A presidente Dilma Rousseff concede entrevista na residência oficial do Palácio da Alvorada (Foto: Priscilla Mendes / G1)
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, disse nesta sexta-feira (19) que pedirá ao ministro Teori Zavascki,
responsável pela Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),
acesso aos depoimentos prestados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa em um acordo de delação premiada. A presidente afirmou que
quer saber se há alguém do governo envolvido em suposto caso de
corrupção na estatal.
ELEIÇÕES 2014
Nesta quinta-feira (19), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
acesso ao conteúdo dos depoimentos prestados por Costa a policiais
federais e procuradores alegando sigilos das informações. Cardozo havia
feito a solicitação por ordem de Dilma.
Costa firmou com o Ministério Público do Paraná e com a Justiça Federal
um acordo de delação premiada pelo qual teria apontado deputados,
senadores, governadores e um ministro como beneficiários de um esquema
de pagamento de propina com dinheiro de contratos da Petrobras. Ele foi
preso em março durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que
investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Se
confirmadas as informações que der a policiais e procuradores com base
na delação premiada, o ex-diretor poderá ter a pena reduzida.
Dilma disse que não poderá tomar providências enquanto não tiver
conhecimento dos fatos por meio de um órgão oficial de investigação,
Polícia Federal, Ministério Público Federal ou Judiciário. O conteúdo
parcial dos depoimentos de Costa foram divulgados até o momento apenas
pela imprensa. “Sou presidenta da República e não tomo medidas baseada
no disse- que-disse”, afirmou a presidente durante entrevista coletiva
no Palácio da Alvorada.
“Quero ser informada se no governo tem alguém envolvido. Eu não tenho
por que dizer: 'tem alguém envolvido', porque não reconheço em nenhum
órgão de imprensa o status que tem a Polícia Federal, o Ministério
Público e o Judiciário. Não é função da imprensa fazer investigação”,
afirmou. “Eu queria saber sim [se há alguém do governo envolvido], para
eu tomar providência”, reiterou Dilma.
A candidata ainda defendeu as investigações feitas pela Polícia
Federal, que, segundo ela, tem “autonomia”. Disse ainda que não se pode
“colocar nada para baixo do tapete”. “O maior mal atual é a impunidade”,
declarou.
Questionada por jornalistas sobre a notícia divulgada
pelo Jornal Nacional de que Paulo Roberto Costa contou a investigadores
que recebeu R$ 1,5 milhão de propina de um esquema de corrupção
relacionado à compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, Dilma
voltou a dizer que não comentaria informações originadas na imprensa.
“Se você me disser para quem ele disse, onde disse e quando disse, eu
respondo. Caso contrário [não]”.
Pesquisa eleitoral
Questionada sobre o resultado da última pesquisa (*) de intenção de voto divulgada nesta sexta-feira (19), a candidata do PT limitou-se a dizer que pesquisas eleitorais são “retratos do momento”.
Questionada sobre o resultado da última pesquisa (*) de intenção de voto divulgada nesta sexta-feira (19), a candidata do PT limitou-se a dizer que pesquisas eleitorais são “retratos do momento”.
A pesquisa Datafolha apontou Dilma com 37% das intenções de voto. Marina Silva aparece com 30% e Aécio Neves, com 17%.
Dilma ainda fez uma ironia com quedas na Bolsa de Valores que coincidem com a subida dela em pesquisas eleitorais.
“Eu acho ótima a reação da Bolsa. Quando a Bolsa cai eu falo: ‘será que
eu subi?’”, afirmou em tom de ironia. “Está ficando ridículo isso.
Especulação tem limite, tá? Especulação tem limite e acho que tem gente
ganhando com isso. Eu não sou. Eu perco, tá? Eu acho desagradável o fato
de achar que uma coisa está vinculada a outra, quando sobe ou quando
desce”, declarou durante a entrevista.
Nesta sexta-feira, após divulgação da pesquisa Datafolha, o Ibovespa caía 1,08%, às 13h50.
Rio
No fim da tarde, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, encontrar o candidato ao Governo do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB). A candidata foi recebida por eleitores na Praça do Pacificador, no Centro. Ela afirmou que a cidade será beneficiada pelas 3 milhões de moradias a serem construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida 3, prometeu auxiliar o próximo governador no problema da falta d'água da região e disse que educação será prioridade no próximo governo, se for reeleita.
Rio
No fim da tarde, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, encontrar o candidato ao Governo do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB). A candidata foi recebida por eleitores na Praça do Pacificador, no Centro. Ela afirmou que a cidade será beneficiada pelas 3 milhões de moradias a serem construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida 3, prometeu auxiliar o próximo governador no problema da falta d'água da região e disse que educação será prioridade no próximo governo, se for reeleita.
"Eu me comprometo com todos os investimentos sociais por esse país
afora. Especialmente com água. Aqui tem muito jovem estudando no
Pronatec. Aproveito aqui pra dizer que é importante que o jovem queira
proferir nos estudos. Uma das coisas mais importantes no próximo governo
meu será a educação", disse Dilma.
(*)O Datafolha ouviu 5.340 eleitores em 265 municípios nos dias 17 e
18 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais
ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se
forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam
dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está
registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número
BR-00665/2014.
Colaborou Marcelo Elizardo, do G1 Rio
Colaborou Marcelo Elizardo, do G1 Rio
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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