para criar a 
coluna de água com uma força que equivale a duas vezes a força da 
gravidade. Cachorros criam uma força de até oito vezes a da gravidade.
 Finalmente, enquanto apenas a pontinha da língua do gato toca a água, 
uma área grande da língua do cachorro faz isso, o que os torna bebedores
 desastrados e nada habilidosos. Mais precisamente, o volume de água que
 a língua de um cachorro pode mover aumenta exponencialmente de acordo 
com o tamanho de seu corpo. É por isso que cachorros da raça São 
Bernardo podem transformar a cozinha em um lago, diferentemente de um 
Pinscher.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO 


 
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