quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DICA DE SAÚDE: O que é Síndrome da Ardência Bucal?

Síndrome da Ardência Bucal apresenta maior incidência em mulheresSíndrome da Ardência Bucal apresenta maior incidência em mulheres

 
A Síndrome da Ardência Bucal é uma doença que se caracteriza por queimação e/ou dor constante na boca não associada à lesões na cavidade oral. A ardência ou queimação pode ser de grau variável, sendo intensificada no decorrer do dia. A queimação ocorre, na maioria das vezes, em mais de uma área.

A língua é citada como a estrutura mais comprometida, podendo ainda atingir outras regiões da cavidade oral como lábios, palato, gengiva,  mucosa jugal e, com menor frequência, o assoalho da boca e orofaringe.

A doença apresenta maior incidência em mulheres, ocorrendo mais frequentemente na meia-idade, após menopausa.  Segundos estudos científicos realizados, a prevalência é no sexo feminino, na faixa etária entre 50 a 70 anos.

Quais são os sintomas?
- Xerostomia: A sensação de boca seca incide em aproximadamente 60% dos casos;
- Paladar alterado;
- Sede;
- Queimação na língua e nos lábios.

Fatores externos que intensificam a Síndrome
Analisando as possíveis causas da síndrome, devemos investigar as condições associadas mais frequentes, tanto locais como gerais, para um correto diagnóstico. Dentre estas condições podemos destacar:

1. Candidíase - infecção fúngica por Cândida sp é uma enfermidade na mucosa oral.

2. Usuários de próteses - as próteses removíveis podem se tornar um constante reservatório de Cândida sp;

3. Síndrome de Sjögren;

4. Xerostomia e hipossalivação;

5. Hormonais - diminuição das taxas de hormônios tireoidianos (T3 e T4);

6. Síndrome Seca - Sialodenite crônica autoimune;

7. Diabetes - os pacientes diabéticos são muito susceptíveis a infecções oportunistas, principalmente infecções fúngicas;

8. Deficiências nutricionais - carência das vitaminas A, C e B12, ácido fólico e/ou ferro, com possível despapilação da língua;

9. Alérgenos orais - tanto o monômero residual quanto o cádmio, substâncias utilizadas para realização de restaurações dentárias, podem causar lesões teciduais pela sua alta toxidade, gerando xerostomia;

10. Bloqueio das vias aéreas superiores - desvio do septo nasal, polipose nasal, hipertrofia de vegetações adenoides, tumor do cavum, rinite alérgica com acentuada obstrução nasal, causando boca seca e ardência pela respiração bucal;

11. Medicamentos - vários fármacos podem diminuir a produção de saliva, com consequente aparecimento da xerostomia, tais como ansiolíticos e benzodiazepínicos; antidepressivos; antagonistas da serotonina e anticolinérgico.

Como tratar o problema?
Inicialmente, os pacientes devem ser esclarecidos sobre a natureza e as dificuldades de obtenção de resultados, visto que os sintomas nem sempre desaparecem, embora possam ser amenizados. O paciente deve ser esclarecido que a sua queixa é relevante e real, sendo o tratamento longo e sujeito a modificações. Alguns pacientes são cancerofóbicos, precisando esclarecer que apesar do desconforto, não se trata de doença maligna. De acordo com estudos clínicos randomizados, os tratamentos são tópicos, à base de clonazepam; sistêmicos com ácido alfa-lipóico; inibidor seletivo da recaptação da serotonina e amisulprida; e por meio de terapia comportamental cognitiva. Outras possibilidades baseadas na opinião de especialistas e na prática clínica, mas não ainda avaliadas, incluem os tratamentos tópicos à base de capsaicina, doxepina e lidocaína, laserterapia, além de tratamentos sistêmicos.

Dr. Alexandre Morita (CROSP 70.644) é cirurgião dentista especialista em estética dental. 




FONTE: YAHOO BRASIL NOTÍCIAS

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