sexta-feira, 19 de setembro de 2014

OVINOCULTURA GANHA ESPAÇO EM ALAGOAS

ESTABILIDADE. Cadeia produtiva aposta no uso de tecnologias para fortalecer setor e o mercado regional
 
Foto: DIVULGAÇÃO
Nordeste concentra os maiores rebanhos de ovinos do País, respondendo por 56% do plantel nacional
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Por: TATIANE GOMES * - ESTAGIÁRIA
 
O Nordeste do Brasil é tradicional na criação dos pequenos ruminantes. As características de rusticidade das raças são apontadas como fator preponderante à adaptação de ovinos e caprinos ao clima típico da região, principalmente na Caatinga.

A cadeia produtiva da ovinocaprinocultura começa a se expandir no Brasil, nos mercados de venda de lã, de couro e de carne do animal. Enquanto em outras regiões o crescimento é lento, o Nordeste, desde 2012, detém 56% de rebanho de ovinos e 93% de caprinos. Os dados fazem parte do boletim de setembro de 2014 “Ativos Ovinos e Caprinos”, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os maiores rebanhos se encontram na Bahia, Ceará e Pernambuco, que possuem entre 2,5 milhões a 5,2 milhões de pequenos ruminantes. As raças tradicionais da região são, historicamente, deslanados, mais próprios para regiões de clima quente, como o Nordeste, estimulando a criação para o mercado de corte. Já a produção de ovinos para o mercado de lã está concentrada na região Sul do País.
ALAGOAS

Em Alagoas, os rebanhos chegam a 228 mil cabeças de ovinos e caprinos. O número tende a aumentar com o uso de tecnologias, como a Fertilização In Vitro (FIV) para o melhoramento genético, além do investimento na cadeia produtiva de pequenos criadores no estado. A exemplo da Codevasf que, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, já investiu mais de R$ 500 mil para o fortalecimento da ovinocaprinocultura.

O Programa Alagoas Mais Ovinos, da Secretaria de Agricultura, também tem fortalecido a produção de pequenos agricultores familiares. No município de Carneiros, o criador José Ramos ganha a vida através da criação de ovinos. Há três anos, ele deixou de criar vacas para criar ovelhas e a troca deu certo.

Hoje, ele está com 40 cabeças de ovinos e sua renda cresceu. “A ovelha é melhor do que a vaca porque ela dá cria duas vezes ao ano e pode nascer até quatro filhotes”, conta o agricultor que começou com três ovelhas e foi beneficiado com mais sete animais através do programa.





FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

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