Pela
segunda vez em menos de um mês, Neymar jogou um balde
de água fria em Zúñiga. Antes, ele sugeriu ao colombiano que tomasse um
banho
de gelo em campanha contra uma doença. Agora, esfriou não só o
adversário,
responsável por sua lesão na Copa do Mundo, como toda a Colômbia,
esperançosa
em vencer o Brasil e confirmar sua ascensão no futebol. Um golaço de
falta do
camisa 10 definiu a vitória por 1 a 0, na noite desta sexta-feira, no
estádio Sun Life, em Miami, Estados Unidos, no primeiro amistoso na
volta de Dunga ao comando da Seleção.
Amistoso? Que nada! Jornalistas colombianos desfilaram pelo
Sun Life, estádio de Miami, com a inscrição “La Revancha” na camiseta. A alusão
à vitória brasileira por 2 a 1 nas quartas de final da Copa do Mundo era clara.
A Seleção não engolia até hoje a contusão de Neymar. O adversário ainda não
digeriu o gol anulado de Yepes. Havia muitas contas a acertar.
Na prorrogação daqueles polêmicos 90 minutos de Fortaleza, o
primeiro tempo acabou com cinco cartões amarelos, número excessivo para um amistoso
(palavra originada de amizade). Logo no início do segundo, Cuadrado foi expulso
num certo exagero do árbitro David Gantar, que, por outro lado, só puniu com
amarelo a entrada violenta de Gutiérrez em Neymar.
Neymar comemora o gol do Brasil contra a Colômbia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)
Amistoso foi o abraço de Neymar e Zúñiga, capitães. Na
primeira bola que o atacante recebeu de costas, uma reconstituição do fatídico
lance, o lateral foi leve, precavido. Isso durou pouco. Ele foi um dos
amarelados, tanto que no intervalo foi deslocado para o meio, justamente para
não precisar mais perseguir o craque do Barcelona.
Na única vez em que um goleiro foi vencido no primeiro tempo,
Diego Tardelli aproveitou rebote de chute de Filipe Luís e marcou. O assistente
marcou impedimento, mas o tira-teima da TV Globo indicou que o lateral-esquerdo
recebeu na mesma linha do defensor e, portanto, o lance era legal.
No Brasil de Dunga, notou-se diferenças para a frágil equipe
do Mundial. O posicionamento de Tardelli nada teve a ver com o de Fred. Rápido,
ele iniciou os lances aberto, criou espaços, se movimentou, foi inteligente. Um
destaque do time. A recomposição do sistema de marcação foi muito mais rápida e
Oscar passou a ser o protagonista em bolas paradas, posto que era de Neymar.
O Brasil foi superior à badalada Colômbia, que não teve seus
craques juntos. Falcão começou no banco e substituiu James, em partida muito
aquém das primorosas exibições de pouco mais de dois meses atrás. O atacante perdeu
a chance de empatar de cabeça.
Zúñiga x Neymar: apesar do abraço, colombiano não aliviou para o brasileiro (Foto: Bruno Domin
gos / Mowa press)
Na próxima terça-feira, a Seleção enfrentará o
Equador em Nova Jérsei. A segunda “era Dunga” começou com vitória diante de
73.429 pessoas, recorde do estádio e do estado da Flórida num jogo de futebol.
Mais uma vitória para a conta de Neymar.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário