quarta-feira, 5 de março de 2014

Papa afirma que ninguém faz mais que a Igreja contra a pedofilia

Declaração foi dada em entrevista a jornal italiano.
'Casos de abusos são tremendos porque deixam feridas muito profundas'.

 Papa diz que Igreja 'faz muito' contra pedofilia (Tiziana Fabi/AFP) Papa Francisco

Da France Presse

"Ninguém tem feito mais" que a Igreja Católica na luta contra a pedofilia, que "talvez seja a única instituição pública que atua com transparência e responsabilidade", afirmou o Papa Francisco em uma entrevista publicada nesta quarta-feira (5).

Questionado pelo jornal Corriere della Sera sobre o balanço de seu primeiro ano de pontificado, o papa argentino afirmou que "as estatísticas sobre o fenômeno da violência contra as crianças são impressionantes, mas também mostram com clareza que a grande maioria dos abusos ocorrem em um ambiente familiar e de vizinhança".

O Papa Francisco durante o Angelus, neste domingo (2), no Vaticano (Foto: Tony Gentile/Reuters)O Papa Francisco durante o Angelus, neste domingo (2), no Vaticano (Foto: Tony Gentile/Reuters)

"Os casos de abusos são tremendos porque deixam feridas muito profundas. Bento XVI foi muito corajosos e abriu um caminho. A Igreja, neste caminho, tem feito muito. Talvez mais que qualquer outro", disse.

"A Igreja Católica é talvez a única instituição pública que se movimenta com transparência e responsabilidade. Ninguém tem feito mais. E, no entanto, a Igreja é a a única atacada", insistiu.

O Comitê de Direitos das Crianças das Nações Unidas divulgou no mês passado um relatório muito crítico sobre a atitude do Vaticano na lucha contra os abusos sexuais de menores de idade. O documento reprova a não obrigatoriedade das denúncias à justiça nas dioceses e o fato da igreja ter mantido em sigilo as investigações eclesiásticas.

O Papa Francisco anunciou a criação de uma comissão de especialistas para a proteção das crianças em todas as instituições da Igreja.

Milhares de crianças sofreram abusos sexuais por parte do clero em muitos países, em particular na Irlanda e Estados Unidos. Muitos casos aconteceram nas décadas compreendidas entre 1960 e 1990.







FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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