Regionalização,
como estratégia de mercado, já é uma prática muito utilizada pelas
grandes empresas em seus planos de expansão para outros países. Com o
crescimento nos últimos anos da região nordeste, o tema tomou força aqui
no Brasil e passou a ser determinante para o aproveitamento de todas as
oportunidades.
Com uma extensa área geográfica e comportando quase 30% da população brasileira, regionalizar passou a ser a palavra de ordem para as empresas que querem de fato explorar o potencial do nordeste. E na busca do melhor caminho para regionalizar, muitas marcas e empresas vem executando diversas estratégias, certas ou erradas, mas que fizeram da região nordeste um verdadeiro laboratório para a adequação de marcas internacionais e nacionais em mercados locais. Como tive a oportunidade de participar de muitas destas estratégias de regionalização cito alguns principais pontos que devem ser avaliados.
Com uma extensa área geográfica e comportando quase 30% da população brasileira, regionalizar passou a ser a palavra de ordem para as empresas que querem de fato explorar o potencial do nordeste. E na busca do melhor caminho para regionalizar, muitas marcas e empresas vem executando diversas estratégias, certas ou erradas, mas que fizeram da região nordeste um verdadeiro laboratório para a adequação de marcas internacionais e nacionais em mercados locais. Como tive a oportunidade de participar de muitas destas estratégias de regionalização cito alguns principais pontos que devem ser avaliados.
1. Entender a geografia e identificar os melhores canais de vendas
O primeiro aspecto a ser avaliado é a estrutura do mercado e as
características dos seus canais de distribuição. Enquanto no sudeste a
relação com as grandes contas representam mais de 60% dos negócios, no
nordeste é o inverso, o pequeno e médio varejo são responsáveis pela
maior parte da venda dos produtos de consumo. Entender o mercado local e
adequar a sua estrutura comercial é a base do sucesso para a
regionalização.
2. Conhecer a história e a cultura da região
Um dos grandes equívocos é considerar que existe um consumidor
chamado nordestino. É impossível que em uma área geográfica de mais de
1,5 milhões de km² reúna apenas um único tipo de povo. A riqueza
cultural do nordeste é resultado das diversas origens de colonização. É
necessário estudar o passado e os aspectos culturais do presente para
conseguir adequar uma mensagem nacional ou global em um mercado
regional.
3. Entender os hábitos e costumes
A história, a cultura e os aspectos geográficos moldam os hábitos dos
consumidores de uma região. Hábitos que precisam ser identificados e
avaliados para que sejam feitas adequações técnicas nos produtos que
serão vendidos na região. No caso do nordeste, temos exemplos clássicos
na perfumaria, com fragrâncias mais fortes e duradouras, nos alimentos,
com versões mais doces, em diversas categorias que necessitam de
embalagens com cores mais fortes e vibrantes, e até reduzidas para
possibilitar um desembolso menor.
Além de estudar a história, é fundamental utilizar ferramentas de pesquisa para avaliar o impacto das diferenças dos hábitos e costumes de uma região, nos produtos e na imagem de uma marca. Ao delegar o estudo e a pesquisa para um terceiro é fundamental que o profissional responsável pelas estratégias de regionalização vivencie a realidade local e participe ativamente das pesquisas e sondagens de mercado. Somente desta forma ele terá a confiança necessária para tomar as decisões estratégicas necessárias.
Além de estudar a história, é fundamental utilizar ferramentas de pesquisa para avaliar o impacto das diferenças dos hábitos e costumes de uma região, nos produtos e na imagem de uma marca. Ao delegar o estudo e a pesquisa para um terceiro é fundamental que o profissional responsável pelas estratégias de regionalização vivencie a realidade local e participe ativamente das pesquisas e sondagens de mercado. Somente desta forma ele terá a confiança necessária para tomar as decisões estratégicas necessárias.
4. Criar relacionamento regional mantendo a personalidade original
Regionalizar não significa criar uma nova linha de comunicação para a
marca. Pelo contrário, na maioria das vezes os consumidores de uma
região estão abertos a novidades. Todos gostam de novidades. É
necessário encontrar os meios regionais para comunicar uma mensagem
global, e conhecer os meios de comunicação que possuem maior aceitação,
utilizando-se de personagens e elementos regionais para comunicar a
mensagem da marca. Tudo isso garante maior aderência com o consumidor
regional sem haver perda na personalidade.
5. Regionalizar não é criar uma nova imagem para a marca
Em tempos de internet, onde tudo está conectado e nada tem
fronteiras, é fundamental que a comunicação regional de uma marca não
corrompa o seu posicionamento nacional ou global. Uma campanha regional
realizada aqui no nordeste, por exemplo, não pode gerar dúvidas ou
parecer estranha para o consumidor desta mesma marca no sul ou no
sudeste.
O grande segredo é saber utilizar-se dos elementos e características
regionais, criando ações de comunicação muitas vezes inéditas e
diferenciadas que conseguem ampliar a relação da marca com o consumidor
local, no entanto respeitando o posicionamento nacional ou global da
marca.
Em resumo, regionalizar é desenvolver uma estratégia de marketing e
comunicação de uma marca para um mercado específico, criando
relacionamento direto com o consumidor local, porém sem perder ou
alterar a personalidade desta marca.
Hamilton Mattos é
sócio fundador da agência Hagua e participou de estratégias de
regionalização para marcas de empresas como: Mondelez, Bacardi, Natura,
Renault, Whirlpool, Kimberly-Clark, Reckitt-Benckiser, Sony, Alpargatas,
Danone dentre outras.
FONTE: YAHOO BRASIL NOTÍCIAS
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