terça-feira, 7 de outubro de 2014

Renan Filho vai a Brasília negociar dívida pública

PRIMEIRO COMPROMISSO. DILMA ROUSSEFF CONVOCA GOVERNADORES ELEITOS


Foto: DÁRCIO MONTEIRO
Por: MILENA ANDRADE - REPÓRTER
 
Dois dias após ser eleito governador de Alagoas com 670.310 votos, Renan Filho (PMDB) cumpre hoje em Brasília (DF) seu primeiro compromisso do novo cargo. Ele participa de reunião com a presidente Dilma Rousseff e governadores eleitos para discutir apoio no segundo turno das eleições e iniciar a negociação de um problema nevrálgico das finanças estaduais – a troca do indexador da dívida pública.

O governador eleito de Alagoas, Renan Filho (PMDB), participa hoje, em Brasília, de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff. No encontro, além de discutir apoio a Dilma no segundo turno da eleição presidencial, ele vai tratar da troca do índice usado na correção da dívida do Estado, para reduzir o valor pago mensalmente por Alagoas. Para Renan Filho, enquanto os desembolsos para a União permanecerem no patamar em que se encontram hoje é impossível o crescimento do estado.
 
A troca de indexador da dívida pública dos Estados é um pleito antigo dos governadores e foi uma das promessas de Dilma antes de iniciar sua campanha à reeleição. O projeto de lei altera o índice usado na correção das dívidas de Estados e municípios com a União, o passivo passaria a ser corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais juros de 4% ao ano. Hoje, essas dívidas são corrigidas pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais juros que variam entre 6% a 9% ao ano. A dívida de Alagoas ultrapassa os R$ 8 bilhões.

Renan Filho afirma estar convencido de que, enquanto os desembolsos para a União permanecerem no estratosférico patamar em que se encontra hoje, é impossível crescimento. “Vou levar o nosso apoio à Dilma, mas queremos que a União reveja a dívida de Alagoas. O Estado não aguenta mais pagar R$ 50 milhões a cada mês.

Acredito que o mais breve possível teremos uma solução para isso, para que possamos viabilizar o Estado”, argumenta.

“Alagoas tem sérias restrições orçamentárias, uma dívida muito grande, paga os maiores juros e ainda tem um deficit na Previdência de R$ 600 milhões ao ano. A troca de indexador é a primeira mudança que o Estado precisa”, defendeu.
 
 
 
 
 
 
FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

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